Bullyng
Por Kleyton Coelho Castro | 13/06/2011 | FilosofiaRESUMO
A sociedade de uma forma geral exerce um papel fundamental no tocante educação, não apensa a educação formal, como especialmente a formação de valores, a Constituição Federal brasileira laça a todos os cidadãos um elo de compromisso, inclusive o de fiscais dos direitos humanos, nela é abordada a violência seja de que natureza for como; inconstitucional, ou seja, inaceitável. A violência que se prolifera cada vez mais dentro dos contextos escolares, deve ser tratada com mais afinco, necessitando assim de posturas e ações interventivas, tratando-a desde sua gênese. A prática pedagógica juntamente com o acompanhamento assistencial pode estar ajudando a prevenir atos de violência escolar que por sua vez acaba mantendo influencia em toda sociedade. Uma criança ou adolescente que cometem atos de violência dentro da escola passa a ser visto como um delinqüente, porém poucas vezes se pára para estudar o que esta por traz de tais atitudes, no entanto estudos comprovam que há uma explicação para tudo isso, indicando assim que os esforços aplicados no combate a violência não podem visar apenas o presente, mas tratar desde suas raízes, levando o "delinqüente a refletir sobre suas ações e a conseqüência que esta pode lhes trazer. Fatores como exclusão social, dificuldades financeiras, inacessibilidade a cultura e ao lazer, desestruturação familiar, estas e outras podem ser a causa de uma criança violenta, e tudo isso pode influenciar em seu processo de aprendizagem escolar, reforçando ainda mais o sentimento de exclusão, de forma a entender que o meio exerce grande influencia no processo ensino-aprendizagem, sendo necessário meios viáveis de promover um resgate destas pessoas e de acordo com estudos realizados o ato de brincar "acesso e prática da recreação" pode ser uma maneira de levá-los a superar o cárcere de suas emoções.
Palavras-chave: Intervir. Escola. Sociedade e Violência.
ABSTRACT
Society in general has an important role regarding education, not attached to formal education, especially as the formation of values, the Brazilian Federal Constitution rope to all citizens a bond of commitment, including the human rights of inspectors, it violence is addressed is that nature is like, unconstitutional, or unacceptable. The violence that proliferates more within the school context should be treated much harder, thus requiring interventional postures and actions, treating it since its genesis. The pedagogical practice along with accompanying care may be helping to prevent acts of school violence which in turn end up maintaining influence throughout society. A child or teenager who commit acts of violence within the school is seen as a delinquent, but seldom stop to consider what is behind such attitudes, however studies show that there is an explanation for all this, indicating that the efforts made in combating violence can not target only the present but treat from their roots, taking the "offender to reflect on their actions and the consequences that this can bring. Factors such as social exclusion, financial hardship, inaccessibility to culture and leisure, family structure, these and other may be the cause of a violent child, and all this can influence their learning process in school, further reinforcing the feeling of exclusion, in order to understand that the environment exerts great influence on the teaching-learning process, being necessary to promote a viable means for rescue of these people and according to studies the act of playing "the practice of access and recreation" may be a way to take them overcome the prison of their emotions.
Words-key: Intervene. School. Society and Violence.
1- INTRODUÇÃO
O termo Bullying vem ganhando um grande destaque nos últimos anos, a mídia tem divulgado o conceito e os problemas que esta pode proporcionar à suas vítimas, assim o trabalho que se segue procurará abordar um pouco mais sobre este, como vem alastrando nas escolas, bem como as principais vítimas.
A violência escolar tem se tornado uma situação bastante caótica, especialmente nas grandes cidades, porém a psicologia do desenvolvimento humano, bem como a psicologia escolar explica que tais comportamentos não acontecem por acaso, assim na seqüência do trabalho e embasadas pela idéia de autores e obras diversificadas procuraremos esclarecer alguns fatores que levam uma criança ou adolescente a tais práticas, chegando a ser consideradas como práticas de de bullyng. De acordo com informações colhidas no dicionário da web (novembro de 2010) bullyng é um termo em inglês utilizado para descrever violência física e/ou psicológicas.
O bullying não é apenas um problema escolar, ganhando uma dimensão social na medida em que põem em risco a segurança e a integridade do próximo, a Constituição Federal de 1988 em seu artigo 5º, bem como o Estatuto da Criança e do Adolescente ? ECA, em seu artigo 16, dentre outras leis garantem o direito a liberdade e a igualdade do ser humano desde a sua mais tenra idade, a escola não pode permitir que práticas abomináveis como esta venha torná-la um local de medo e angústia, contudo, o praticante também não pode ser punido de qualquer forma, especialmente se este for menor de 16 anos, pois o Estatuto da Criança e do Adolescente não dá este direito, entrando aí a responsabilidade da sociedade em corrigir alguns possíveis erros, a realização de projetos de intervenção pode ser uma grande estratégia.
Faz-se necessário que a escola esteja revendo os conceitos de valores, e como Tiba (2006) evidencia em sua obra disciplina e limites na medida certa pode ser a prevenção de futuros problemas.
De acordo com uma matéria apresentada pela Revista Época (2010, p. 1) a escola, enfim, a sociedade deve estar sempre se precavendo, não permitindo que o Bullyng em nenhuma situação venha comprometer o desenvolvimento da criança, na medida em que os seus efeitos tendem a ridicularizar a vítima isso poderá estar influenciando de maneira direta ou mesmo indireta no desenvolvimento escolar dos educandos, Com o intuito de contribuir com a paz nas escolas, o presente trabalho terá como proponente a Secretaria Municipal de Educação de Jaru para execução do projeto de intervenção social pela não Violência.
É notável que a violência em qualquer esfera, seja ela dentro do lar, na escola ou mesmo nas ruas é um fator que coloca a sociedade em pânico, a busca de estratégia para a minimização desta será pautada no decorrer de todo o trabalho, procurando proporcionar uma segurança maior ao público escolhido, entendendo assim que o bullyng coloca em risco a segurança de todos os envolvidos, é que Hutz (2006), menciona a necessidade de estarmos sempre atentos ao comportamento apresentado pela criança e ainda aborda os riscos de se deixar passar despercebidas condutas violentas bem como a violação dos direitos alheios. Prosseguindo a sua obra o autor ainda nomeia a violência em escolas como: doméstica, urbana, entre outros, onde os resultados de ambas voltam-se para o mesmo foco "riscos social".
