Capital Intelectual: Conhecimento Que Transforma As Matérias-Primas E As Tornam Mais Valiosas

Por Keyth Martins | 19/08/2008 | Adm

A economia do conhecimento é mais do que a soma de partes, ela é singular e única. As empresas do conhecimento olham o mundo, os problemas, as oportunidades, as pessoas e os riscos, todos esses tipos de aflições são na verdade, problemas de conhecimento, que dão errado em conseqüência de capital intelectual inadequado, conhecimento impróprio e má interpretação das tendências do mercado.

Em conjunto as pessoas não estão descobrindo os conhecimentos necessários, os movimentos entre as partes envolvidas e nem as mantendo renovadas e atualizadas. Muitas pessoas e empresas estão de tal modo ocupado na tentativa de ocultar os erros que não conseguem aprender com a realidade. O medo é o maior obstáculo para fazer algo inovador. Ninguém pretende estimular as mancadas apenas para aprender com elas. No entanto, a melhor maneira de evitar a repetição de erros é adotar a perspectiva do conhecimento de celebrar o aprendizado, não apenas o sucesso.

Essa economia do conhecimento impregna tudo que compramos, vendemos e produzimos, nisso o ativo do conhecimento, isto é, o capital intelectual passou a ser mais importante para as empresas do que os ativos financeiros e físicos. Para prosperar na nova economia e explorar esses novos ativos cruciais, precisamos de um novo léxico, novas técnicas de gestão, novas tecnologias e estratégias.

O conhecimento, as idéias e as informações foram importantes, mas hoje, como em nenhuma outra época, definem nossa vida no trabalho. Os novos empregos são empregos do conhecimento, assim como os empregos antigos, penso, logo existo e ganho dinheiro. É inevitável que o conhecimento transforme-se em ativo cada vez mais importante para as organizações, na verdade, o ativo é tudo aquilo que transforma matéria-prima em algo mais valioso, executa algum processo e dela saem outputs mais valiosos do que os inputs.

Dessa forma, o conhecimento representa uma maneira de analisar as questões de negócios sob a perspectiva do conhecimento. As empresas precisam testar todas as atividades de negócios, assim como analisar atendem-se às demandas de uma época voltada para o conhecimento. No entanto, o campo da gestão intelectual é praticamente inexistente e precisa ser inventado, pois se trata da maior ameaça enfrentada pelas as empresas neste século.

Os riscos são algo positivo, o objetivo não é eliminá-los, mas gerenciá-los, ou seja, escolher em que apostar como proteger as apostas e onde não apostar de jeito nenhum. Acredita-se em elementos concretos e objetivos; mas não em liderança e empatia, e quando os riscos não são lavrados em pedra, mas flutuam como idéias, e quando a mudança é rápida e profunda, os cálculos mudam. Portanto, criar o estoque de conhecimento não é suficiente para sermos realmente indivíduos voltados para o conhecimento, precisamos correr riscos tanto quanto os médicos precisam conviver com as doenças.

Nesta perspectiva surge um novo papel "o líder", que seria alguém capaz de adotar perspectivas globais, prever oportunidades, criar uma visão compartilhada, desenvolver e dar autoridade as pessoas para tomar decisões, apreciar a diversidade cultural, construir equipes, favorável a mudanças, garantir satisfação dos clientes, conquistar vantagens, dividir a liderança e viver os valores.

Hoje o líder tem o papel de autoconfiança, de visão e de excelência pessoal, sob a perspectiva na formação de alianças com outras organizações, tomada de decisões desenvolvimento de parcerias e tratamento das pessoas com respeito e dignidade, essa é a imagem do líder, como parceiro, negociador, diretor social e corretor.

Assim, o Capital Intelectual de uma empresa é a soma de seu capital humano, capital estrutural e capital de clientes, mas certas fatias do capital intelectual são tão fungíveis que bem poderiam funcionar como dinheiro. O investimento em capital humano aumenta ainda mais o retorno sobre os investimentos em sistemas de informação, apenas por meio do conhecimento, as empresas são capazes de diferenciarem-se das concorrentes. O ativo específico e o ativo diferenciador não é a maquinaria e nem os "softwares" é o conhecimento.

