Carta a um Futuro Professor
Por Luciana Santana Brito | 24/10/2010 | EducaçãoSão Caetano do Sul 25 de Maio de 2010
A um futuro professor
O homem continua sendo o único ser vivo capaz de produzir cultura e a escola continua com a função de transmiti-la, embora essa não seja sua única função neste momento.
A escola continua sendo um reflexo da sociedade desigual e excludente em que vivemos, e por falar em sociedade...
A mesma vem sofrendo grande mudança quanto a estrutura familiar, afinal, em muitos lares a mulher desempenha o papel de pai e mãe, tem avós que acabam sendo "pais" de seus netos, enfim, cada caso é um caso, quando o assunto é estrutura familiar.
No fim a pessoa responsável pela criança tem passado cada vez menos tempo com ela, essa situação coloca a escola no papel de segundo lar tendo que prover as necessidades intelectuais, morais e afetivas destas crianças.
O papel da escola tem se caracterizado como de reguladora da sociedade, atendendo a vontade do governo que através de normas (e do MEC), continua determinando o que e a quem se deve ensinar.
Não que o governo não deva estruturar o trabalho da escola o que é difícil de identificar nesta intervenção toda é, o quanto é compromisso com a educação do povo e o quanto é compromisso com a política vigente (entendendo política como uma maneira de deixar as coisas como estão e os políticos como são).
Mas existem coisas positivas...
Existem propostas governamentais que propiciam acesso ao ensino superior ás classes menos favorecidas (Prouni), são sistemas falhos, polêmicos, questionáveis, mas...
Na educação infantil após a divulgação de diversos estudos sobre o desenvolvimento humano, houve a valorização do "brincar".
Ainda dentro da educação infantil, temos os RCNEI (Referencial Curricular Nacional) que trazem propostas de trabalho.
Enfim, é possível fechar a porta da sala e ministrar uma boa aula, se você não for destes que se escondem atrás do ECA(Estatuto da Criança e do Adolescente) para se tornar passivo e nem usar de má fé do Construtivismo para justificar a inércia, há esperança que você como professor cumpra seu papel de inspirar seu alunos a superar os próprios limites, mostrar-lhes que uma boa educação pode abrir um leque de oportunidades, escolhas e mudanças em suas vidas.
Se você for realmente comprometido com a Educação, lhe digo, não será fácil, será árduo, trabalhoso, desafiador, desgastante, mas você pode e deve ser um bom professor para descobrir o quanto esta função pode ser gratificante.