CÂNCER INFANTIL: ASPECTOS CLÍNICOS E EPIDEMIOLÓGICOS
Por Sandro Souza de Oliveira | 18/10/2009 | ArteCÂNCER INFANTIL: ASPECTOS CLÍNICOS E EPIDEMIOLÓGICOS
Câncer é o nome dado a um conjunto de mais de 100 doenças que têm em comum o crescimento desordenado de células que invadem os tecidos e órgãos, podendo espalhar-se (metástase) para outras regiões do corpo. Dividindo-se rapidamente, estas células tendem a ser muito agressivas e incontroláveis, determinando a formação de tumores ou neoplasias malignas. Um tumor benigno significa simplesmente uma massa localizada de células que se multiplicam vagarosamente e se assemelham ao seu tecido original, raramente constituindo um risco de vida.
Qualquer pessoa pode vir a desenvolver algum tipo de câncer ao longo da vida. Há algumas pessoas com maior predisposição à doença, tais como: algumas doenças congênitas em criança como a síndrome de Down, imunodeficiências congênitas, exposição a alguns fatores como cigarro, benzenos, pesticidas; e na relação familiar, como o câncer de mama em filhas de mulheres portadoras. De todos os casos, 80% a 90% dos cânceres estão associados a fatores ambientais. Alguns deles são bem conhecidos: o cigarro pode causar câncer de pulmão, a exposição excessiva ao sol pode causar câncer de pele, e alguns vírus podem causar leucemia. Outros estão em estudo, tais como alguns componentes dos alimentos que ingerimos, e muitos são ainda completamente desconhecidos.
O Câncer na criança representa aproximadamente 2% das neoplasias malignas. A taxa de incidência do câncer infantil tem crescido em torno de 1% ao ano.
Dentre todas as neoplasias infantis, as leucemias representam as mais freqüentemente diagnosticadas, sendo responsáveis, na maioria das populações, por 25% a 35% de todas as neoplasias malignas pediátricas. Sendo que os outros tipos de Câncer mais presentes são, tumores do sistema nervoso central, linfomas, o neuroblastoma (tumor de gânglios simpáticos), tumor renal, retinoblastoma (tumor da retina do olho), osteossarcoma (tumor ósseo) e sarcoma de partes moles. Em relação à mortalidade, o câncer afeta menores de 15 anos, no qual representa um problema de saúde pública ainda maior do que no passado, devido ao maior controle das doenças transmissíveis.
Os tumores nos adultos estão relacionados à exposição a vários fatores de risco como o tabagismo, estilos de vida, alimentação, ocupação e agentes cancerígenos; a maior parte das causas dos tumores pediátricos ainda é completamente desconhecida.
Câncer é muito diferente na criança em relação ao câncer do adulto. Na criança geralmente afeta as células do sistema sanguíneo e os tecidos de sustentação. Enquanto no adulto afeta as células do epitélio, que recobrem os órgãos.
Os sintomas mais evidenciados no câncer infantil são: palidez, manchas vermelhas ou escuras, na pele ou nas mucosas, não ligadas a traumas, febre, perda de peso, sudorese noturna, dor óssea, ínguas indolores e progressivas, massa abdominal ou em tecidos moles, dor de cabeça com dificuldade para andar e vômitos, mancha brilhante dentro do olho do tipo "olho de gato".
No tratamento do câncer infantil é usado a quimioterapia, sendo indicada em todos os casos de câncer infantil, a radioterapia utilizada nos casos de linfomas, e tumores sólidos como, o neuroblastoma, a retinoblastoma, o osteossarcoma, o tumor renal, tumor nervoso central e o sarcoma de partes moles; o transplante de medula óssea indicada nos casos de leucemias, linfomas, osteossarcoma, neuroblastoma e tumor renal e a cirurgia indicada nos casos de linfoma não- Hodgkin e tumores sólidos.
É importante que os pais estejam atentos para o fato de que a criança não inventa sintomas e que ao sinal de alguma anormalidade, levem seus filhos ao pediatra.