A violência dentro das escolas não tem prejudicado apenas o aluno, como também o professor, o diretor, os pais que passam a viver sobre tensão, tornando assim um problema de ordem social, não eximindo a responsabilidade do poder público, mas principalmente fazendo com que toda comunidade possa refletir sobre este acontecimento adotando o poder de intervenção através de ações sociais e assim atuando na minimização desta.
O trabalho que se segue, parte de uma observação direta estabelecida em duas escolas da rede pública de ensino, ambas em localizações totalmente opostas, que vem caracterizando o assombro da violência em dias atuais, a seguir foram propostas algumas medidas de intervenção no problema existente. Posteriormente a coleta e análise de dados bibliográficos e de campo sabendo que são vários os motivos que podem estar incentivando a proliferação da violência dentro e fora das escolas, propõe-se a elaboração e execução de um projeto social que esteja vislumbrando meios de minimizar a violência dentro das escolas.
Por se tratar de uma pesquisa de campo os nomes de escolas utilizados serão fictícios a pedido das Gestoras Escolar, a medida será utilizada evitando a exposição das mesmas. Apenas os nomes serão fictícios, porém os dados serão coletados diretamente nas escolas.
2- OBJETIVOS
2.1- OBJETIVO GERAL:
- Resgatar o respeito e a amizade dentro das escolas fazendo desta um local agradável, que estimule o prazer de estudar e a valorização pessoal.
2.2- OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
 Fazer da escola um ambiente atrativo e estimulante à aprendizagem;
 Despertar o gosto pela música e acalmar os ânimos da garotada no horário de intervalo;
 Oferecer aos educandos uma variedade de alternativas, onde ao se manterem ocupados para que possa diminuir o índice de atos violentos que surgem na hora do intervalo
 .Conscientizar crianças e adolescentes das conseqüências que o bullyng pode trazer;
 Levar o educando a refletir sobre os prejuízos pessoais e sociais a qual se está exposto através da manifestação de comportamentos violentos;
 Envolver a família e demais membros da comunidade civil no compromisso "todos pela paz", resgatando a identidade de nossas escolas e de nossos jovens.
3- PÚBLICO ALVO:
Após analisar a realidade vivenciada por duas escolas da rede pública de ensino em localizações opostas, sendo a primeira - Escola Municipal de Ensino Fundamental Anísio Teixeira localizada em um setor de periferia, enquanto que a segunda - Escola Estadual de Ensino Fundamental Pedro Paulo está localizada no centro comercial da cidade de Jaru/RO. O foco de observação esteve mais voltado para análise de qual mais necessitaria de um trabalho de intervenção, observou-se que o fato das escolas estarem localizadas em direções opostas não influenciaram na ausência de problemas relacionados à algum tipo de violência, a primeira escola apresenta estes problemas com maior freqüência, que de acordo com a psicologia do desenvolvimento humano e também por Damatta (1982) as condições de vida e o meio contribuem para a formação de conduta das pessoas, sendo assim em um meio menos favorecido, no caso, a escola localizada no bairro periférico possui um índice de violência dentro da escola mais concentrado, fator este que determinou o local para a realização do projeto em questão.
O projeto de intervenção social que retrata formas de amenizar a violência dentro das escolas, contemplará alunos do ensino fundamental da rede regular de 1º ao 9º ano e seriado semestral EJA de 1º ao 8º ano, visto que as ações de violência apresentadas dentro das escolas têm suas raízes arraigadas por motivos diversificados e em vários setores da sociedade o projeto também buscará formas alternativas de contemplar a comunidade local.
O projeto visa atender a toda escola "Anísio Teixeira" , não fazendo divisão entre faixa etária e o número de alunos atendidos no ano de 2010 serão:
 312 de 1° ao 5° Ano;
 135 de 6° ao 9° Ano;
 114 do Ensino Seriado Semestral - EJA (Educação de Jovens e Adultos).
Obs. A quantidade de alunos é distribuído entre três períodos (Matutino, Vespertino e Noturno).
O presente projeto visa atender não apenas a comunidade escolar como também a comunidade local (Setor 7), sendo este um setor de periferia com um grande índice de família de baixa renda, vivendo em situações precárias as quais não se dispõe de nenhum espaço destinado ao Esporte e Lazer, com exceção a uma quadra coberta, mas que segundo depoimento de alguns moradores, esta quadra não se encontra em estado de funcionamento e é muito freqüentada por adolescentes, jovens e até pessoas adultas, aparentando-se pessoas má intencionadas.
O número de alunos foi recolhido conforme dados apresentados pela Secretaria da Escola Anísio Teixeira, sendo estes resultados de matrículas efetuadas no ano letivo de 2010 até o mês de março.
O número de alunos foi recolhido conforme dados apresentados pela Secretaria da Escola, sendo estes resultados de matrículas efetuadas no ano letivo de 2010 até o mês de março.
4- CONTEXTO E JUSTIFICATIVA
O meio e as condições em que o ser humano vive, exerce grande influencia sobre o seu comportamento, no caso de crianças e adolescentes em idade escolar é imprescindível que esteja em ambiente que lhe inspire respeito e segurança. Sabe-se que a escola é parte integrante da vida do aluno e que a mesma deve representar para este, um ambiente atraente, agradável e estimulante para que a partir destes preceitos possa acontecer ou ampliar o seu processo de aprendizagem.
Segundo Tiba (2006,p. 159-160) a violência é o descontrole da agressividade e acrescenta ainda que ela é
[...] uma semente colocada na criança pela própria família ou pela sociedade que a circunda. Se ela encontrar terreno fértil dentro de casa, se tornará uma planta rebelde na escola, expandindo-se depois em direção a sociedade.
Ainda segundo o autor a agressividade faz parte dos recursos de defesa e/ou ataque, contudo deve ser tratada em tempo hábil, visto que a manifestação da violência nos espaços escolares tem se dado de diversas formas, a idéia é ainda defendida no artigo "A violência na Escola" apresentado na Web no recanto das letras, voltando a idéia de Tiba (2006) quando a criança se rebela e fica por isso mesmo, a família e/ou a escola está contribuindo para a proliferação da violência.
A violência de uma forma geral deve ser abolida nos espaços escolares independente da faixa etária a qual se encontra o agressor, evitando assim que se ponha em risco a segurança e a integridade tanto do educando, do educador, enfim de todos os envolvidos.
O ambiente interfere na aprendizagem da criança, ficando bastante evidente que a criança vítima de bullyig tende a apresentar comportamentos diferenciados para Tiba, estas crianças são "Atingidas cronicamente, as pessoas acabam se isolando, com sua auto-estima rebaixada e com tendências a abandonar a escola ? em casos mais graves com tendência a suicídio" (2006,p. 157).
