Carta Ao General Heleno
Por Félix Maier | 24/04/2008 | PolíticaBrasília, 22 de abril de 2008.
Exmo. Sr. general-de-exército Augusto Heleno Ribeiro Pereira,
Comandante Militar da Amazônia
Gostaria de cumprimentá-lo por sua dura crítica à política indígena atual, que
concede latifúndios a uns poucos milhares de índios, em detrimento dos milhões
de não-índios do Brasil, ou seja, da maioria dos brasileiros. Afinal, não
há motivo nenhum para se conceder um Portugal inteiro a cerca de 15 mil índios
existentes na reserva de Raposa Serra do Sol, assim como foi entregue
um outro inteiro Portugal aos índios ianomâmis, inviabilizando completamente
o desenvolvimento econômico do Estado de Roraima. Com essa aberração,
criaram-se os dois maiores latifúndios do planeta. Não há necessidade
de se conceder tanta terra para tão poucas pessoas. Depois de 500 anos, está
mais do que na hora de os índios amazônicos aprenderem a plantar
feijão, arroz e milho, e criar umas galinhas, para seu próprio sustento.
Petrificá-los na Idade da Pedra, com arco e flecha nas mãos, como o faz a
atual política indigenista, é um ato tão vergonhoso quanto os antigos bantustões
existentes na África do Sul, onde negros eram confinados em reservas e de lá só
podiam sair com autorização do governo do Apartheid. O correto é
que, paulatinamente, os índios brasileiros tenham acesso à civilização e
participem ativamente de toda a vida social, econômica e política, de modo a se
tornarem proeminentes figuras nacionais.
Louvo também, general Heleno, sua defesa instransigente da Amazônia, de
sua integridade física, que deve ter seu processo de conquista
fiscalizado pelo Governo Federal, não tolhido por este, como é o caso dos
rizicultuores de Roraima que há décadas promovem o desenvolvimento daquele
Estado e agora estão prestes a serem expulsos pelos capitães-do-mato da Polícia
Federal como se fossem perigosos delinqüentes. Há necessidade de se ter a
presença de maior número de soldados na área, para sua integração e defesa.
"Integrar, para não entregar" é o lema do Exército e de toda a nação
brasileira. Infelizmente, o governo federal não concorda com esse lema e é
entreguista, na medida em que dá mais apoio às ONGs estrangeiras que lá
prosperam como praga do que aos poucos militares que lá servem nas guarnições
de fronteira. A maioria das ONGs que lá operam estão a serviço de interesses
alienígenas, não dos brasileiros e, por isso, deveriam ser imediatamente
expusas da área.
Não tenho dúvida nenhuma, general Heleno, que todos os militares
brasileiros, das três Forças Armadas, da ativa e da reserva, apóiam sua firme
posição frente às questões amazônicas, assim como todos os brasileiros que
ainda não estão comprometidos com a atual República Sindicalista (a
"esquerda escocesa", do uísque, ao qual o senhor se referiu com
muita propriedade), de molde fascicomunista, iniciada no governo Collor,
ampliada no governo FHC e exacerbada no governo Lula, que dá continuidade ao
processo de criação de bantustões por todo o território nacional - os
famigerados guetos indígenas, quilombolas e do MST -, dentro dos moldes
stalinistas, em que a terra não pertence ao seu ocupante, mas é destinada ao
uso coletivo de sua população, como os kholkozes soviéticos de triste
memória, em que o Leviatã estatal é seu único proprietário. Infelizmente,
estamos caminhando rapidamente para instauração do "Brasilistão" -
uma mistura de Brasil com Afeganistão, em que prosperam grupos tribais, com
seus privilégios e suas leis próprias, não uma sociedade nacional organizada,
existente em todos os países democráticos modernos.
A respeito dos bantustões brasileiros, sugiro a Vossa Excelência a leitura de
um texto de minha autoria, disponível no endereço http://www.midiasemmascara.com.br/artigo.php?sid=5996&language=pt.
A respeito dos quilombolas, sugiro acessar http://www.midiasemmascara.com.br/artigo.php?sid=6238&language=pt.
Atenciosamente,
Félix Maier
Capitão QAO R/1