Canhões ou Manteiga?
Por Félix Maier | 23/10/2008 | PolíticaFélix Maier
Todo estudante de Economia já se viu
diante de um texto que abordava o tema "canhões ou manteiga". É uma
forma de dizer se um governante deve privilegiar a fabricação de armas,
para defesa ou ataque de um país, ou se deve dar prioridade ao aumento
de alimentos para sua população.
Na América do Sul, temos dois
exemplos acabados de governos "canhões" ou militaristas e de "manteiga"
- nada a ver com o Mantega, que ainda não derreteu frente à crise
americana... Hugo Chávez é o exemplo que logo salta aos olhos no
primeiro exemplo. E Lula, no segundo. E não se trata de comida.
Chávez
está se armando até os dentes com aviões, fuzis e submarinos russos
para, segundo ele, enfrentar o Império Americano. Lula está sucateando
ainda mais as Forças Armadas brasileiras, de modo que no futuro teremos
que lutar com arco e flecha, e fazermos ataques aéreos nos cipós da
Amazônia. E essa opção não é para melhor alimentar o seu povo.
Se
Chávez priorizou os "canhões", Lula optou por uma política externa
"manteiga derretida", em que aceita submissamente os golpes perpetrados
pelos tiranetes companheiros contra a Petrobrás na Bolívia e no Equador
- além da Oldebrecht neste último país. E, pior de tudo: ainda continua
"emprestando" milhões e milhões de dólares aos compadres caloteiros do
Foro de São Paulo, via BNDES.
A opção de Lula não é pelos
"canhões", nem pela "manteiga", ou seja, o incremento da produção de
alimentos. Sua opção preferencial é pela política "manteiga derretida"
dos barbudinhos do Itamaraty, de viés esquerdoso. Lula, ao apoiar as
pretensões da tróica do atraso (Hugo Chávez, Evo Cocales e Rafael
Correa), que tem como guru o coma andante Fidel Castro, está tentando
levar o Brasil para junto das republiquetas bananeiras da América
Latina, não para o mundo desenvolvido, que é o anseio de toda a
população brasileira. Lula está cada vez mais "de quatro" e já até está
gostando de levar chutes dos kamaradas no traseiro.
Está na
hora de o governo Lula fazer sua opção pelos "canhões", pois a
"manteiga" já está garantida pelo sucesso do agronegócio brasileiro. O
mundo só respeita quem tem poderio bélico. E o Brasil, país de
dimensões continentais, não pode continuar se comportando como se fosse
uma pequena ilha-nação do Pacífico.