Cólica Nefrética - Estudo de caso

Por Conceição Nunes | 10/04/2013 | Saúde

  FACULDADE ALIANÇA

ESTUDO DE CASO

CONCEIÇÃO DE MARIA NUNES ARAÚJO
DANIELLE VIRGINIA DOS SANTOS
MARIA DO SOCORRO ALVES PEREIRA

   TERESINA(PI), JUNHO DE 2012.

CONCEIÇÃO DE MARIA NUNES ARAÚJO      

DANIELLE VIRGINIA SANTOS

 MARIA DO SOCORRO ALVES PEREIRA

  ESTUDO DE CASO

1.1.        INTRODUÇÃO 

A cólica renal ou nefrética é a denominação dada a um tipo de dor decorrente da obstrução do trato urinário alto, com súbita dilatação da pelve renal ou do ureter, que se acompanha de contrações da musculatura lisa destas estruturas. (PORTO, 2004).

Segundo BRUNNER e SUDDARTH, 2005, a cólica é mediada por prostaglandinas ''E'', uma substância que aumenta a contratilidade uretral e o fluxo sanguíneo renal e leva à pressão intra-uretral aumentando a dor.

A dor da cólica renal em geral começa no ângulo costo-vertebral, irradiando-se para a fossa ilíaca e região inguinal, alcançando os testículos e o pênis em homens e os grandes lábios vaginal em mulheres. O paciente move-se no leito ou levanta-se à procura de uma posição que lhe traga algum conforto ou alívio. (PORTO, 2004)

 No início, pode haver apenas uma sensação de desconforto na região lombar ou no flanco, irradiando-se vagamente para o quadrante inferior do abdome do mesmo lado. Rapidamente esta sensação de desconforto evolui para dor de grande intensidade, acompanhado de mal estar geral, inquietude, sudorese, náuseas e vômitos; em consequência dos reflexos viscero-viscerais retrointestinais e da proximidade dos rins com o estômago, pâncreas e intestino grosso. (PORTO, 2004).

  Segundo BRUNNER e SUDDARTH, 2005, uma infecção pode ocorrer a partir da irritação constante causada pelo cálculo. Os cálculos são formados no trato urinário quando as concentrações urinárias de substâncias como o oxalato de cálcio, fosfato de cálcio e ácido úrico, aumentam. Isso é referido como a supersaturação e depende da quantidade de substância e  existe uma deficiência de substâncias que, normalmente, impedem a cristalização na urina, como citrato, magnésio. Os cálculos podem ser encontrados em qualquer ponto a partir do rim até a bexiga. Eles variam de tamanho desde pequenos depósitos granulares, chamados de areia ou cascalho, até cálculos vesicais tão grandes como laranja. O estado do volume hídrico do paciente é outro fator que desempenha um papel primordial no desenvolvimento do cálculo. (BRUNNER E SUDDARTH, 2005)

Alguns cálculos provocam pouco ou nenhum sintoma, enquanto destroem lentamente as unidades funcionais; outros causam dor excruciante e desconforto.

O episódio doloroso pode durar horas ou dias, ocorrendo alívio espontâneo se houver desobstrução do ureter pelo deslocamento do coágulo ou cálculo, que é em geral eliminado espontaneamente; aqueles com diâmetro de 0,5 a 1 cm. Cálculos maiores  que 1 cm de diâmetro geralmente devem ser removidos ou fragmentados, de modo que possam ser removidos ou eliminados de maneira espontânea. Mas comumente a dor só é aliviada após medicação analgésica. (PORTO, 2004).

Existem algumas variantes clínicas da cólica renal, na dependência da altura da obstrução. Assim, se a obstrução estiver na junção uteropélvica, a dor costuma situar-se no flanco e irradiar-se para o quadrante superior do abdome; já a obstrução uterovesical acompanha-se de sintomas de irritação do trígono vesical, representados por disúria, polaciúria.  Cálculos obstruindo o segmento final do ureter pode causar dor persistente no testículo e pênis ou nos grandes lábios do mesmo lado, sem, entretanto dar sintomas de irritação vesical. (PORTO, 2004).

As metas básicas do tratamento são erradicar o cálculo, determinar o tipo de cálculo, evitar a destruição do néfron, controlar a infecção e aliviar qualquer obstrução que possa estar presente. Os analgésicos opióides são administrados para evitar o choque e síncope que podem resultar da dor. Os AINES oferecem alívio específico da dor porque inibem a síntese de protaglandinas. Os banhos quentes e o calor úmido nas áreas de flanco também podem ser úteis. (BRUNNER E SUDDARTH).

A ingesta de líquidos é encorajada, a menos que o paciente esteja vomitando ou apresente insuficiência cardíaca ou qualquer outra condição que exija a restrição de líquidos.  A ingesta hídrica é o principal ponto de suporte da maioria das terapias médicas para cálculos renais, já que é prudente um débito urinário superior a 2 litros por dia. A terapia nutricional desempenha um papel importante na prevenção dos cálculos renais.  (BRUNNER E SUDDARTH, 2005).

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