Carta ao Ministro da Defesa
Por Félix Maier | 23/09/2008 | PolíticaExmo. Sr. ministro da Defesa Nelson Jobim,
O senhor não precisa exigir que oficiais das Forças Armadas façam,
contritamente, o relato da Contra-Revolução de 1964 (Cfr. texto abaixo,
de Jorge Serrão no Alerta Total). Esse relato já foi feito por muitos
militares. Basta o senhor ler, p. ex., os livros do coronel Carlos
Alberto Brilhante Ustra, "A Verdade Sufocada", e do general Agnaldo del
Nero Augusto, "A Grande Mentira". Estas duas obras são, na essência, o
Livro Negro do Terrorismo no Brasil.
Mas há outros livros escritos por militares. Leia "A Guerrilha do
Araguaia - Relato de um Combatente", do coronel Lício Maciel, cujo
grupo de combate prendeu José Genoíno. Leia "Documentário - Desfazendo
mitos da luta armada", do coronel Aloisio Madruga. Leia "Bacaba -
Memórias de um guerrilheiro de selva da Guerrilha do Araguaia", do
tenente José Vargas Jiménez. Nestes livros o senhor poderá conhecer a
fibra do combatente brasileiro, que mostrou seu valor ao destruir os
guerrilheiros comunistas nas selvas de Xambioá.
Se alguém deve fazer o mea culpa nessa história não são os militares
que combateram a Peste Vermelha, como o senhor quer, mas os terroristas
de esquerda que infernizaram o Brasil nas décadas de 1960 e 70.
Se o senhor não tiver os livros, eu posso emprestá-los, mediante recibo devidamente registrado no cartório.
Atenciosamente,
Félix Maier
Cap QAO R/1 (Exército)
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Novo Golpe Militar na versão Jobim
Sabendo que é cabra marcado a ser substituído no time de Lula, o
ministro da Defesa armou uma estratégia de ataque para ficar bem na
fita com os militares melancia (verde oliva por fora e vermelhos por
dentro) e com os revanchistas do desgoverno petista.
Nelson Jobim encomendou a alguns militares que escrevam sua versão oficial sobre episódios do tempo da dita-dura.
A intenção é que os textos assumam uma espécie de mea culpa por
eventuais exageros cometidos – inclusive, admitindo que foi praticada
tortura contra os presos políticos em unidades militares ou comandada
por eles.
Os militares escalados para a terrível missão, que terão de cumprir
meio a contragosto institucional, só não entenderam direito qual a
intenção de Jobim.
Por Jorge Serrão - Alerta Total