Características Gerais dos Bovinos

Por Emanuel Isaque Cordeiro da Silva | 22/08/2019 | Apostilas

CARACTERÍSTICAS GERAIS DO GADO BOVINO 

GENERAL CHARACTERISTICS OF CATTLE BOVINE 

CARACTERÍSTICAS GENERALES DEL GANADO BOVINO 

Emanuel Isaque Cordeiro da Silva – IFPE-BJ/CAP-UFPE/EEFCC-BJ/UFRPE(1) WhatsApp: (82)98143-8399.

1. TAXONOMIA DOS BOVINOS  

Consideramos, nesse primeiro tópico, a taxonomia (ordenação e classificação das espécies animais e vegetais, onde também pode-se encontrar a relação de familiaridade entre organismos distintos e/ou iguais, bem como sua evolução em diversos aspectos: físico, motor, locomoção, anatomia, etc.) dos bovinos. É levado em consideração os itens mais relevantes e mais estudados em Zootecnia, Biologia, Medicina Veterinária, etc. Observe o quadro a seguir: 

Tabela 1. Taxonomia dos bovinos

Phylum 

Chordata/Cordados (com espinha dorsal) 

Subphylum 

Vertebrata/Vertebrados 

Classe 

Mammalia/Mamíferos (pelos na pele e glândulas mamárias desenvolvidas) 

Subclasse 

Theria 

Infraclasse 

Eutheria 

Ordem 

Artrioctyla/Artiodátilos (dois dedos; 3 e 4 falanges) 

Subordem 

Ruminantia/Ruminantes (sem incisivos superiores e quatro compartimentos) 

Infraordem 

Pecora 

Família 

Bovidae 

Gênero 

Bos 

Espécie 

Taurus 

Subespécie 

Taurus ou Indicus 

 

2. CARACTERÍSTICAS ANATÔMICAS, BIOLÓGICAS E ZOOTÉCNICAS 

Apresento as principais características quanto ao regime alimentar, à anatomia estomacal que faz com que o animal seja denominado de ruminante e a dentição dos bovinos. Observe o quadro que se segue: 

Tabela 2. Características bioanatozootécnicas

Estômago 

Composto por quatro compartimentos, em ordem: Rúmen, Retículo, Omaso e Abomaso 

Regime alimentício 

Herbívoros (alimentam-se de gramíneas e forrageiras) 

Dentição 

Incompleta; ausência de pinças superiores e caninos 

 

3. PARÂMETROS PRODUTIVOS E REPRODUTIVOS IDEAIS 

Na bovinocultura é comum trabalhar com parâmetros de produção e reprodução que devem ser respeitados e atingidos em uma propriedade, tanto para o produtor obtiver lucros e investir em seu plantel quanto visando à saúde e o bem-estar dos animais. Observe alguns padrões mais relevantes no quadro: 

Tabela 3. Parâmetros produtivos e reprodutivos ideais

Lactância 

305 dias (10 meses, segundo a raça trabalhada) 

Intervalo entre partos (IEP) 

11.5 – 12.5 meses e até 18 meses 

Idade ao primeiro parto 

24 – 25 meses (raças europeias) 

Dias abertos(2) (período de serviço) 

50 – 150 dias 

Serviços por concepção 

1 – 2 

% de concepção ao primeiro serviço 

60% 

% de concepção ao segundo serviço 

80% 

% de concepção ao terceiro serviço 

90% 

% de vacas paridas por ano 

90% 

Substituições 

18 – 30% 

% máxima de mortalidade fetal 

< 5% 

% máxima de mortalidade em vacas 

2

% de resíduos não-genéticos 

Até 10

 

4. CARACTERÍSTICAS REPRODUTIVAS FISIOLÓGICAS DO MACHO (BOI) 

Na bovinocultura, seja de corte ou leiteira, é necessário entender os animais quanto as suas principais características reprodutivas para que o produtor possa tomar as devidas providências na hora da estação de monta, no período de concepção, de gestação e pós-gestação visando uma melhor eficiência reprodutiva, bem como aos lucros provindos do rebanho. Observe o quadro abaixo: 

Tabela 4. Características de reprodução fisiológica dos machos bovinos

Volume por ejaculação 

4 ml (variando entre 2 – 10 ml) 

