Com-Vida aliado ao Protagonismo Juvenil
Por Nilcemar Costa | 29/05/2013 | AmbientalA Escola estadual Austrilio Capilé Castro, em Nova Andradina MS, iniciou as suas atividades sobre as questões ambientais, abordando sobre a necessidade de revermos as nossas atitudes perante a natureza, a Coordenadora Pedagógica Nilcemar Martins Costa, por meio da atividade disparadora com o instrumento de informativo na forma de fanzine, orientou o corpo docente e os jovens estudantes sobre a importância do Com-Vida,
A percepção dos nossos adolescentes frente à questão ambiental dada a práxis da educação realizada atualmente nas escolas tem provocado mudanças no comportamento dos jovens, durante a ultima semana do mês de maio de 2013, os estudantes foram seduzidos para envolver-se nas temáticas sobre ar, água, fogo e terra, puderam discutir em grupos de estudos, formular questionamentos, levantar dados e hipótese e por último fazer-se de corpo presente na elaboração de projetos escolares que visam propor ações em prol da qualidade ambiental no ambiente escolar, o seu entorno e levar para as famílias dos estudantes apropriarem de conhecimentos, bem como fortalecer as temáticas debatidas. É perceptível que os atores sociais que compõem a família, a escola e os representantes governamentais nas diferentes esferas de representação, depositam nos estudantes a esperança e o compromisso com as soluções dos dilemas ambientais. As atitudes e ações do mundo adulto, faz com que os adolescentes percebam a discrepância entre o falar e o agir, o discurso e a prática ou a falta dele no que se refere aos problemas ambientais em que o planeta se encontra .
Esta dissonância cognitiva tem como resposta o descompromisso na maioria dos adolescentes que não se sentem responsáveis pelo futuro do planeta, do mundo, da vida, refletindo assim a ação do mundo adulto e sua falta de perspectiva.
No dia 29/05/13, oportunizou-se aos alunos estarem na escola para receber in loco orientações sobre o que é, para que serve, que papel desempenha o Com-vida, e o resultado ficou exacerbado para nós educadores que encontrávamos presente no momento, de que nossos estudantes ainda são imaturos na grande maioria, parte do grupo realmente envolveu-se no propósito do momento, porém adolescentes não percebem que a qualidade de vida ambiental resulta do meio ambiente natural e físico, onde o ambiente físico natural é significativo. A família e amigos não podem ter uma de vida boa, se não houver um ambiente natural agradável, adequado, prazeroso, mas não sabem como lidar com isto.
Intui-se que não há uma abordagem diferenciada própria para a faixa etária em questão. Há confusão de conceitos, como reciclagem e coleta do lixo. Falta de entendimento dos poucos projetos desenvolvidos quanto à aplicabilidade.
Conforme citado por alguns adolescentes, os projetos desenvolvidos, na maioria são a transformação de materiais reutilizáveis em brinquedos e decorrem do voluntarismo dos professores. A educação ambiental, devido a sua urgência merece atenção dos gestores públicos, quanto à aplicabilidade com os cuidados ambientais nos locais de convivência do adolescente – casa, escola, bairro, cidade. A vivência da educação ambiental parece utopia, quando ensinada.
“Alunos do Capilé, vamos dar vida ao CAPILECO”, a mudança significativa na sua percepção professor, servidores, pais e alunos, são essenciais para fazermos a diferença. Não importa o quão alcançaremos, façamos a nossa parte!
Há muitas pessoas que não se mostram preparados para trabalhar a complexidade intrínseca à educação ambiental, fato este refletido durante as observações minhas, enquanto Coordenadora Pedagógica. Desta forma é pertinente evidenciar que o nosso ambiente escolar, de educação formal, é o ambiente adequado para trabalhar esta questão, pois é ela quem está mais próxima da sociedade; no entanto, não se pode e não se deve delegar à escola toda a responsabilidade de construção destes conhecimentos que dizem respeito à perpetuação do ser humano e do planeta. Devemos, no entanto propiciar que exista um elo entre o pensar, o falar e o agir da escola (corpo docente e discente) em conexão com a realidade e se traduza em ações palpáveis frente às questões ambientais. Além de levar ao exercício crítico, que a escola seja o ambiente de observação e o resultado da construção coletiva entre professores, alunos e família. Estaremos realizando em 05/06/13 a primeira Conferencia Escolar, atribuindo aos educadores a mediação da construção de projetos acima citados e revitalizando a construção do conhecimento juvenil por meio de suas apresentações de problemas e possíveis soluções. Alunos mostrem a sua cara na dinâmica de trabalho que os esperam.