Afirma Ducker, "a melhoria da produtividade do trabalhador do conhecimento mal começou." A empresa só existe como instituição por causa das pessoas que nela trabalham, pelo fato de, para elas, o trabalho na empresa ser mais barato do que o trabalho por conta própria. Se esses indivíduos forem embora, a empresa deixa de existir, a empresa existe porque as pessoas estão dispostas a trabalhar para ela; e assim, é porque lá dispõem de condições sob a quais são capazes de alcançar maior eficácia do que por conta própria.

A empresa faz diferença e cria vantagens ao atrair, adquirir e reunir recursos ativos que ampliam a capacidade dos indivíduos. Esses recursos e as atividades executadas por meio deles, capacitam às pessoas a realizar melhor o próprio trabalho com mais rapidez, a menor custo, por um preço melhor do que sozinhas. A empresa é um conjunto de ativos.

Conseguir resultados não é o principal atributo do líder, o que consta é melhorar os processos, garantir que as pessoas certas estejam conversando entre si sobre as coisas certas e contam com as ferramentas para fazerem o que considera necessário.

Dessa forma, os líderes de hoje e do futuro estão configurados na economia do conhecimento, o líder do passado era um operador, o do presente, um planejador e coordenador; o do futuro, um professor. Sua função é desenvolver capacidades, construir capital intelectual, conduzir idéias e experiências oriundas de uma situação em oportunidades.

"A essência da empresa na nova economia é sua capacidade de criar, transferir, montar, integrar, proteger e explorar novos ativos de conhecimento", diz David Teece, reitor da Hass School of Business, da Universidade da Califórnia.

As empresas só continuarão existindo se as pessoas estiverem dispostas a trabalhar nelas. A maneira mais importante para fortalecer a lealdade dos empregados é aumentar suas oportunidades de crescimento com liberdade e responsabilidade. O aprendizado e a independência são também elos que amarram as pessoas às organizações.

Os empregados querem compartilhar atitudes e crenças, assim como o espaço de trabalho; querem desenvolver relacionamentos uns com os outros e com a empresa antes de mergulhar na faina. Precisamos conhecer uns aos outros, saber trabalhar juntos, de modo que, quando surgir à crise, não precisemos perder muito tempo com coordenação.

As empresas existem porque no lugar de planejar usam objetivar como importante atividade unificadora, promovendo um lugar de aculturação e uma cultura, ou seja, uma comunidade de pessoas com quem trabalhar e viajar, isso é a essência de uma comunidade talentosa, uma fonte de atração de clientes. O trabalho do conhecimento é personalizado, este evolui por iteração e reiteração.

O capital intelectual, as conversas, o armazenamento de conhecimentos, as garantias e os serviços, cada um desses fatores é um motivo para que se transfira para as organizações um pouco de domínio sobre nossos destinos, uma pequena parcela de governança.

O ser humano é considerado capital por possuir capacidade de gerar bens e serviços, por meio do emprego de sua força de trabalho do conhecimento, constituindo-se em importante fonte de acumulação e de crescimento econômico. A instrução e o progresso no conhecimento constituem importantes fontes de crescimento econômico, que o conceito de capital e de formação de capital deveria ser ampliado de forma a incluir investimento em seres humanos, o que se dá, pelo investimento na instrução.

O capital intelectual abrange vários elementos intangíveis, ser relativo ao intelecto, que só os seres humanos possuem. Assim, o capital intelectual abrange o elemento possuidor do recurso do conhecimento e tudo mais que é resultante da aplicação do conhecimento.

Como o Capital Humano compreende os benefícios que o indivíduo pode propiciar para as organizações, é natural que hoje em dia as organizações dediquem maiores esforços para identificar aquelas pessoas que poderão aperfeiçoar a relação de causa e efeito. Quanto melhor o capital humano de uma organização, melhores resultados ela alcançará no Capital Intelectual. Consequentemente, as organizações necessitam apoiar-se no Recurso Humano do conhecimento não mais na força braçal; a tecnologia; à medida que, por um lado, supre este fator, por outro demanda pelo potencial humano da inteligência.

Alguns fatores que geram o Capital Intelectual: conhecimento, por parte do colaborador, do que representa seu trabalho para o objetivo global da companhia, valorização das opiniões dos colaboradores sobre os aspectos de trabalho, encorajamento dos colaboradores para inovar e valorização da cultura-organizacional.

