Cirurgias Milagrosas: Cirurgia Bariátrica
Por Alina Campos Tomaz Teixeira | 22/05/2017 | CrescimentoResumo:
Muitas pessoas procuram no procedimento gastroplástico redutor, uma solução para seu primeiro problema manifesto e que incomoda a si e aos outros em sua volta, que é a obesidade.Às vezes visto por muitas pessoas como a única solução para resolver o revolta e rejeição da aparência, e diminuir o preconceito exposto pela sociedade de que o obeso é uma pessoa preguiçosa.
- Conteúdo:
Pessoas procuram o procedimento, por indicação médica, mas não buscam mais informações que podem fazer sua decisão mudar ou apresentar-se mais baseada na realidade, apesar do conhecimento dos riscos durante o procedimento, após e sua manutenção.
Infelizmente, muitos pacientes pós cirúrgicos, passam a experimentar vários quadros de risco de morbidade, mortalidade e de variação de humor constante.
O trabalho presente propõe a identificar os processos cognitivos que atuam na obesidade, assim como verificar a eficácia da terapia cognitivo comportamental como tratamento auxiliar da obesidade.
Desde o ano de 2006, acompanhando, avaliando e orientado pacientes pré e pós bariatrizados, bem como em 2008,depois de submeter-se ao procedimento cirúrgico, por indicação médica,a autora ouvindo vários relatos de muitos fracassos e decepções com o processo, experimentado por pacientes fiéis ao tratamento, mas que não lograram êxito com o mesmo, no processo de emagrecimento saudável e manutenção do peso, após um período do início do tratamento.
O questionamento surgiu, ao longo da caminhada como profissional que acompanhava os pacientes e, por experimentar em seu próprio tratamento variações na manutanção do peso, assim como não recebeu orientação a fim de deixar o uso constante dos medicamentos que a levaram à indicação da cirurgia.
Pelo contrário, a dose dos medicamentos sofreu aumento assim como foram acrescidas comorbidades em seu quadro da saúde já debilitado pela intervenção cirúrgica muito invasiva.Passaram a vir os questionamentos a seguir:
1- Indicação médica, somente por causa de complicações físicas?
2- Imitação de outras pessoas que passaram pelo procedimento, as quais realmente estavam de acordo com as normas estabelecidas no critério médico?
3- A insatisfação com a aparência seria um critério razoável para buscar um procedimento invasivo e algumas vezes inútil?
4- A rejeição baseia-se no aspecto físico, e não em outros aspectos emocionais?
5- Atribuem à obesidade a origem de sua baixa auto estima, a fim de resistir ao tratamento psicológico e verificar as verdadeiras causas de sua auto rejeição?
6- Pretendem na prática mudar sua vida de maneira radical, a começar pela aparência? ela é a mais importante?
7- Existem transtornos compulsivos, de humor, de afeto, mas julgam que o problema está no físico?
8- Devido a várias tentativas de emagrecimento fracassadas, criaram uma expectativa em relação ao processo cirúrgico, e o viram como simples abrir e fechar o abdômem, a fim de conseguir o resultado do peso ideal?
Pacientes-idade |
Hipertensão |
Diabetes |
Hipotiroidismo |
Apnéia do sono |
Doenças |
Doenças |
Doenças |
Aumento |
Comorbidades |
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Cardíacas |
Circulatórias |
Emocionais |
Peso |
18 -25 |
30% |
40% |
50% |
15% |
25% |
40% |
60% |
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26-35 |
35% |
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36-45 |
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56-65 |
30% |
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20% |
40% |
40% |
25% |
Fonte: Relato de pacientes com comorbidades pré existentes, 2006
Análise da Planilha-1:
Pacientes na faixa etária de 18 -25 anos, as comorbidades apresentam uma queda excluindo, as doenças emocionais, visto que os pacientes não manifestam e não se dispõem a submeter-se ao tratamento psicoterápico ;
A faixa etária de 26 - 35 anos, as comorbidades de hipertensão, diabetes e doenças circulatórias, apresentaram uma melhora em termos quantitativos, diante do quadro de diminuição na dose dos medicamentos e as crises dos pacientes manifestaram com intensidade mais reduzida, em comparação com os dados anteriores. mas o nível de stress, e pressões no trabalho e escola, bem como nas relações afetivas, segundo as queixas continuavam reforçando o desequilíbrio nos transtornos emocionais;
A faixa etária de 35- 45 e 46-55 anos, correspondem ao período em que os pacientes apresentam fases de grandes transformações em sua vida pessoal, profissional, social. A compulsão manifesta e os problemas somáticos como hipertensão, diabetes, e os problemas emocionais se agravam. Muitos por conscientização, ou por experimentarem sequelas nos relacionamentos gerais procuram, ainda com certo grau de resistência o médico e o terapeuta, devido às queixas e a dificuldade de perda de peso.
A faixa etária dos 56-65 anos, manifestam o período onde os pacientes começam a desfrutar de uma fase de amadurecimento e preparação para o envelhecimento, e acomodam-se mais em relação à criar expectativas vagas ou sem muito realismo.
Por escolha, ou por falta de outras opções, os pacientes preparam- se para a aposentadoria e desligam da vida estressante. Procuram adaptar-se à situações da realidade da vida cotidiana, e procuram um estado de mais humanização do que competição.
Pacientes-idade |
Hipertensão |
Diabetes |
Hipotiroidismo |
Apnéia do sono |
Doenças |
Doenças |
Doenças |
Aumento |
Comorbidades |
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Cardíacas |
Circulatórias |
Emocionais |
Peso |
18 -25 |
30% |
40% |
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15% |
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26-35 |
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25% |
Fonte: Relato de pacientes com comorbidades pré existentes,2006
- Análise da Planilha -2:
Pacientes, após o procedimento de gastroplastia redutora, apresentam segundo o relato e a demonstração no quadro, uma melhora quantitativa , em relação à estabilização da hipertensão arterial. Muitos pacientes, em torno de 40% paralisam definitivamente com a administração de medicamentos.
Em relação à apnéia do sono, desde o primeiro mês após o procedimento , os pacientes relatam a melhora na qualidade de sono significativa;
Verificando o desenvolvimento da compulsividade, a situação mostra-se inversa, onde, segundo relatos dramáticos,muitos pacientes, que não conseguem alimentar-se devido ao refluxo do alimento, transformam em prazer a necessidade de compras, de um modo geral, simplesmente pelo simples fato de comprar, mesmo sem apresentar necessidade de quaisquer aquisições. Apresentam uma resistência contínua em relação ao tratamento psicológico.
Sobre o hipotiroidismo, acrescentam o lupus, reumatismo, e os pacientes relatam que não apresentaram melhora, e que ainda desenvolveram outras doenças auto imunes.. Continuavam como os medicamentos, e por vezes com o aumento das doses dos mesmos.
A diferença encontra-se na diabete tanto do tipo I, como o II;os índices de taxas glicêmicas foram caindo ao longo do progresso do tratamento, com a diminuição dos sintomas, as doses dos medicamentos, e sua suspensão definitiva, com prognóstico positivo, devido ao auxílio de reorganização alimentar e prática de exercícios físicos.
Quanto aos transtornos depressivos e emagrecimento ideal e considerável do peso,, assim como os transtornos relacionados ao humor, com o avanço do progresso do tratamento pós cirúrgico, sem o acompanhamento psicológico e reeducação alimentar, os pacientes reforçaram o quadro do desequilíbrio emocional, o descontrole do peso , e agravamento de sintomas psicossomáticos e aumento de peso corporal, e demonstravam as condições gerais do quadro alarmantes.