Ainda segundo o autor o fato de o professor não tomar nenhuma atitude pode ser encarado como uma aprovação, denegrindo ainda a figura da escola e quando a escola não representa ao educando como um local agradável e desejável e seguro é bem provável que aumente-se o número de evasão escolar, ou que ainda aja de maneira correspondente ao tratamento que vem recebendo, os dois casos acabam gerando outros transtornos provocando assim um caos social.
A violência que vem sendo constatada dentro das escolas, acontecem de formas diversificadas como: violência física, psicológica e outras, Hutz (2005) atribui em grande parte tais comportamentos como um grito de alerta daquelas crianças e adolescentes que já não podem contar muito com a presença dos pais, ou ainda a famílias agressivas e pouco calorosas, essa ausência da família é bastante comum na vida da maioria das crianças da Escola Anísio Teixeira, sendo que os pais saem bem cedo para o trabalho e só retornam ao anoitecer. De acordo com interação com a orientadora escolar e a gestora esta é uma das características de grande parte dos alunos da Escola Anísio Teixeira.
As ações violentas geralmente acontecem nos horários de intervalo "recreio" da escola, momento este que deveria ser de interação e entretenimento, infelizmente acontece o oposto, os alunos se agridem verbalmente e fisicamente de maneira assustadora, para tanto o presente projeto visa ampliar os estudos na busca de entender a origem de tanta violência e juntamente com a escola buscar meios sucinto de estar interferindo ou no mínimo amenizando este problema tão preocupante denominado violência.
Como se pode observar na referida escola a maioria das ações de violência são esporadicamente psicológica, ação esta que o ECA apresenta como violação dos direitos da criança esta ação é também abordada no artigo 5º deste.
5- FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
5.1- A violência no ambiente escolar
Violência e sociedade
Discutir violência trás sempre o problema da dualidade bom x mau, saudável x pernicioso; a violência ou é denúncia ou elogio. O termo violência é bastante abrangente, para tanto abordar esta como fato social é bastante complicado, pode não haver um culpado, mas vários culpados, como por exemplo: desestruturação familiar, abandono, viver em ambientes que comunguem a violência, falta de oportunidades, exclusão social, e muitos outros fatores, no entanto detectar onde está, ou de onde partiu o problema é de fundamental importância para que se possa corrigir a falha, no entanto o ato de detectar não pode ser concebido como suficiente, já que se espera uma tomada de partido, um posicionamento.
Discutir violência é bastante complicado, sendo que os seus conceitos são bastante diversificados e dependem fluentemente do meio a qual se está inserido. O termo violência é bastante abrangente e abordar este fator dentro das Ciências Sociais torna-se mais amplo ainda, visto que esta deve ter um olhar bastante voltado as mais vastas situações que acontecem dentro da sociedade atual, com vista a contemplar os seus êxitos e ajudar a corrigir as mazelas que de alguma forma acaba influenciando em outros problemas.
As causas que levam ao fator violência podem ser bastante diversificadas como: desestruturação familiar, abandono, viver em ambientes que comunguem a violência, falta de oportunidades, exclusão social, e muitos outros fatores, no entanto detectar onde está, ou de onde partiu o problema é de fundamental importância para que se possa corrigir a falha, no entanto o ato de detectar não pode ser concebido como suficiente, já que se espera uma tomada de partido, um posicionamento.
Como se pode perceber são vários os fatores que podem influenciar a situações ou comportamentos violentos, sendo assim Camargo (2010) assegura que pode haver uma solução, mas que para isso faz-se necessário um compromisso de todos, não delineando tais responsabilidades apenas
[...] a segurança pública e um judiciário eficiente, mas também demanda com urgência, profundidade e extensão a melhoria do sistema educacional, saúde, habitacional, oportunidades de emprego, dentre outros fatores. Requer principalmente uma grande mudança nas políticas públicas e uma participação maior da sociedade nas discussões desse problema de abrangência nacional. (CAMARGO, 2010, p. 2)
Ao lançar um olhar superficial sobre a idéia do autor parece uma utopia querer interferir neste fato, porém uma reflexão sobre a última parte da citação anterior "Requer principalmente uma grande mudança nas políticas públicas e uma participação maior da sociedade nas discussões desse problema de abrangência social.
O projeto Político Pedagógico da Escola, bem como o seu Regimento Interno Escolar dá abertura para a participação da sociedade nas atividades escolares, a equipe da Escola Anísio Teixeira assegura que já enfrentaram problemas dessa natureza em outras épocas quando foram auxiliados também por uma projeto de Intervenção intitulado "Bullymg" trabalhado no ano de 2007 pela psicopedagoga Loide Lourenço de Lima, coadjuvada pela orientadora educacional e a e a supervisora escolar.
A equipe escolar assegura que o projeto teve a duração de três meses e também fala de sua eficácia, como o comportamento dos alunos mudaram em detrimento do trabalho realizado e assim também abrem as portas para a realização mais um trabalho "projeto de intervenção social".
Fechar os olhos para a violência pode fazer com que ela venha crescer desenfreadamente, assim Martins (2010) dá algumas dicas de como acabar com a violência na escola, o autor relata um trabalho prático realizado dentro de uma escola e assim assegura que alunos e professores estão vivendo sempre um clima de tensão
Um professor me diz que a situação está tão grave que um puxão ou uma tapinha entre alunos, dentro ou fora da escola, já pode não ser sinal de uma simples brincadeirinha infanto-juvenil, mas de safanão que logo será desferido contra o colega de sala, a ser deflagrado com intenção de dano físico, moral e requinte de perversidade. (MARTINS, 2010, p. 1).
Tiba atribui vários fatores que podem levara situações de violência, dentre elas ele destaca que "Toda criança agressiva traz dentro de si a agressão, ativamente (sendo agressiva) ou passivamente (sendo agredida)". (2010, p. 160), as palavras do autor soam como um alerta para que a escola esteja atenta a casos de Bullying que acontecem, pois este pode ser apenas a uma maneira de se extrapolar que o agressor ou o agredido esteja representando.
Os Parâmetros Curriculares Nacionais (2001) também trazem uma grande contribuição abordando os temas: diversidade cultural e os temas transversais, assim ele traz a escola as suas responsabilidades de estar trabalhando a diversidade, bem como o respeito as diferenças, ainda segundo os PCNs a ética e o respeito deve compor o currículo trabalhado na escola, sendo estas enquadrada na preparação para a vida.