Número de espermatozoides 

4000 – 5000 milhões 

Local da inseminação 

Vagina da vaca 

Tempo de chegada do sêmen ao oviduto 

2 – 13 minutos 

Número de espermatozoides que chegam ao oviduto 

4200 - 27500 

Vida fértil do espermatozoide 

30 – 48 horas 

Tempo da ejaculação 

1 segundo 

Porcentagem ideal de motilidade 

75% 

Porcentagem ideal de células normais 

95% 

pH do sêmen 

6,7 – 6,9 (6,8 de média) 

Idade à puberdade 

10 meses (podendo haver variações entre 6 – 10 meses) 

Idade à primeira monta/uso do sêmen (inseminação artificial) 

18 – 24 meses 

 

5. CARACTERÍSTICAS REPRODUTIVAS FISIOLÓGICAS DA FÊMEA (VACA) 

Se é importante atentar-se as informações acerca do sistema reprodutivo e andrológico do macho, com a fêmea esse cuidado e atenção deve ser ainda maior, uma vez que é ela que gerará o futuro do rebanho do produtor. É necessário atentar-se e dar ênfase à uma série de procedimentos pré e pós-parto. Observe o quadro a seguir: 

Tabela 5. Características reprodutivas fisiológicas das fêmeas bovinas

Tipo de reprodução 

Poliéstrico contínuo 

Idade à puberdade 

7 – 18 meses (11 meses no gado europeu) 

Maturidade sexual 

14 – 18 meses no gado europeu 

Peso à puberdade 

300 kg (200 – 450 kg para a classe de grandes raças) 

Duração do ciclo estral 

21 dias (18 – 24 de variação) 

Momento da ovulação 

12 horas após a finalização do estro 

Vida fértil do óvulo 

20 – 24 horas 

Óvulos liberados 

1 – 2 (a poliovulação é possível) 

Implantação(3) do embrião 

40 dias 

 

6. ALTERAÇÕES OCORRIDAS DURANTE O PERÍODO DE GESTAÇÃO 

É necessário dar ênfase à alguns aspectos relevantes na bovinocultura como a duração da gestação de uma vaca, em média, o total de crias que ela favorece ao produtor, etc. todos esses apontamentos deverão ser colocados em um documento para que se possa manter a qualidade e a boa produção e produtividade do plantel. Os aspectos no quadro abaixo são os mais primordiais para o conhecimento de leigos e até mesmo de trabalhadores da área veterinária e/ou zootécnica. Todos os dados obtidos são uma média, que foi obtida por meio de pesquisas e práticas com os animais. 

Tabela 6. Possíveis alterações durante a gestação
Duração da gestação

283 dias 

Número de crias ao parto 

1 – 2 (sendo que são em raras ocasiões) 

Tipo de placenta 

Epiteliocorial/Cotiledonária 

Tempo de implantação 

30 – 40 dias após a cópula 

Início do período seco(4) 

Aos 10 meses de lactação e aos meses de gestação 

Duração do período seco 

2 meses 

 

7. SINAIS PRÉVIOS AO PARTO 

Antes do parto das vacas, é necessário que a atenção seja redobrada, temos que observar a anatomia exterior de certas compartições como a vagina, a mudança comportamental também deve ser observada, todos esses cuidados visam a sanidade tanto da vaca quanto do neonato. Por isso, é viável que todo e qualquer parto seja observado à distância seja pelo criador ou o trabalhador da propriedade, visando a possível ajuda no parto do animal caso o neonato passe por complicações na hora do nascimento. Um dos grandes vilões que aumentam o percentual de mortalidade de neonatos é as possíveis complicações na hora do nascimento, o animal pode ficar preso e morrer, como denomina-se de distorcia. Observe os fatores a serem levados em consideração no quadro abaixo. 

