Civilização Perdida.
Por Edjar Dias de Vasconcelos | 02/11/2012 | PoesiasEsqueço-me do destino.
Ao infinito nevoeiro.
A paisagem longínqua.
Nela o silêncio que desce.
A saudade imperial.
Distancia do olhar.
Devo dizer as Antilhas.
Pórtico incógnito luzeiro.
Metáfora insubsistente.
Impulso cristalino ócio ao delírio.
Alça se glabra à noite descoberta.
O que devo dizer?
Nada além da falta de sonho.
Glosa o secreto dizer.
Da Grécia antiga.
A cultura contemporânea.
O estandarte do santo sepulcro.
O incógnito desejo transcendental.
Intérmina ao temperamento.
Uma onda de luz obscura.
O voar itinerante vibra o oriente.
Um passado não tão distante.
O que devo refletir ao furor desse mundo.
Bloqueia-se ao limite como o nada entendido.
Pudesse existir.
Relaciona-se ao ímpeto da instituição.
Alguém além da porta.
Ao caminho que se encontra.
O sonho da imaginação.
O que se deve ser apenas o desprezo.
Mundo solitariamente enfático.
Encontra-se perdido ao sul de uma curva.
Tudo ao redor de um centro sem fim.
Na imensidão de universos perdidos.
Escritos ao lema se fôssemos.
Ao desprezo do desperdício.
A tortura sapiêntica da alma.
Homenagem à ideia que se tem do céu.
Uma fantasia da caverna platônica.
Esse mundo não é de ninguém.
Nem mesmo dele.
Confesso a insanidade olhando para os olhos.
Fica mais no exterior que em redor do significado.
Mesmo o olhar é um estar pensante.
A sombra desalegra aos sinais metafóricos.
A consciência perdida em uma prece.
Ao redor da alma ao súbito encontro.
Quem sabe o que sou, que longínquo.
A representação uma ideologia batismal.
Devaneando a interioridade metafísica.
O ofício dos poligâmicos.
O desprezo por perder a paisagem melancólica.
O silencio de um leque indelével a cegueira branca.
É possível destruir o antipropósito da brandura acadêmica.
A imbecilidade temível venerável às ondulações.
O que vejo é que não entendo o resto é destino.
Inefável ao capricho irrevogável a sabedoria.
O que deve ser não é.
Exatamente a perspectiva do silêncio comum.
Edjar dias de Vasconcelos.