Bordieu também descreve sobre a definição e os problemas que a violência pode trazer para a sociedade em geral, para ele ganância pelo "poder" pode levar a situações de violência e assim menciona-a como violência simbólica, onde o conceito desta foi criado pelo pensador francês Pierre Bourdieu para descrever o processo pelo qual a classe, dominante economicamente, impõe sua cultura, como um sistema simbólico arbitrário, uma vez que não se assenta numa realidade dada como natural.
Para Bourdieu (1970, p. 1)
O sistema simbólico de uma determinada cultura é uma construção social e sua manutenção é fundamental para a perpetuação de uma determinada sociedade, através da interiorização da cultura por todos os membros da mesma. A violência simbólica expressa-se na imposição "legítima" e dissimulada, com a interiorização da cultura dominante, reproduzindo as relações do mundo do trabalho.
Ainda segundo L'Apiccirella apud Bourdieu, neste contexto, a violência simbólica pode ser exercida não necessariamente pela escola como também em por diferentes instituições da sociedade: o Estado, a mídia, a escola, etc.
Com toda esta diversidade Tiba chama novamente a atenção para a responsabilidade social, assegurando que "O enfrentamento do bullyng, além de ser uma medida disciplinar, também é um gesto cidadão tremendamente educativo, pois prepara os alunos para a aceitação, o respeito e a convivência com as diferenças". (2010, p. 159).
Atualmente a violência está em destaque em todo o mundo, seja nos pequenos ou grandes centros do país, e suas formas são as mais diversas, chegando a ser encarada na sociedade atual como fatos comuns, com exceção de quando tornamo-nos vítima desta. Agressões são efeitos de violência, mas que segundo Hutz (2005) não são sinônimas, para o autor a agressão pode ter efeitos passageiros enquanto que a violência tem efeitos mais duradouros.
Um projeto social tem que estar atuando diretamente no problema existente tendo os cuidados necessários para não expor as suas vítimas.
Para Camargo (2010, p. 1) "A violência se manifesta por meio do abuso da força, da tirania, da opressão. Ocorre do constrangimento sobre algumas pessoas para obrigá-la a fazer ou deixar de fazer um ato qualquer", na maioria das vezes essa violência começa a ser vivida ou assistida pela criança dentro do próprio lar, sem condições de extravasar os seus sentimentos de revolta ou tristeza dentro de casa ela acaba emitindo tais comportamentos na escola o que pode ser caracterizado como bullyng.
Diante a reflexão de Camargo (2010) sobre violência nas diversas situações sociais percebe-se que ao se tratar desta no recinto escolar não significa dizer que este comportamento esteja sendo realizado especialmente por educandos, pois ela pode estar acontecendo de professor para aluno, que na intenção de adquirir "respeito" do aluno acaba exercendo tais comportamentos que só vem contribuir com a proliferação de outros problemas.
Embora levando em conta que todas essas manifestações de violência estão relacionadas, o destaque deste texto será a violência escolar, principalmente a que se manifesta de forma subjetiva nas relações sociais no interior da escola.
5.2- A violência Simbólica na família
Tiba vem ao longo de sua obra tentando enfatizar as mudanças de valores as quais a sociedade vem passando ao longo dos anos, e para o autor tudo isso vem implicando em quebra de paradigmas, quando o autor tenta utilizar-se de seus conhecimentos para atingir os seus objetivos que nada mais é do que a um olhar voltado para uma boa formação familiar, embutindo disciplina na medida certa.
Com essa finalidade venho trabalhando como psiquiatra e psicoterateuta, consultor de empresas e famílias, palestrante e escritor e tenho usado enfaticamente a mídia e a internet para tentar chegar ao âmargo das famílias ? das mais abastardas e cultas às mais simples e carentes. (TIBA, 2010, p. 15)
Na seqüência o autor evidencia a necessidade da família estar resgatando valores, bem como trabalhar a disciplina na formação de seus filhos, mas deixa bem claro que "Disciplina não é obediência às regras, como um adestramento, mas um aprendizado ético, para se saber fazer o que deves ser feito, independente da presença de outros". (Idem).
Atualmente, o ritmo de trabalho acelerado, tem premido os pais de atitudes educadoras com os filhos. A falta de atitude educadora desde o berço e o cotidiano apressado faz com que muitos pais, transfiram as responsabilidades educacionais do processo de aprendizagem para a escola, essa atitude que vem se tornando cada vez mais comum é totalmente inconstitucional, uma vez que ao estado e com ele a escola cabe parcela desta responsabilidade chamada - educação.
A violência simbólica na família contra as crianças pode ser detectada até mesmo no simples "não pode!" o que gera o transtorno não é a negação, mas a forma impositiva com que esse é dito, sem nenhuma justificativa que sustente a ordem, a sociedade vive atualmente uma era estressante gerado em grande parte por uma rotina extensa de trabalho e compromisso e com isso deixa muito a desejar em seus relacionamentos familiares, o diálogo tem se tornado cada vez mais ausente e os resultados não tem sido satisfatórios, sendo assim Cury, chama a atenção para este acontecimento quando diz: "Pais e filhos são capazes de ouvir, horas a fio, os personagens da TV, mas não conseguem ouvir com prazer, por alguns minutos, o que está acontecendo no interior uns dos outros". (2006, p. 128).
Os conflitos que uma pessoa carrega dentro de si podem ter início ainda na infância ou mesmo na adolescência, pois ainda segundo o autor:
[...] A grande maioria dos pais não sabem conquistar seus filhos nas dificuldades. O medo, a apreensão e a ansiedade que os invadem bloqueiam as suas inteligências. Com suas reações impulsivas, acabam atrapalhando mais do que ajudando. (CURY, 2006, p. 133).
Ainda sobre violência simbólica que os pais cometem na melhor das intenções, um exemplo prático ocorre quando há as "cobranças" (excessivas) de bom desempenho escolar pela família que tendem a constituir uma situação de fragilidade psicológica que acaba dificultando o progresso escolar da criança e/ou adolescente, Tiba (2010, p. 136) alerta para os riscos de se cobrar da criança mais do que ele pode oferecer, pois tais cobranças levam à expectativas que não correspondidas podem afetar a auto-estima e desdobrar-se em outros problemas.
