Carnaval faz duque de reis

Não entendo nada de jogos de cartas, sei jogar um 21 e olha lá! Mas acho que as principais Escolas de Samba do Rio de Janeiro perderam grande chance de fazerem trinca de Reis, como se diz nas cartas, isto se, em 2010, alguma delas tivesse a idéia (e ganhasse o título, lógico) de homenagear os 70 anos de Pelé, Rei do futebol, e por coincidência os 40 anos do tricampeonato mundial de futebol, ocorrido no México, sob o comando de Pelé, em 1970. 

Como em 2011, a Escola Beija- Flor foi campeã homenageando os 70 anos de vida e os 50 de carreira de Roberto Carlos, Rei da música popular do Brasil; e este ano, a Unidos da Tijuca ganhou o Carnaval com justa homenagem ao centenário de nascimento de Luiz Gonzaga, Rei do baião, certamente seria uma trilogia interessante, se em 2010, houvesse uma campeã homenageando Pelé, o maior jogador de futebol de todos os tempos no planeta Terra.

Bom, se o mundo não acabar, neste 2012 (brincadeirinha), fica aqui a dica para os pesquisadores das Escolas de Samba do Rio acharem uma data famosa terminada em ano 3 para, em 2013, homenagearem Pelé ou algum outro grande brasileiro, considerado Rei, seja nos ramos  das artes ou dos esportes. Sinceramente, fiz uma busca rápida e não localizei nada. Ah, em 2014, teremos a Copa do Mundo e quem sabe? Também alguma justa homenagem ao nosso Rei das pistas, Ayrton Senna da Silva, que perdemos tragicamente em 94, portanto a perca completará 20 anos.   

Agora um pouco de curiosidade e atualidade, a Escola de Samba Unidos da Tijuca, que foi vice em2011, levou o titulo de 2012 com o enredo: O Dia em Que Toda a Realeza Desembarcou na Avenida para Coroar o Rei Luiz do Sertão, uma  homenagem ao Rei do baião, que falou sobre a paisagem, solo e vegetação do sertão nordestino. Dos 300 pontos possíveis, a escola só perdeu um décimo, ficando com 299,9 pontos. O carnavalesco Paulo Barros tem inovado nos desfiles, em 2010 foi campeão pela Unidos Tijuca, com uma comissão de frente que fazia mágicas na avenida.

Em 2011, a Escola campeã Beija Flor de Nilópolis apresentou o enredo: Roberto Carlos, a simplicidade do Rei.  O samba foi composto por uma verdadeira legião de compositores, reunindo Samir Trindade, Serginho Aguiar, JR Beija Flor, Sidney de Pilares, Jorginho Moreira e Théo M. Neto.  Curiosamente, Roberto Carlos é bastante conhecido porque a grande maioria de suas composições é dividida com um único parceiro, o seu amigo, Erasmo Carlos. Ah, o Rei desfilou na Beija, participou de ensaios na comunidade e dizem que teve “namorinho” com a rainha da bateria, Raissa Oliveira, 21 anos... depois veio a “amizade” com a Paula Fernandes, mas como diz o Rei, “essa é outra história bicho...”