CAVING NO PETAR
Por Roberto Rodrigues | 12/05/2009 | SociedadeCAVING NO PETAR - PARQUE ESTADUAL E TURÍSTICO DO ALTO RIBEIRA
Trata-se da atividade esportiva ligada às cavernas e pode ser traduzida como exploração de cavernas. Consiste em descer abismos, explorar fendas estreitas, rastejar por condutos apertados e nadar em rios subterrâneos, procurando descobrir novas galerias e salões nas cavernas.
Muito praticada em outros países como França, Itália e Austrália, no Brasil o PETAR nasceu como um braço da espeleologia.
Os praticantes devem ter um bom preparo físico para suportar as longas jornadas dentro da caverna. Saber nadar, ter conhecimentos de auto-resgate, primeiros socorros e técnicas de descida e ascensão em corda são muito importantes.
Os melhores locais para a prática do Caving são o PETAR
Não se deve aventurar pelas cavernas sem a companhia de um guia experiente e sem equipamentos de segurança e de iluminação adequados.
A melhor maneira de começar é procurando um espeleo grupo e aprendendo com os mais experientes.
Espeleologia
O termo espeleologia deriva do grego “spelaion” – caverna, e “logos” – estudo. Segundo Bernard Géze (1968), a “espeleologia é a disciplina consagrada ao estudo das cavernas, sua gênese e evolução, do meio físico que elas representam, de seu povoamento biológico atual ou passado, bem como dos meios ou técnicas que são próprias ao seu estudo”.
Por esta definição fica claro que a espeleologia tem um caráter científico interdisciplinar, ao mesmo tempo em que é também uma atividade esportiva.
“O espeleólogo, no sentido mais global do termo, deve portanto ser um cientista ou um técnico especializado que, além de dominar seu campo de pesquisa ou atuação, possua a destreza, a persistência e o preparo físico de um esportista. sua meta é o desconhecido, sua finalidade o conhecimento”. (Clayton F. Lyno, 1989)
Os primeiros estudos em cavernas no Brasil se iniciaram com o dinamarquês Peter Wilhelm Lund, entre 1835 e 1844. Seus estudos
O primeiro levantamento sistemático de cavernas
Na década de 50 vários profissionais chegam ao Brasil à trabalho e começam a difundir a espeleologia, principalmente os franceses. Em 1959, chega ao Brasil o engenheiro Michel Le Bret, que imediatamente se incorpora ao já existente CAP – Clube Alpino Paulista e incentiva a criação do seu departamento de espeleologia.
Juntamente com outros espeleólogos europeus como Peter Slavec, Pierre Martin e Guy Collet e brasileiros como José Epitácio Guimarães, Pedro Comério, Luis Carlos de Alcântara Marinho, Salvator Licco Haim, Geraldo Bergamo Filho, além de outros, a espeleologia brasileira alcança um alto nível técnico e várias pesquisas são desenvolvidas.
Foram retomados os trabalhos de Krone no Vale do Ribeira e em 1964 se realiza o primeiro Congresso Brasileiro de Espeleologia, na Gruta Casa de Pedra
A espeleologia brasileira é uma das mais organizadas e desenvolvidas do mundo, atualmente são mais de 1200 sócios da SBE distribuídos em quase 100 grupos espeleológico, com mais de 3000 cavernas cadastradas, este número representa pouco mais de 5% do potencial espeleológico.
O IBAMA criou um departamento que cuida exclusivamente dos assuntos espeleológicos, o CECAV que vem trabalhando conjuntamente com a SBE. Os poderes públicos e a população em geral estão se conscientizando da importância da preservação da natureza e em especial das cavernas.
Para conhecer mais sobre o assunto acesse:
http://www.petar.com.br
http://www.pousadadoquiririm.com.br