CASAS QUE MATAM
Por Luciano Machado | 26/01/2010 | ArteEmbora não o queiramos admitir, todos somos relativamente ignorantes (em relação a alguma coisa).
Sábios eram os gregos que possuíam uma escola e uma cultura multidisciplinar, e os padres jesuítas, que seguiram o seu exemplo.
Quanto a nós, principalmente os ocidentais, somos ignorantes em relação a muitas coisas, inclusive em assuntos de natureza científica.
Para exemplificar essa relativa ignorância, suponhamos um advogado.Ele pode ser um excelente advogado.Mas possivelmente não saiba instalar uma tomada ou um chuveiro em sua casa.O que não aconteceria se fosse um eletricista, que, por sua vez, nos ficaria devendo conhecimentos de Direito ou de outra área que não fosse a sua.E assim, poderíamos tomar exemplos de várias profissões, todas com as suas especialidades ou especificidades.
Portanto, não é ofensa para ninguém ignorar alguma coisa que não lhe diga respeito.
Mas em nome dessa relativa ignorância nos tornamos vulneráveis a muitas coisas cujos princípios desconhecemos por falta de interesse ou até porque, com base em nossa cultura e inteligência, não o admitimos.
O escritor Roger de Lafforest é autor de um livro intitulado "Casas que Matam".
Nesse livro ele nos fala dos perigos a que estamos expostos em nossas próprias casas se desconhecemos o terreno em que foi edificada ou se o engenheiro que a construiu não teve o cuidado de proceder a um exame geológico e radiestésico preliminar antes da construção.E aí ele nos informa sobre o perigo das radiações geotelúricasque provêm das profundezas do solo e que sobem e perpassam as dependências da casa rumo ao infinito.E nos ensina que, diante de qualquer desconforto que sintamos, como um mal estar ou dor de cabeça, devemos investigar a causa com um instrumento de radiestesia, que pode ser um pêndulo ou um par de varetas magnéticas e, se for o caso, mudarmos a posição de alguns móveis, como uma cama ou uma poltrona, pois eles podem estar "no caminho" de uma dessas radiações que perpassam o alicerce, o piso e o teto de nossa casa e que prejudicam tudo o que estiver à sua frente.
Outra coisa de que nos fala o referido escritor é a respeito da incidência nociva dos raios cósmicos a que estão sujeitas as pessoas que dormem ao relento.E nos diz que até os mendigos que dormem à noite nos bancos de praças ou nas calçadas deveriam ter o cuidado de proteger suas cabeças com um chapéu, um jornal ou coisa que o valha, contra esses raios que provêm do espaço sideral.
Esse livrinho, Casas que Matam, eu o comprei num sebo em Porto Alegre.Depois que o li, dei-o de presente a um engenheiro amigo, que espero tenha feito bom uso dele.
(Luciano Machado)