Caso Necessário Uma Despedida
Por Milton Alves Filho | 20/08/2010 | LiteraturaSe não és tu quem procurava e encontrei, o que viestes fazer em minha vida? És ilusão ou será o pagamento do meu perdão? Se ilusão, muito sórdido senti e vejo que não terei sobrevida no que vi. Só desejei felicidade, descompromissada, encontrei desesperança, desencontros, pelo histórico de minha vida, realmente estavas prevista, pois não poderia desfrutar de tamanha satisfação, sem uma maior desilusão. Marcado fui com a desesperança, apesar de tentar destruí-la, fui com ela rio abaixo e apesar de novo, senti cansaço. Não recuperarei o tempo perdido, nem o pretendo, porém ficará em minha fronte o símbolo de minha derrota, tê-la conseguido, mas não pude mantê-la. Se não tiver mais sentimentos, este será o último que levarei, vivendo uma fantasia de que um dia encontrarei tudo o que senti e perdi. É triste, mas vivi, isto é o que importa. Não interessa a dimensão que deram ou irão dar, resta apenas o meu sentimento, que apesar de encontrar-se destoante e distante do seu, já foram um único num carnaval, onde entre reclamações e esquivas, me encontrei contigo e vi que um milagre tinha acontecido. Só que eu não havia aprendido que milagres podiam existir, mas não eram eternos. Sinto que nossas vidas estão seguindo rumos diferentes e parece não ter volta, como diria Caetano, que Pena e enfatizaria Peninha "Sozinho". Foi como tudo começou "Sozinho", de Peninha. Mas tentarei me consolar, pensando "Foi um sonho lindo que se foi, pena que foi de carnaval, quem sabe se não volta em algum fevereiro". Teu coração já foi meu, mas não te esqueces que minha alma ainda é tua, mesmo que não queiras. Se não queres minha alma, guarda as cinzas de meu corpo, simbolismo de tudo que te desejo nesta nova caminhada, mesmo que eu não esteja ao teu lado, pois o que importa é o sentimento, mesmo que não retribuído.
OBS: O que me dói é saber que ainda perguntarão de onde eu copiei tudo isto e falarei "do fundo de meu coração".