Casais Que Brigam Vivem Mais
Por Sérgio Lisboa | 29/03/2008 | CrônicasUm estudo realizado pela Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, sugere que os casais que resolvem suas diferenças e manifestam seus sentimentos de raiva ou revolta em relação ao outro, vivem mais.
Justamente agora que a Lei Maria da Penha surgiu como uma vitória, não só das mulheres, mas da humanidade, vem uma notícia destas.
Já tem marido que batia na mulher, hoje separados, que está exigindo uma reposição financeira pela melhoria proporcionada na qualidade de vida da ex-esposa, garantindo vários anos de vida a mais para a mulher, uma vez que a espancava periodicamente.
Outros até já começam a dizer ao baterem nas mulheres: "Toma e me agradeça! Este tapa já te garantiu mais três meses de vida"!
Já saiu, inclusive, anúncios nos classificados dos jornais, esposas procurando homens que batam em mulheres, pois seu marido atual é um banana que não dá nem um tapinha e, desse jeito, a mulher não chegaria nem aos sessenta.
O estudo se concentrou em críticas consideradas injustas e inadequadas, onde o risco de morte dobra.
Isso me lembra uma frase de um filme, em que uma moça, perguntada se seu marido lhe batia, ela prontamente responde: "Ele nunca me bate. Só quando eu mereço!"
Nos casos em que as críticas foram consideradas justas, não houve indignação ou rancores por parte dos membros do casal.
Portanto, se algum de vocês ouvirem os vizinhos jogando panelas uns nos outros e aos berros no apartamento ao lado, podem ficar tranqüilos e transmitam o mesmo para seus familiares, pois ali, no centro daquela confusão, está presente um motivo muito nobre, uma indignação com motivos procedentes, com alguém lutando para corrigir uma injustiça.
Ainda, segundo o estudo, uma das tarefas mais difíceis para os casais é saber se reconciliar após uma briga. Esse aspecto foi considerado até positivo nos dias atuais, em que todo o nosso tempo é tomado para garantir a sobrevivência e não é possível perder momentos preciosos de sessões de longevidade, com coisas banais tais como reconciliações.
A sociedade médica deve lançar uma nota, em breve, com um pronunciamento oficial, explicando para as pessoas que não saiam por aí trocando bofetões em seus lares, pois ainda não é considerado um preceito médico reconhecido, sendo apenas um estudo preliminar.
Se for muito grave a situação em que a pessoa se encontra, com escasso tempo de expectativa de vida, clinicamente confirmado, aí sim, ela pode procurar uma clínica de espancamento que tenha alvará e que seja reconhecida como de ilibada conduta profissional (não pode ser essas que batem por prazer).
Sérgio Lisboa.