Tabela 7. Sinais a perceber durante a prévia do parto

Edema vulvar 

Acúmulo anormal de muco na vagina 

Distensão de ligamentos 

O primeiro compartimento a se distender é a vagina para a facilitação da passagem do neonato 

Edema abdominal e mamário 

Acumulação de líquidos anormal no abdômen e no úbere 

Gotejamento do colostro 

12 – 24 horas antes do parto 

Inquietações 

As vacas prontas pra parir ficam inquietas, hiperativas 

Inapetência 

As vacas cortam a alimentação por conta própria 

Isolamento 

As vacas que, normalmente andam em rebanho, se isolam em um determinado lugar para que possa parir 

 

8. CONSTANTES FISIOLÓGICAS 

Essas constantes de temperatura, frequência cardíaca e respiratória além dos movimentos ruminais, servem de base para que o produtor mantenha seu rebanho sob controle veterinário e que, mediante quaisquer alterações nos dados apresentados, o produtor deverá comunicar ao médico veterinário da propriedade para que possam ser tomadas as devidas providências. Observe o quadro: 

Tabela 8. Constantes fisiológicas

Temperatura 

37,5 – 38,5 °C (adultos) 

38,5 – 39,5 °C (jovens) 

Frequência cardíaca 

40 – 80 batimentos/minuto (adultos) 

80 – 110 batimentos/minuto (jovens) 

Frequência respiratória 

10 – 30 respirações/minuto (adultos) 

15 – 45 respirações/minuto (jovens) 

Movimentos ruminais 

2 – 3 movimentos/2 minutos 

 

9. pH (POTENCIAL HIDROGENIÔNICO) DE ALGUMAS SECREÇÕES CORPORAIS 

Fator importante para discernir os líquidos dos bovinos e dividi-los em ácidos ou básicos, isto é, se são ácidos ou alcalinos. O pH varia entre 0 – 14 e sua média é 7 (neutro), pHs acima de 7 são considerados alcalinos, porventura, pHs abaixo de 7 são considerados ácidos. Observe o quadro: 

Tabela 9. pH de secreções corporais

Leite 

6,5 – 7 (neutro) 

Urina 

7,4 – 8,4 (alcalina) 

Sangue 

7,3 – 7,5 (neutro) 

Líquido ruminal 

5,5 – 7 (ácido) 

Líquido abomasal 

2 – 3 (ácido) 

Saliva 

7,9 – 8,5 (alcalina) 

 

10. VALORES SANGUÍNEOS NORMAIS DOS BOVINOS 

Esses valores são utilizados como padrão principalmente para pesquisas no ramo da Ciência Animal. Todavia, são imprescindíveis para atentar-se à saúde e ao bem-estar dos animais, uma vez que, possíveis alterações anormais, ocasionam complicações futuras que, por sua vez, implicará em gastos ao produtor com assistência veterinária constante e medicamentos. Observe o padrão dos valores no quadro seus valores e, em notas de rodapé, as significações biológicas e médicas dos mesmos. 

Tabela 10.Valores sanguíneos normais

Hemoglobinas(5) 

8,15 gramas/decilitro (g/dl) 

Hematócritos(6) 

24,5% (precisamente 24,46%

Eritrócitos/hemácias/glóbulos vermelhos(7) 

5 – 10 milhões/milímetro cúbico (mm3) 

Reticulócitos(8)

0 

Plaquetas(9)

100 mm3 

Leucócitos/glóbulos brancos(10) 

4000 – 12000 mm3 

Neutrófilos segmentados(11) 

15 – 45% 

Neutrófilos banda 

0 – 2% 

Linfócitos(12) 

45 – 75% 

Monócitos(13) 

2 – 7% 

Eosinófilos(14) 

2 – 20% 

Basófilos(15) 

0,2 

 

11. QUÍMICA SANGUÍNEA DOS BOVINOS 

Quantidade de micro e macronutrientes existentes no sangue, pode não parecer importante, mas esses padrões quando, porventura, esses números alterem-se implicará em patologias interiores e exteriores necessitando-se, assim, de mão de obra especializada, ou seja, um médico veterinário. Observe o quadro a seguir: 

Tabela 11. Química sanguínea dos bovinos

pH sanguíneo (venoso) 

7,4 (precisamente 7,38) 

Proteínas plasmáticas 

6,8 g/dl 

Cálcio (Ca) 

9 – 11 miligramas/decilitro (mg/dl) 

Fósforo (P) 

5 – 9 mg/dl 

Magnésio (Mg) 

2 – 3 mg/dl 

Sódio (Na) 

132 – 245 miliequivalentes/litro (mEq/L) 

Potássio (K) 

4,1 – 5,1 mEq/L 

Glicose 

50 – 70 mg/dl 

Nitrogênio (N) urético no sangue 

5 – 20% 

Creatinina(16) 

1,5 mg/dl 

Cobre (Cu) 