Um conflito se estabelece, quando a criança e/ou adolescente se encontra em uma situação normal, em que lhe são oferecidas às condições ideais para o progresso nos estudos, mas não conseguem atingir o nível exigido pelos pais que tendem a questioná-las veementemente e esperam notas excelentes e segundo Cury em alguns casos são constatados a projeção dos pais em seus filhos, "ou seja, por não serem bem sucedidos na vida, esperam realizar suas frustrações nos filhos".
Esse comportamento de cobrança é uma violência simbólica que pode tornar o aluno agressivo e inseguro, como também pode levar a um sentimento de recompensa, quando a família cobra boas notas e em seguida dá-lhes presentes e agrados. Neste caso o aluno tenderá a relacionar o sucesso e o fracasso das notas, com o castigo e a recompensa. Esse círculo vicioso é comum nas famílias, chegando à identificação de troca: notas boas em troca de presentes, passeios, entre outras compensações.
Quanto ao assunto segue uma colocação de Minuchin (2001, p. 04)
Quando a família age de forma repressiva com o adolescente para produzir excelentes resultados (com notas escolares acima de 8 ou 9), na escola se instala a ansiedade e a rebeldia, geralmente ocasionada pelo excesso de visão crítica dos pais na avaliação do desempenho dos filhos.
O alto nível de exigências quanto à realidade da criança e/ou adolescente os tornam propensos a sentimentos de ansiedade, irritabilidade e conflitos internos, que geralmente desencadeiam uma maior necessidade de acompanhamento psicopedagógico.
5.3- Violência Institucional
A Educação e o ensino crítico permitem ao indivíduo tornar-se capaz de distinguir quando está sendo vítima da violência simbólica e tornar-se um indivíduo consciente, a violência institucional acontece em locais públicos, sejam eles, hospitais, abrigos, escolas e outros, no entanto para que ela, assim seja caracterizada, não faz-se necessário a efetivação de torturas físicas ou psicológica praticada pela própria rede, sendo que até mesmo o descaso pode ser sinônimo de violência.
A escola configura-se como o principal agente educacional da sociedade pós-moderna, no entanto muitas vezes tem deixado a desejar, visando principalmente o intelecto, sendo que a formação ética, étnica, moral e cidadã também devem ser entendidas como prioritárias na vida do aluno independente de sua faixa etária.
De acordo com as teorias de Bourdieu a escola não vem educando para formar cidadãos e sim para legitimar o poder simbólico da classe dominante, Cury (2006, p. 45) também chama a atenção sobre a importancia dafamília se reunir e tirar proveito das mínimas coisas, ela também chama isso de educação para o ser e não para o ter, contudo ao discorrer sobre a história da humanidade denota-se que esse modelo de educação acontece desde os tempos primórdios, por mais que se pregue uma educação igualitária, percebe-se desde a formação dos currículos que a estrutura dos conteúdos trabalhados ou a serem trabalhados, não contempla outra realidade senão a das classes dominantes, assim Bourdieu (1970, p. 36) leva-nos a contemplar a necessidade de repensar a educação, sendo esta o inverso do que vem acontecendo, onde:
A Ação Pedagógica perpetua a violência simbólica através de duas dimensões arbitrárias: o conteúdo da mensagem transmitida e o poder que instaura a relação pedagógica exercido por autoritarismo.
A autoridade pedagógica que visasse destruir a violência simbólica destruiria a si própria, pois se trata do poder que legitima a violência simbólica.
A reprodução cultural e social da classe dominante impõe a violência simbólica que é estabelecida, a partir do momento em que se hierarquizam os cargos na escola, pois assim como a mensagem transmitida não é natural, estas questões também podem ser contempladas dentro do projeto a que se propõe.
Desta forma, para conseguirem ter sucesso na sala de aula, as crianças e/ou adolescentes da classe baixa precisam aprender um novo tipo de discurso, entrando em contradição com os códigos utilizados no seu ambiente familiar e tendo que aprender a trocar de códigos conforme a situação, ou seja, é exigido das crianças e/ou adolescentes das classes economicamente mais baixas um esforço adicional da sua atividade cognitiva, isto é, capacidade de conhecer algo novo através de sua percepção, memória, raciocínio ou imaginação.
A criança ou mesmo o adolescente se sente se classes sociais menos favorecidas podem vir a sentir-se coagido e até forçado a adequar-se aos novos códigos impostos pela convivência dentro do campo social a qual está inserido, diferentes daqueles a que já estão acostumados; assim ela se vê sujeita a repressões e zombarias, por parte das figuras que compõe o quadro de pessoal da escola como também de seus pares. "Quanto maior a proximidade entre o discurso simbólico do ambiente familiar com o ambiente escolar, o sucesso e a inserção escolar serão mais promissores.
Toda essa situação leva o aluno a viver um cenário de suspense que poderá ainda provocar transtornos em seu processo de aprendizagem e mais que isso, a falta de interação e de sintonia dentro da escola pode levar o educando a experimentar sensações emocionais antes desconhecidas como tristeza, fobia, depressão, etc. e tudo isso pode levá-lo a buscar subsídios para suas angustias no mundo das drogas e da marginalidade, ou seja, expostos a situações de riscos. Sendo assim Hutz (2005) relembra que tudo isso torna-se um desafio muito grande ao educando, sendo necessário uma intervenção da sociedade civil e organizada.
A forma lúdica de trabalhar, ou seja, o dinamismo dentro da escola pode tornar o ensino mais significativo ao aluno, assim as pessoas a sua volta podem tornar mais interessante e a escola mais atrativa, instigando a criação de vínculos afetivos e a minimização de problemas de violência ocorridos dentro da escola ou no entorno desta, através desta dinâmica a escola poderá repensar o seu currículo, não na intenção de enfraquecê-lo, mas de tornar mais acessível ao aluno oriundo de bairros de periferia, só assim a educação escolar, estará dando um basta na reprodução de uma cultura dominante e porque não dizer massificante que só contribui para a perpetuação da desigualdade social, funcionando como um selecionador dos alunos adaptados a esta cultura.
Alguns educadores até mesmo defendem que para superar esta desigualdade a criança e/ou adolescente deve sim aprender os códigos e a linguagem dominante, no entanto há de se ter certo cuidado com o currículo oculto do educando, não vindo a desconsiderar o exercício adicional que a criança e/ou adolescente é obrigada a fazer ao se defrontar com os códigos e a linguagem extrínsecos ao seu mundo, o professor deve apresentar uma boa metodologia de trabalho, não permitindo que isso venha implicar no seu fracasso escolar deste.
