Cais de Partida
Por José Nunez | 28/11/2009 | LiteraturaCais de Partida
O sopro daquele vento matutino
Desviou para sempre o nosso destino.
A primeira onda de uma maré cheia,
Apagou para sempre seus passos na areia.
O mar inconstante da praia te leva,
O vento errante me deixa a deriva,
O tempo lentamente me oxida,
Deixado aqui, no cais de tua partida.
O mar inconseqüente , que tudo arrasta,
Não arrasta do meu peito esta paixão.
O vento incoerente que tudo desbasta,
Não desbasta o amor neste coração.
O tempo consistente, que tudo oxida
Me consumiu, no cais de tua partida.
Itapema 29/12/2006
JOSÉ NUNES PEREIRA
J.NUNEZ