0,7 – 1,3 partes por milhão (ppm) 

Chumbo (Pb) 

0 – 0,15 ppm 

Fibrinogênio(17) 

300 – 800 mg/dl 

Bilirrubina(18) total 

0,1 – 1,6 mg/dl 

Bilirrubina livre 

0 – 1 mg/dl 

Bilirrubina conjugada 

0,6 mg/dl 

Ferro (Fe) 

100 – 200 mg/dl 

TGO (transaminase glutâmico oxalacética)(19) 

100 – 50 UI 

TGP (transaminase glutâmico pirúvica) 

3 – 15 UI 

FA (fosfatase alcalina) 

30 – 50 UI 

CPK (creatinofosfoquinase)(20) 

30 – 50 UI 

LDH (lactato desidrogenase)(21) 

300 – 600 UI 

GGT (gama glutamil transferase) 

4,9 – 26 UI 

HCO (bicarbonato) 

28 mEq/L 

Nota: Atualmente, a medicação da TGO está caindo em desuso, em seu lugar mede-se AST (aspartato aminotransferase). Da mesma forma, utiliza-se a ALT (alanina aminotransferase) no lugar da TGP. 

 

12. CONSTANTES FISIOLÓGICAS DO APARELHO DIGESTIVO 

Esses padrões servem para que o produtor possa ter um alicerce da quantidade de água e de alimentos (feno, silagem, palhas, etc.) que o animal deverá consumir para que possa produzir de forma eficiente e gerar lucros futuros para a propriedade. Observe o quadro abaixo: 

Tabela 12. Constantes fisiológicas do aparelho digestivo dos bovinos

Consumo de alimentos à livre acesso 

  • 3% do peso vivo (PV) – (feno de ótima qualidade) 

  • 2,2% do PV – (silagem) 

  • 1% do PV – (palhas) 

Consumo de água

10% do PV dividido em períodos: 

  1. 3,6 – 4,3 litros de água/kg de matéria seca (MS) 

  1. 50 – 80 litros de água/dia (alimentos secos) 

  1. 24 – 40 litros de água/dia (alimentos verdes) 

  1. 14 – 16% do PV (mais de 5 litros/L de leite) 

pH ideal da água deverá estar entre 6 – 9.  

 

13. CARACTERÍSTICAS DA RUMINAÇÃO 

Os bovinos são animais de produção peculiares, isto é, é um dos animais com uma capacidade completamente enorme para um criador, estamos falando do fato de digerir alimentos fibrosos, especialmente os volumosos, e transformá-los em carne, leite, etc. Isso ocorre porque nos bovinos, como em caprinos, ovinos, etc. há a presença do rúmen em seu aparelho estomaco-digestivo. A ruminação consiste, basicamente, na regurgitação do alimento semi-digerido, o alimento primeiramente é consumido e vai para o primeiro compartimento, o rúmen, lá às bactérias e os protozoários começam a desagregação das fibras existentes no alimento, depois o alimento volta a boca do animal em que o mesmo agrega saliva e o mastiga novamente para ir ao retículo. Observe as características peculiares da ruminação no quadro: 

Tabela 13. Características do processo de ruminação dos bovinos

Início e regularização (1° arroto) 

2 – 3 semanas de idade 

Início (depois do alimento ingerido) 

5 – 15 horas após a ingestão 

Número de períodos da ruminação 

4 – 24 períodos/dia (segundo a quantidade da frequência cardíaca (FC) e do tamanho das partículas 

Total de regurgitações 

15 – 20 

Volume ruminado 

40 – 60 kg ao dia 

Duração por período de ruminação 

10 – 60 minutos cada uma 

Número dos bolos alimentares regurgitados 

360 - 790 

Peso dos bolos alimentares ruminados 

80 – 120 g 

Movimentos mastigatórios e tempo de mastigação por bolo alimentar 

40 – 70 movimentos e o tempo de 45 – 60 segundos 

Tempo da ruminação 

horas (variação conforme raça: 3 – 8 horas) 

 

14. COR NORMAL DAS FEZES  

Na bovinocultura, de corte ou leite, é sumamente imprescindível atentar-se à todos os tipos de detalhes no animal, por exemplo, se está associado ao grupo, se está alimentando-se regularmente e normalmente, se está ruminando de forma normal e, até mesmo, a cor e a consistência das fezes exoneradas. Esse fator de coloração e consistência implica na sanidade do animal. Observe o quadro elaborado, segundo quantidades de clorofila, bílis, tipo de alimentação, etc. 