A violência e a agressividade se apresentam como forma de violência simbólica, na escola que se constitui em um ambiente disciplinar e autoritário. O uso de violência simbólica no sentido psicológico, a partir das punições, suspensão, expulsão, retenção na escola e a opressão para conter movimentos coletivos de indisciplina.
Até que ponto a escola contribui para incitar a agressividade no educando? A agressividade e a violência no âmbito escolar são uma reação aos mandatos que não são ditos de forma agressiva, mas modelo educativo imposto contribui para a produção da submissão, obediência, cerceamento e anulações da criatividade no espaço entre professor e aluno.
Agressividade e a violência no aluno pode ser um dos aspectos das carências e da necessidade de expressão de autonomia do aluno, impulsionada pelas pulsões, o aluno não consegue se destacar em condição de bom aprendiz, logo ele procura compensar o seu ego através de atitudes e ou comportamentos compulsórios, reforçando assim a condição de excludente podendo tornar um ciclo vicioso, relembrando ainda que isso independa a vontade dele, pois segundo Cassimiro (2010, p. 2)
Todo e qualquer esforço no sentido de entender ou identificar as razões que promove tamanha violência nas escolas, passa necessariamente por uma análise conjuntural da sociedade onde a escola está inserida prioritariamente no tocante aos aspectos históricos, econômicos, culturais e de produção, sendo estes constituintes de toda a base da matriz geradora de todos os conflitos, disparidades, interesses conflitantes e toda a sorte de agressões [...].
O exposto vem também reforçando a idéia de Cury (2005, p. 63) quando diz: "[...] Educar é uma das tarefas mais prazerosas, mas também uma das mais desgastantes da inteligência", pois os desafios são constantes exigindo um dinamismo constante fazendo de cada vivencia em na sala de aula uma nova e instigante aprendizagem.
Nas escolas públicas, especialmente na Anísio Teixeira além da agressividade e rebeldia comum nos adolescentes, os gestores pelo que podemos constatar apresentam um sentimento de impotência diante de problemas de natureza social e econômica como as questões relacionadas ao uso indevido de drogas por adolescentes em fase escolar, nesse caso o uso entorpecentes pode estar atuando como um refúgio para o adolescente ou mesmo o adulto em situação de conflito, seja ele de ordem social, psicológica ou outras, acredita-se que a realização do projeto de intervenção pode estar contribuindo para uma nova realidade.
Quanto ao uso de drogas e/ou entorpecentes a escola juntamente com a família e a sociedade deve manter os jovens em estado e alerta, pois "[...] não importa se as drogas produzem ou não prazer, se proporcionam viagens curtas ou longas, suas conseqüências, especialmente quando se constrói uma representação doentia no inconsciente, são sempre destrutivas". (CURY, 2006, p. 61), a situação de risco a qual o usuário fica exposto deve ser um assunto tratado com afinco em todos os âmbitos da sociedade atual.
A violência na escola constitui atualmente um dos desafios que compete à comunidade, aos órgãos públicos a criação de métodos de controle e prevenção e, sobretudo analisar o papel dos gestores, Martins (2010, p. 02), assegura que a o modelo de escola que se tem hoje contribui para a proliferação da violência, uma vez que pouco se faz para mudá-la.
Embasado no artigo 22 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação ainda Martins leva-nos ainda a reflexão de que "[...] é tarefa das instituições de ensino assegurar aos alunos a formação para cidadania", para tanto é um papel de integração, escola e sociedade deve estar incumbidos amenizar o caos de violência a qual a escola atual está emergida.
Em alguns casos acontece das escolas procurarem mecanismos que amenizem a violência cercando os espaços com grade, e assim Martins já faz uma alerta "Uma solução simplista, imediata e necessária é, decerto, o policiamento e a colocação de grades. Mas isso não basta.
Quase sempre as medidas coercitivas e paliativas parecem reforçar, apenas, a violência escolar" (2010, p. 2), a exemplo deste a escola a qual o projeto se aplicará já utilizou destes métodos, porém o que restaram foram algumas grades bastante detonadas que segundo depoimento de funcionários estas foram retiradas em meados do ano 2008, provando mais uma vez que os mecanismos de coação geram desequilíbrios que levam à criança ou adolescente a se rebelar contra o sistema educativo e a escola como instituição educativa.
No entanto tratar tais comportamentos desde suas raízes pode ser uma saída mais assertiva, a busca de melhorar relações humanas de envolver as novas gerações em um ambiente que inspire mais confiança, que resgate os sonhos, uma dose de fantasias, mais arte, brincadeiras é uma saída um tanto estratégica para minimizar os ânimos violentos dessa galerinha.
Camargo leva-nos a acreditar que na criação de vínculos de afetividade, amizade e outros que venham melhorar os relacionamentos pessoais dentro e fora da escola, pode estar a solução para grande parte dos problemas de violência que vem acontecendo não apenas na escola, como em toda sociedade, assim o autor relembra:
As causas da violência são associadas, em parte, a problemas sociais como miséria, fome, desemprego. Mas nem todos os tipos de criminalidade derivam das condições econômicas. Além disso, um Estado ineficiente e sem programas de políticas públicas de segurança, contribui para aumentar a sensação de injustiça e impunidade, que é, talvez, a principal causa da violência.
É fundamental aos gestores a articulação para novas reformulações em âmbito escolar no que concerne ao trato no ambiente educativo para que sejam instituídos novos valores que acatem a democracia, a tolerância, a cooperação e a convivência com as diferenças individuais, a construção de um ambiente que vincula prazer e aprendizagem integrando comunidade e escola pode ser a contribuição para a minimização de muitos males.
5.4- O fenômeno do Bullyng
Por definição, bullyng são atos repetidos de um aluno ou de um grupo de alunos contra outro aluno, na maioria das vezes maiores e mais forte contra outros de estatura mais franzina, Tiba (2006, p. 157) simplifica ainda dizendo que "[...]é um termo inglês que significa intimidar e tiranizar". Assim, alguns alunos ficam praticamente marcados para sofrer, para serem atingidos de forma física e/ou psicológica.
Culturalmente, o bullyng já existe há muito tempo, mas era entendido como fato normal da idade dos estudantes, quem chama atenção para o assunto é Martins (2010), quando relata uma conversa com outros professores:
Um professor me diz que a situação está tão grave que um puxão ou uma tapinha entre alunos, dentro ou fora da escola, já pode não ser sinal de uma simples brincadeirinha infanto-juvenil, mas de safanão que logo será desferido contra o colega de sala, a ser deflagrado com intenção de dano físico, moral e requinte de perversidade.