O capital humano é formado pelos talentos e competências das pessoas. Sua utilização de forma que venha a fomentar um real diferencial vai depender da estrutura de gestão de cada empresa. É preciso adequar em moldes democráticos e criativos os modelos de gestão organizacional, focando o desenvolvimento das competências de seus colaboradores.

Acredita-se que uma das formas para medir o valor da empresa é por meio de seu resultado financeiro, e este tem sido o modelo. Por outro lado, julga-se que a aceitação de que o resultado financeiro é a materialização de esforços nas áreas do Capital Humano e Estrutural pode ser igualmente considerada senso comum. Isso significa que os recursos consumidos conduzem a um resultado, e assim tem sido desde a organização formal das primeiras fábricas.

A criatividade e inovação através das idéias que provém do conhecimento contribui para a valorização total da empresa, o conhecimento é à base de sua estrutura interna e externa. Para poder competir e enfrentar os desafios de um mercado cada vez mais exigente, as empresas têm que investir em recursos humanos.

Peter Drucker (1996) diz que os meios de produção, base tradicional do capitalismo, estavam, agora, nas cabeças e mãos dos trabalhadores. Assim, devemos considerar nessa afirmação a relatividade dos mercados e o desenvolvimento sócio-político das sociedades envolvidas.

Valorizar o capital humano é fundamental para a competitividade empresarial, pois os recursos humanos são os principais responsáveis pelo desempenho das empresas e constituem vantagens competitivas num mercado cada vez mais exigente.

Essa ferramenta, como afirma Rigby (2000), mostra que as empresas de sucesso não são um conjunto de produtos, mas sim de bases de conhecimento distintas. Esse capital intelectual é a chave da vantagem competitiva da companhia com seus clientes alvo. A gestão do conhecimento procura acumular o capital intelectual que criará competências essenciais exclusivas e produzirá resultados melhores.

Com o enfoque da gestão do conhecimento, começa-se a rever a empresa, suas estratégias, estrutura e cultura. Isso se dá num ambiente competitivo, onde a rápida globalização da economia e as melhorias nos transportes e comunicações dão aos consumidores uma gama de opções sem precedentes. O ciclo de desenvolvimento de novos produtos é cada vez mais curto. As empresas precisam de qualidade, valor agregado, serviço, inovação, flexibilidade, agilidade e velocidade de forma cada vez mais crítica. As empresas tendem a se diferenciar pelo que elas sabem e pela forma como conseguem usar esse conhecimento.

Desta forma, uma organização dispõe de vantagem competitiva quando é competitivamente superior a um ou mais concorrentes. A posição competitiva é uma medida relativa do desempenho. Do ponto de vista prático, pode ser medida comparando as capacidades integradas dos concorrentes num ambiente competitivo. E, se for aceito o princípio de que as capacidades são os fatores fundamentais que levam à concorrência entre as organizações, então os esforços para desenvolver ou melhorar as vantagens competitivas devem basear-se nas capacidades que, do ponto de vista conceitual, incluem quatro componentes: as pessoas, os processos, a organização e a tecnologia.

Quando uma empresa oferece aos seus empregados à possibilidade de participar, ganhos são adquiridos, pois os trabalhadores ao sentirem-se auto-realizados com a tarefa que exercem, passam a ser funcionários entusiasmados, com iniciativa e fiéis à empresa que participam.

Se não houver uma política de esclarecimento, de respeito e integração, os funcionários de uma instituição podem transformar-se em poderosa forca negativa em relação à empresa. O problema de prestígio e simpatia da organização perante o público externo e misto encontra-se, principalmente, na confiança que os empregados têm na sua empresa.

Esforçar-se para analisar, compreender e satisfazer as necessidades do homem social é tão essencial ao equilíbrio e ao desenvolvimento do indivíduo, como à harmonia, à coesão e à eficiência da instituição.

As empresas precisam se conscientizar de que a autoridade não se exerce pela hierarquia, mas sim pela orientação que os seus gestores conseguem passar para os seus colaboradores. Hoje, o grande potencial das empresas é saber usar também o cérebro das pessoas.

As empresas de sucesso são aquelas que têm uma dose muito grande de profissionalismo. São as que conseguiram, ao longo de sua existência, manter em seu quadro de profissionais, pessoas competentes e motivadas onde seu principal ativo – o humano, que faz a empresa acontecer e existir.

