Carne

Por E Azevedo | 23/10/2010 | Poesias

Talvez eu, em minha teimosia,
não quero gasta-te com letras
impróprias, medíocres e rasas.

Quero coisa que te arda,
perfurante aos sentidos e paladar.

Não ousei prender-te em palavras
e nem em sentidos mundanos, falhos.

Quero cortar-te em navalhadas
e reconstituir-te em beijos sangrentos.

Pois
é, és tu meu delírio canibal.