Como entender o livro: Palavras e as Coisas de Foucault.

Por Edjar Dias de Vasconcelos | 09/12/2015 | Filosofia

Uma obra essencialmente epistemológica. Focault formula o desenvolvimento de um conceito polêmico, a natureza heurística da episteme.  Qual o significado a priori do fundamento científico, no uso da Filosofia. 

Portanto, a ordem da natureza da acepção do ordenamento da construção do saber, que não poderá ser apenas sustentação a posteriori, a consideração dos saberes anteriores à defesa hermenêutica como definição.

Desse modo objetivando o conhecimento, a episteme, como substrato da essencialidade arqueológica.  Quando se torna possível  qualquer enunciado a veracidade das proposições.

Com efeito, hyle ou hilética, conceito grego, estudo da materialidade, a busca da legitimidade do discurso, na perspectiva da natureza possível da racionalidade crítica. Sendo dessa forma, qual o sujeito objetivo morfologicamente? 

A extensão factual daquilo que existe como fenômeno, para análise, a racionalidade possível à sustentação epistêmica.  Dessa forma, a legitimidade positiva do saber, o que determina ser, exatamente.

Em cada época histórica, o que se propõe a fazer a logicidade das ciências ou das ideias, a formatação do sujeito histórico real, não em sua mimese figurativa.  

O que propõe entender Michael Foucault, cognitivamente a história das ideias, a complexidade das transformações.  Portanto, de tal modo, as diversas epistemologias.  O saber não é uma simples constatação. 

Com efeito, procedimento alético o que implicam possibilidades e impossibilidades na relação dialética e praxiológica entre o sujeito e o objeto.

  Não sendo o saber uma mera hipótese por um lado, por outro, a negação como produto sintético a posterior, na dialeticidade das contradições.

Configurando as transformações culturais históricas das múltiplas epistemologias, originando diversas formas de interpretação do saber.

Sendo assim, a episteme elaborada, sem substrato linear progressivamente a passagem de uma epistemologia a outra.  O que seria então, o conhecimento, a não serem as diversas interpretações. 

Portanto, a análise subjacente a cada cultura, o modus operante, a forma do conhecimento, o espaço ordenado, as identidades, suas analogias as quais classificam as interpretações diferentes.

Sendo que Foucault foi acusado de substanciar a história por mecanismos irracionais, hipostasiando a praxiologia humana, por meio de estruturas escondidas aos fundamentos de cérebros não racionais, sendo uma acusação forte, não definível do ponto de vista da própria interpretação epistemológica, leis do estruturalismo lógico.       

  Professor: Edjar Dias de Vasconcelos.