Hoje, as empresas precisam aprender a gerenciar o conhecimento, saber desenvolver cada habilidade necessária par ao sucesso dos indivíduos e da empresa em um novo ambiente da economia intelectual. O conhecimento, a experiência, o poder de inovação e a habilidade dos funcionários de uma empresa para realizar as tarefas do dia-a-dia é definida como capital humano.

Por outro lado os equipamentos e o resto da capacidade organizacional que apóia a produtividade dos funcionários é definido como capital estrutural. Ao contrário do capital humano, o capital estrutural pode ser possuído e, portanto, negociado.

O Capital Intelectual, em especial, valoriza o desenvolvimento da competência dos funcionários, que podem não influir na lucratividade de uma empresa durante anos. Não atribui valor ao sucesso em curto prazo que não projete a empresa para o futuro.

O simples desperdício de recursos direcionados aos lugares errados na época importuna é suficientemente perigoso. No entanto, um risco até maior é que os mesmos indicadores que falham em mostrar a economia crescendo também falhem quando aquelas forças subjacentes apontarem uma tendência de queda. Tem-se o enorme perigo de perder a direção e de se espatifar no solo, sem saber que está caminhando para uma catástrofe. Somente isso deveria assustar a alma de cada investidor ou administrador, devendo se tornar mais que um incentivo para se procurar métodos efetivos de se medir e estimular o Capital Intelectual.

O ponto central do Capital Intelectual segundo Skandia é a idéia de que o valor real do desempenho de uma empresa está em sua habilidade para criar valor sustentável pela adoção de uma visão empresarial e de sua estratégia resultante. A partir desta estratégia pode-se determinar os fatores de sucesso que devem ser maximizados.

O Capital Intelectual representa uma maneira nova de encarar o valor organizacional que nunca ficará limitado a desempenhar um papel secundário em relação à contabilidade tradicional. É da natureza humana supor que uma importante inovação se desenvolverá a partir daquilo que já existe e então espantar-se quando ela ocupar um novo espaço, mesmo entre a crescente fileiras de adeptos do Capital Intelectual, a magnitude da revolução financeira representada pelo Capital Intelectual frequentemente não é compreendida.

O Capital Intelectual não se limita estritamente às entidades com fins lucrativos, ele pode também se aplicado às entidades que não visam lucros. O resultado é de avaliação comum para medir e comparar o crescimento do valor de todos os tipos de organização de uma sociedade. Assim o Capital Intelectual oferece a possibilidade de uma valoração do comum de todas as iniciativas dos grupos humanos.

A ascensão do Capital Intelectual é inevitável devido às forças históricas e tecnológicas irresistíveis dos fluxos de investimentos que estão se espalhando pelo mundo moderno e nos levando em direção a uma economia baseada no conhecimento. Somente o Capital Intelectual capta a dinâmica da solidez organizacional e da criação de valor reconhece que um empreendimento moderno muda com rapidez que passa a depender do talento e da dedicação de seus colaboradores, bem como a qualidade dos instrumentos que eles utilizam.

Desta forma, o Capital Intelectual é inevitável porque somente ele, tem o desempenho corporativo e expõe o valor real. Assim, ele restaura tanto o bom senso quanto a equidade que devem prevalecer na economia.

Conforme o dito popular, cuidado com os cavalos antigo: eles podem parecer temíveis, mas estão completamente pobres em seu interior, prontos para cair na primeira tempestade que ocorrer, desta forma é o comportamento das empresas que têm a responsabilidade de cortarem custos e respondem pela eliminação não dos galhos mortos, mas também do cerne da árvore.

Toda capacidade, conhecimento, habilidade e experiência individuais dos funcionários e gerentes estão incluídos no temor capital humano, o qual deve da preferência de captar com igualdade a dinâmica de uma organização inteligente em um ambiente competitivo em mudança. Assim o capital humano deve incluir a criatividade e a inovação organizacionais.

O capital estrutural pode ser descrito como a infra-estrutura que apóiam o capital humano. Ele também é a capacidade organizacional, incluindo os sistemas físicos utilizados para transmitir e armazenar conhecimento intelectual.

O desafio, portanto, é assegurar que o Capital Intelectual seja importante para registrar o valor real de uma organização através da junção do Capital Humano e Estrutural. Assim, o capital humano é mais volátil, enquanto o capital estrutural é estável, podendo então ser utilizado como alavanca para auxiliar o crescimento corporativo.