Cisne negro

Da realidade a fantasia. O bem e o mal, o certo e o errado. O mini e o comprido. O claro e o escuro. O lobo e cordeiro. A verdade e a mentira. O amor e o ódio. A paz e a guerra. Início e o fim.
Quem você quer ser hoje? O bandido ou o mocinho? Se não se importa eu quero ser o bandido. Cansei de ser o mocinho, de sofrer a estória toda e se dar bem Só no final.
Eu quero é sair na chuva pra me molhar, eu quero tocar a campanhia e sair correndo. Eu quero tirar um zero em matemática. Eu quero ouvir musica bem alta. Eu quero um piercing na orelha e uma tatuagem nas costas.
Eu quero me expor ao ridículo, ao extremo, eu quero errar na cor, na dosagem, no sabor.
Eu quero morrer de rir. Não quero modinhas, quero ser ultrapassada, brega e cafona. Se ser cafona tambem é ser feliz? Eu sou cafonerrrrrrríma!
Eu quero falar errado, eu quero não saber a resposta certa, quero pedir informação, quem tem boca vai em Roma.
Quero errar sem ter medo, quero misturar cores e estampas. Quero pagar mico e cometer uma garfe em um jantar elegante, e depois rir da situação.
Quero sabotar a dieta do mês todo, um, dois, três aquilos a mais não fazem diferença. Quero não entrar na calça jeans. Quero me atolar de chocolate e coca-cola.
Quero chorar pelo cafajeste, chorar se ele não ligou, chamá-lo de amor depois do primeiro encontro, dar o número do celular, do apartamento ou o número do sutiã.
Quero gritar umas verdades na cara, detesto hipocrisia!
Quero prazer, farra, curtição. Quero me cansar da minha vida e dizer que ela é chata.
Pricipalmente, Eu quero viver. Eu quero errar! Quero sofrer e ter vivido. Quero ter aprendido a lição. Quero quebrar a cara, quero sofrer e morrer de amor pelo cara errado.
Se eu não experimentasse o pior lado estória, nunca saberia que o bom é bom, que o doce é doce, e amor é amor.
Nunca teria história pra contar, não teria morrido de rir, não teria lembranças boas, e ruins.
Nunca saberia que fui feliz mesmo não sabendo que era.