O que caracteriza o bullyng é a incapacidade ou inabilidade de o aluno reagir. Neste contexto, a violência causa sofrimento, seja em um eventual comentário indiscreto que atinge diretamente a moral e a imagem ou um apelido que leve a uma humilhação ou intimidação.
O adolescente que sofre bullyng geralmente é tomado de sentimentos de vingança e baixa-estima em relação à sua imagem negativa diante das outras pessoas, não é difícil de identificar uma pessoa que esta sendo coagido por este fenômeno, pois é nítida a reação que demonstra ao se aproximar da pessoa que lhe causa pânico, são geralmente crianças e/ou adolescentes assustados e solitários, é o que afirma um adolescente em depoimento ao professor Martins:
Na minha turma gozam comigo todos os dias e ninguém brinca comigo! Tiram as minhas coisas e maltratam-me fisicamente. Chamam-me nomes. Perseguem-me nos intervalos e nos corredores. Sinto-me sozinho na escola, não quero ir às aulas e não gosto da escola! O que hei-de fazer?. (2010, p. 2)
Uma pessoa praticante de bullyng tende a chamar atenção mostrando poder desigual, atitudes de agressões:
Físicas:; Bater; chutar; empurrar; Ferir; cotovelada; furar com lápis e outros.
Psicológicas: Relação desigual (dificuldade de relacionamento), tentativa de ridicularizar o próximo; xingamentos; apelidos, etc.
E ainda roubar ou persuadir uma criança ou adolescente a dar-lhes o seu dinheiro, lanche ou fazer algo que não queira; quebrar pertences de outros apenas para mostrar o seu domínio.
Gestores, professores, chefes de disciplina, enfim toda a equipe escolar deve estar atenta a tais acontecimentos, sendo que na escola acontecem geralmente quando se sentem distante do olhar de um de seus representantes, seja em horário de intervalo, em sala "na ausência do professor", em horários de saída ou chegada na escola, etc.
Tais ações favorecerem ainda a criança agredida para aquisição de um comportamento distraído, distante e agressivo que se ressalta também no ambiente familiar, ocorrendo geralmente uma resistência por parte do adolescente de ir à escola, sendo assim, faz-se necessário a existência que projetos que possam intervir nestas situações.
A cultura oculta da agressão nas escolas é encarada pelos jovens e adolescentes que se vêem vítimas do bullyng, da tiranização, a ameaça, a intimidação e a opressão exercidas por crianças e adolescentes. Segundo Tiba (2006, p. 157) as intimidações não se dirigem apenas aos alunos que apresentam características a alunos indefesos que possuem distúrbios ou diferenças de: isolamento, choro fácil, dificuldades de reagir a provocações, entre outros mas afeta também os que são estudiosos e atingem notas acima da média, passando este aluno a ser visto pelos outros como "protegido" e assim desperta apatia nos praticantes de bullyng sendo assim até a maneira com que o professor faz elogio à um bom aluno pode se tornar uma situação de risco.
Considerando-se que a escola é um ambiente educativo, deve ser também um ambiente de socialização para que os adolescentes se sintam capazes de se adaptarem, a idéia de construção de mesas de jogos educativos, quadra de areia e outros vem facilitar esta socialização, fazendo da escola um ambiente mais agradável e significativo na vida dos educandos da Escola Anísio Teixeira.
É papel do professor como de toda equipe escolar na erradicação do bullying é de suma importância, porém isso não exime o a necessidade de uma intervenção por parte da sociedade.
5.5- O Bullyng e o papel da escola
Qual o papel da escola frente aos desafios da inserção de atitudes éticas e tolerantes entre os alunos? Certamente, a formação de posturas e atitudes humanistas depende também da afetividade e bom relacionamento no lar, sendo que a educação escolar é apenas uma continuidade desta, onde ambos devem apresentar objetivos em comum.
A criança deve receber tratamento condigno de respeito e reciprocidade desde o seu nascimento conforme lhes asseguram o Capítulo II do Título II do Estatuto da Criança e do Adolescente, para tanto isso deve incluir o direito de ter pais carinhosos, um lar permeado de diálogos permitindo que a criança e o adolescente se sintam seguros nas relações sociais presente e futura, quanto ao diálogo Cury (2006, p. 180), alerta sobre os perigos que sua extinção pode causar "O diálogo em todos o níveis das relações humanas está morrendo. A relação médico-paciente, professor-aluno, executivo-funcionário, pai-filho, marido-mulher carecem de interação e profundidade", o autor fala ainda de sua importância não só na família, mas em todas as esferas da comunidade, quando na página 117 Cury apresenta-o como "prevenção para vários males".
Assim, compreende-se que o papel da escola, é desmistificar os discursos idealizadores da beleza e da igualdade. Mas ao contrário, disseminar o diálogo de forma dirigida sobre a diferença entre as pessoas e a importância da convivência mútua e aceitação uns dos outros. Na relação das diferenças, onde se encontra o grande desafio de discutir sobre violência como um fenômeno que se desdobra no ambiente da instituição escolar.
Ao analisar o fenômeno da violência, a escola, a partir de seus educadores têm a oportunidade de analisar uma série de dificuldades de socialização que os adolescentes sentem na questão de serem aceitos nos grupos fechados que impõem modelos de comportamento, conforme padrões determinados. Esse é um fenômeno complexo que está na raiz do problema da disseminação dos preconceitos e da agressividade, se a escola cabe o papel de educar na sociedade e para a sociedade, é desta parte da responsabilidade do comportamento agressivo vivenciado pela criança e/ou adolescente.
As posturas que definem as regras de relacionamento entre os que são aceitos e os que sofrem o bullyng, são marcadas pelas diferenças entre os alunos e seus comportamentos sociais, que se não recebe uma atenção especial a fim de resolver o problema poderá ocasionar problemas onde à vítima em algum momento poderá se transformar em agressor, como uma forma de desabafo. Assim, a violência se confunde, se interpenetra, se inter-relaciona com agressão de modo geral, disseminando a indisciplina, quando se manifesta na esfera escolar.
Conforme Nogueira
Assim, podemos afirmar que a violência em meio escolar no Brasil e mesmo em outros países tanto decorre da situação de violência social que atinge a vida dos estabelecimentos (violência na escola), como pode expressar modalidades de ação que nascem no ambiente pedagógico, neste caso, a violência da escola. A violência da escola e a violência na escola abrigam uma série heterogênea e complexa de fenômenos, dentre os quais o bullying escolar.
