Coisas do amor

Por Clovis de Mello | 22/05/2011 | Crônicas

O amor é algo sensacional!
O amor cura uma ferida recém aberta, alivia dores das mais variadas espécies, embala, entende, justifica, faz dormir, faz levantar para viver a vida, ajuda a aprender, cria barreiras de proteção, enfim, o amor é algo que transcende nosso entendimento.
Sem contar os níveis diversos a que nos expomos a essa divindade.
O amor pela namorada ou namorado, que faz a pele arrepiar e não deixa a gente dormir sossegado só pensando a hora de reencontrar a cara metade; o amor da mãe que traduz o que de mais perfeito pode haver entre dois seres humanos; o amor pelos pais que envelhecem e precisam cada vez mais de carinho, merecendo receber toda a atenção que se dispuseram a dar quando éramos pequenos e tínhamos a certeza de que estávamos seguros.
Como nem tudo é como gostaríamos que fosse, no nosso dia a dia presenciamos inúmeras situações onde a falta de amor ao próximo e principalmente a falta de amor em si mesmo imperam. Pessoas assassinadas sem a menor cerimônia, brigas entre amigos de longa data e que deixam marcas profundas, pais que agridem covardemente filhos pequenos sabe-se lá por que cargas d?água ou, muitas vezes sabe-se que devido a amantes e coisas do gênero... Neste momento eu me pergunto como pode parecer ter amor envolvido entre algumas pessoas e ao mesmo tempo ele tornar-se o verdugo para outras? Difícil digerir estas coisas e entender cada nuance da vida. Difícil explicar.
Melhor mesmo é ter a consciência de que deve haver limites para tudo. Deve-se avaliar com cuidado cada movimento, como um enxadrista, para sentir se o passo dado a seguir representará harmonia ou mais problemas.
Mas não quero aqui me transformar em alguém que faz as pessoas pensarem que tudo está perdido. Quero sim ser alguém levando alguma palavra que sirva de alento e demonstre que para toda ação cabe uma reação e, consequentemente, boas ações resultam em boas reações. Simples assim.
Será que colocamos sempre uma dose de amor em tudo que nos propomos a fazer? Será que sabemos como utilizar o amor como ferramenta para nosso próprio desenvolvimento nesta aula diária que é a vida?
É fácil falar de amor quando esta tudo certo, as coisas vão bem e as pessoas a nossa volta não nos trazem problemas. Neste momento fica tudo mais simples e parece que ficamos até mais leves. A maior encrenca está em demonstrar amor quando as coisas não vão tão bem assim. É nesse momento que o bicho pega e é exatamente neste momento que temos que encarar e resolver sem jamais perder o foco.
O amor gera felicidade e está tudo atrelado.
Numa das minhas primeiras crônicas, disse que quando praticamos o bem - e não existe aqui maior exemplo de amor - nos sentimos leves e gratificados e isso nos traz aquele lampejo de felicidade. Disse ainda que para manter essa felicidade acesa é preciso praticar muito mais vezes esse bem. Como amor e felicidade estão intimamente ligados fica claro que, a felicidade surge quando se coloca na receita muito mais amor.
Pratique esta sensação todos os dias, nos mínimos detalhes.
No lidar com as pessoas a sua volta, na atenção sincera aos seus filhos, no telefonema gostoso aos pais, sem se sentir obrigado ou na compreensão da diversidade humana.
Pra cada gota de amor dado, considere um oceano de coisas boas recebidas. Mas faça isso sem mesquinhez. Pratique o amor sem esperar o troco e sinta-se alguém cada vez mais feliz.
Um abraço a todos.
Estamos a bordo.