Cave um poço e não sentirá sede

Por Evaldo Costa | 04/06/2009 | Crescimento

O ser humano busca estar próximo da felicidade, do sucesso, do reconhecimento, da riqueza, do prazer, e distante do sofrimento, da angústia, da dor e outras dores mais. Disso todos sabemos, o que muitos esquecem é que a glória é fruto de muito trabalho, dedicação, fé, perseverança e por aí vai.

“Ninguém é bom por acaso; a virtude deve ser bem aprendida”
Chico Xavier

Você conhece algum atleta vencedor que tenha se tornado um ídolo sem ter suado muito a camisa? É pouco provável que você tenha respondido sim a essa questão. Quando a gente pensa no mundo dos esportes é comum lembrarmos dos nomes que estão fazendo sucesso, mas poucas vezes paramos para refletir sobre os sacrifícios e dificuldades que eles enfrentaram para chegar ao ápice. É assim em todas as áreas da vida.

Recentemente entrevistei um candidato a cargo gerencial. Como sempre faço, reservei uns vinte minutos antes da entrevista para um bate-papo informal. A conversa fluía de forma descontraída. Repentinamente, para minha surpresa, o sujeito passou a enfatizar a sua falta de sorte para conseguir um novo emprego. Dizia ele que havia sido entrevistado por uma dúzia de empresa nos últimos três meses e que não entendia a razão de não ter sido contratado até o momento. Afinal de contas, ele se considerava uma pessoa experiente e trabalho duro, segundo ele, nunca foi problema para si.

Tenha fé e esperança, trabalhe com amor e aplique os conhecimentos assimilados com habilidade, inteligência e de forma direcionada.
Quando iniciamos a entrevista, perguntei há quanto tempo ele estava longe da sala de aula. Ele disse que fazia mais de uma década que havia se formado, mas que isso não era problema algum, pois detinha muito know-how. Perguntei quantos livros ele costuma ler por ano. Ele disse não possuir muito tempo livre para leitura em função das longas jornadas de trabalho. Indaguei sobre a sua percepção das mudanças neste mundo globalizado. Ele respondeu que não acreditava que isso pudesse ser problema para quem havia superado muitos outros desafios.

Apesar de louvável, a situação dele requer, no mínimo, reflexão e mudança, provavelmente, mudança de paradigma. Será que o mercado não está em busca de um novo perfil de profissional? De alguém que de fato seja capaz de gerenciar eficazmente o tempo? Que trabalhe duro sem, no entanto, deixar de manter-se atualizado?Que aproveite o pouco tempo de descanso para relaxar e renovar as energias? De alguém que se queixe menos, que seja otimista, que abandone o vício de dizer que não adianta, que não vai ter tempo pra fazer isso ou aquilo? Que não vai dar certo. Até porque, sempre existirá alguém disposto a fazer mais, melhor e por um preço menor. A isso se dá o nome de concorrência de mercado, competitividade global, ou qualquer outro apelido que você queira escolher.

Mas, se disso eu já sei, o que posso fazer para evitar a perda de competitividade? As dicas que mais funcionam são:
· Leia uma dúzia de livros por ano;
· Duas revistas por mês;
· Dois jornais por dia;
· Acompanhe as publicações especializadas em sua área de atuação;
· Participe de pelo menos dois seminários por ano;
· Faça um curso de atualização a cada três anos;
· Cuide de seu network;
· Poupe uma parte do que ganha;
· Fuja da zona de conforto;
· Nunca pare de estudar.

Agindo assim, é pouco provável que você perca a sua fonte de renda, mas se por alguma razão isso ocorrer dificilmente você ficará sem ela por muito tempo. Lembre-se: é sempre melhor cavar um poço do que sentir sede.
As nossas escolhas de hoje determinarão a nossa vida futura
E você: tem se preocupado com esse assunto? O que você tem feito de prático para preveni-lo? Espero que esteja atento a essas questões, pois ou você faz algo agora mesmo para mudar ou o preço terá de pagar será inevitável e caro demais.

Pense nisso e muito sucesso,

Evaldo Costa