Tabela 14. Fezes dos bovinos

Bezerro (período de amamentação) 

Cor amarelada para o cinza 

Bovino adulto (ruminante) 

Verde escuro (pastagens) 

Amarronzado (estábulo) 

Amarelo pardo (engorda com concentrado/grãos) 

Consistência: pastosa 

Odor: ligeiramente desagradável 

 

15. CARACTERÍSTICAS DAS ESTRUTURAS DIGESTIVAS/COMPARTIMENTOS 

Nos bovinos há a presença de 4 aparelhos estomacais, sendo o último, o abomaso, o estômago verdadeiro, isto é, o estômago químico do animal, antes disso, há a presença do rúmen que é o compartimento que faz dos animais ruminantes peculiares na pecuária, o retículo e o omaso. Observe o quadro abaixo: 

Tabela 15. Características dos compartimentos/estômagos digestivos dos bovinos

1. Rúmen (Pança) 

Proporção ocupada ante os compartimentos 

80% do lado esquerdo da cavidade abdominal 

Capacidade 

200 – 250 litros ou 135 kg de material alimentício (adultos de raças pesadas) 

pH do líquido 

5,5 – 7 

Movimentos ruminais 

2 – 3 movimentos/2 min. 

Cor normal do líquido ruminal 

Geralmente verde acinzentado 

Consistência 

Ligeiramente viscosa 

Odor 

Aromático e pouco repulsivo 

Proporção bacteriana 

1 x 10^9 a 1 x 10^10 /ml 

Proporção protozoária 

1 x 10^2 a 1 x 10^6 /ml 

Função  

Digestão de celulose, hemicelulose e amido. 

Fermentação de açúcar a acetato, propionato e butirato. Oxidação e absorção de acetato, propionato e butirato. 

Assimilação de açúcares, minerais e nitrogênio no corpo microbiano. Bem como a absorção de outros íons. Produção de gases, ácidos graxos voláteis e massa microbiana 

2. Retículo (bonete, coifa, barrete, crespina) 

Tamanho 

5% de todo compartimento estomacal 

Projeção 

6° à 8° costelas esquerdas 

Função 

Regurgitação na 

ruminação e eructação. Também participa na fermentação 

3. Omaso (saltério, filho, folhoso)

Tamanho 

7% de todo o compartimento 

Projeção 

7° à 9° costelas esquerdas 

Função 

O omaso permite a reciclagem da água e de alguns minerais como o fósforo e o sódio que retornam ao rúmen pela saliva. Serve como objeto de transição entre as distintas fermentações do rúmen e do retículo. Grande capacidade de absorção de água, sódio, fósforo e ácidos graxos residuais e voláteis 

4. Abomaso (coagulador, coalheira, estômago verdadeiro) 

Tamanho 

7 – 9% de todo o compartimento 

Projeção 

Sobre o piso da cavidade ligeiramente à direita da linha média, desde o apêndice xifoide até o umbigo 

Função 

Digestão ácida. Secreção de enzimas digestivas e do ácido clorídrico (HCl) que mata os microrganismos. Digere alimentos não fermentados no rúmen (algumas proteínas e lipídeos). Digestão peptídica de microrganismos. 

 

NOTAS EXPLICATIVAS:

(1). Bacharelando em Zootecnia pela Universidade Federal Rural de Pernambuco. Tecnólogo em Agropecuária pelo Instituto Federal de Pernambuco Campus Belo Jardim. Aperfeiçoado em Bovinocultura Geral pelo IFPE-BJ, sob a tutela do Dr. em Zootecnia Wellington Samay de Melo e pelo Dr. em Medicina Veterinária Luiz Eduardo Pereira de Andrade Ferreira. Normalista pela Escola Estadual Frei Cassiano Comacchio. Professor de escolas públicas e privadas do estado de Pernambuco. E-mails: eisaque335@gmail.com e eics@discente.ifpe.edu.br. WhatsApp: (82)98143-8399.

(2). Dias abertos ou período de serviço é a relação entre o número de dias entre o parto e a próxima cobertura de sucesso, quando se inicia uma nova gestação.

(3). Implantação é quando ocorre a união por completo do embrião com a parede do útero.

(4). Período seco compreende ao descanso final da gestação da vaca, precisamente aos 60 dias antes do parto, para que se possa proporcionar uma qualidade melhor das condições por ocasião do parto, além de visar a sanidade da futura cria. Vale lembrar que o feto se desenvolve com mais ascendência nesse período, compreendendo à um desenvolvimento de 2/3 em apenas 60 dias, por isso torna-se imprescindível os cuidados com os manejos com a vaca que vão desde o alimentar, aos mais básicos como o sanitário.

(5). Hemoglobinas são metaloproteínas existentes no interior das hemácias e que tem a função do transporte de oxigênio em todo o sistema circulatório.

(6). Hematócrito é uma medida de proporção que mede o percentual de hemácias existentes no sangue. Exemplo: se em um teste laboratorial o valor de hematócrito for de 40%, significa que há 40 ml de hemácias num total de 100 ml de sangue.

(7). Hemácias são estrutura do sangue e que tem a função de transporte do oxigênio em maior quantidade e do gás carbônico em menor quantidade à todos os tecidos do corpo. A expectativa de vida das hemácias são de, aproximadamente, 120 dias.

(8). Reticulócitos são um estágio de maturação entre os eritroblastos produzidos pelas células tronco, para a formação das hemácias. São denominados de hemácias imaturas.

(9). As plaquetas são fragmentos de células que funcionam no sistema de coagulação. Elas têm a função de coagular o sangue, aglomerando-se em um possível corte no corpo, fazendo o estancamento do mesmo.

(10). Células de defesa do organismo.

(11). Neutrófilos são um tipo de leucócitos, ou seja, também tem a função de promover a defesa do organismo. Os neutrófilos que estão em maior circulação no sangue são denominados de segmentados.

(12). Tipo de leucócito presente no sangue e produzido pelas células tronco vermelhas.

(13). Parte integrante dos leucócitos, tendo a mesma função. São produzidos pela medula óssea, transportado pelo sangue até deslocarem-se aos tecidos de todo o corpo onde recebem a denominação de macrófagos.

(14). Células de defesa, produzidas na medula óssea, transportada ao sangue periférico e que tem função de combater parasitas multicelulares e determinadas infecções. Junto com os mastócitos, também combate mecanismos referentes a alergia e a asma.

(15). Os basófilos são células de defesa do nosso organismo, ou seja, são um dos subtipos de leucócitos (glóbulos brancos). Estas células são muito importantes no funcionamento de nosso sistema imunológico. As principais funções deles são que durante o combate a uma infecção em nosso corpo, os basófilos liberam duas importantes substâncias. A heparina, que é um importante anticoagulante. A outra é a histamina, que atua como vasodilatadora nas alergias.

(16). São produtos derivados da creatina e taxas elevadas são indicadores de insuficiência renal.

(17). É um fator de coagulação produzido pelo fígado e liberado quando há alguma lesão de um vaso sanguíneo.

(18). Substância presente na bile e excretada na urina. Altas concentrações podem indicar problemas no fígado, rins, baço ou na vesícula biliar.

(19). Enzima catalisadora de aminoácidos.

(20). Proteína catalisadora.

(21). Enzima que participa na transformação da glicose das células em energia para as mesmas.

 

REFERENCIAL TEÓRICO

 

JARDIM, V. R. Bovinocultura. 1ª ed. Campinas: Instituto Campineiro de Ensino Agrícola, 1973. 

_____________.; JARDIM, L. M. B. F.; TORRES, A. di P. Manual de Zootecnia: raças que interessam ao Brasil. 1ª ed. São Paulo: Agronômica Ceres, 1982. 

ROSENBERGER, G. et al. Exame clínico dos bovinos. 1ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1993.

 

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EICS 2019.

 

Emanuel Isaque Cordeiro da Silva – eisaque335@gmail.com ou eics@discente.ifpe.edu.br WhatsApp: (82)98143-8399. É tecnólogo em agropecuária pelo Instituto Federal de Pernambuco Campus Belo Jardim. Normalista pela Escola Estadual Frei Cassiano Comacchio. Bacharelando em Zootecnia pela Universidade Federal Rural de Pernambuco. Acesse o currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/8455592829863253 

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