Assim, constata-se que a escola depara-se com imensos desafios que ainda não se tornaram centros de reflexões entre a comunidade escolar para que se abram espaços e possibilidades para um trabalho insistente e construtivo de argumentação sobre a capacidade relevante para o exercício da cidadania, por meio da análise de formas de convencimento empregadas em sala de aula, que possam sempre sugerir temas sociais envolvendo a identificação dos preconceitos e bullyng como cruéis e sutis agressões à personalidade dos adolescentes.
Várias mídias estão divulgando os malefícios e a expansão do bullying, assim a Revista Época (Edição Junho de 2009) divulgou uma pesquisa realizada que vem comprovando a existência de várias formas de agressão verbal, envolvendo bullyng, com ações que se desencadeiam pela promoção de apelidos, provocações e outras formas de violência verbal, dentro das escolas, sinalizando mais uma vez a abrangência do problema que aqui será retratado através de um projeto de intervenção social.
6- METODOLOGIA
O presente projeto parte de uma abordagem real, onde de acordo com a Secretaria Municipal de Educação de Jaru, as Escolas necessitam estar sempre contando com o apoio do Conselho Tutelar Local, bem como ações estratégicas do Ministério Público que já vem atuando através de parcerias, a exemplo da Cartilha Real e Legal (M.P. 2008), o trabalho é realizado através de ações preventivas e até mesmo corretivas.
Foi a princípio realizada uma observação sobre a maneira com que o educando se relaciona entre si e com os demais dentro da escola; desta forma busca meios legais de intervir nas situações de violência que vem acontecendo no contexto escola. A violência que acontece dentro da escola ou em função dela, não é um problema restrito, mas tem uma abrangência social, a comunidade a qual a escola (Pedro Paulo "nome fictício") está inserida é bastante recriminada pela situação em que o tráfico e o vandalismo acontece constantemente, contudo a escola 1 mesmo estando localizada no centro da cidade também conta com problemas de situações que evidenciam uso de entorpecentes como também a violência escolar não está descartada; denotando assim a necessidade de um trabalho de intervenção, pode-se contar com o apoio da parceria da Secretaria de Educação ? SEMED, e até mesmo de uma equipe de policiais que já atuam nas escolas com um trabalho preventivo através de palestras e orientações através do PROERD ? Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência.
O combate a violência está prescrito na Constituição Federal para todas as faixas etárias, no entanto o Estatuto da Criança e do Adolescente traz uma visão explicita de proteção a estes, sendo que a inobservância desta pode ser considerada crime.
Visto que o trabalho exige um longo prazo de realização fez-se necessário estar sempre observando as diretrizes legais da escola visando o cumprimento das metas iniciais, sem com isso interferir nos trabalhos escolares. O presente projeto busca alternativas para interferir no problema de violência que vem acontecendo especialmente dentro das escolas, assim tomará um aparato legal como orientações na "Cartilha Real e Legal", no próprio Regimento Interno Escolar, no Estatuto da Criança e do Adolescente, na Constituição Federal de 1988, e outros materiais que porventura venha abordar o assunto.
Partindo de uma visão analítica em algumas escolas da rede pública de ensino, ambas em extremidades opostas; se fará um levantamento de dados do comportamento e tipo de relacionamentos apresentado pelos alunos em momento de aula, momentos recreativos, de entrada e saída no âmbito escolar. Posteriormente a observação, buscará subsídios em recursos diversos, como pesquisa na web, materiais impressos e televisionados a fim de compreender os acontecimentos e encontrar formas de intervir nesta problemática sem expor ninguém.
O projeto será concluído após realização de eventos que fundamentem a necessidade de agir com respeito e dignidade, comprovando assim que a violência só gera violência, instigando o aluno a construir um ambiente de paz e estabilidade emocional através da interação com momentos, objetos e formas recreativas, para isso se fará necessário a construção desse espaço recreativo, tendo em vista que a Escola Municipal de Ensino Fundamental "Pedro Paulo" que se encontra inserida nas observações consta-se com algumas alternativas de espaços interativos de recreação que partiu-se da iniciativa de minimizar a violência no âmbito escolar conforme relatos, o presente projeto dará seqüência a construção de:
 Fazer (4 mesas de ping-pong, com 2 ½ mt. por 1 ½ cada e 3 mesas de xadrez, com 1 ½ por 80 cm cada, todas espalhadas pelo pátio, as mesas de xadrez deverão ter bancos acompanhando;
 Instalação do som;
 Pintura em piso e calçadas (caracol e amarelinhas);
 Pregar em galho de árvores e paredes da escola; "aros de roda de bicicleta", para jogar bola em (forma de basquete);
 Confecção de bolas de meia;
 Confecção de lixeiras;
 Construir quadra de areia.
Por fim a Inauguração dos brinquedos e espaços recreativos contemplando todas faixa etária, inclusive um espaço alternativo para o envolvimento dos pais na vida escolar de seus filhos, contará com uma conscientização através de palestra sobre a importância dos brinquedos e da conservação dos mesmos.
A palestra será proferida pela equipe de policiais do PROERD de forma a abranger todo público escolar.
Visto que o combate a violência também é um papel da sociedade assegurado na Constituição Federal em seu artigo 227:
É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.
Procurou-se dar prosseguimento a um trabalho já iniciado na Escola "Pedro Paulo" ainda no ano de 2007.
A comunidade em geral também será convidada a integrar o projeto fortalecendo o vínculo entre escola e comunidade. A intervenção em ações de bullyng na escola Anísio Teixeira, instigar o aluno a construir um ambiente de paz e estabilidade emocional através da interação com momentos, objetos e formas recreativas, para isso se fará necessário a construção desse espaço recreativo.
7- RECURSOS
a) Humanos
Equipe escolar:
- Professores;
- Gestores;
- Orientadores;
- Supervisores;
-Chefe de disciplina;
- Psicólogo da rede pública.
Pesquisador.
Conta-se ainda com o envolvimento de familiares, palestrantes e patrocinadores além de pedreiros que poderão ser voluntariados: pais, alunos, funcionários e comunidade em geral e ainda a contratação de pedreiros profissionais.
b) Materiais
Painéis;
Faixas;
Espaço Físico;
Papel sifit;
Cartolinas;
Pincel;
Tinta de Tecido;
Folderes.
Para construção dos jogos e recursos recreativos:
Quantidade
Discriminação
Tamanho
4 mt
1 pacote
1 pacote Tábua
Viga
Prego
Prego
médio
pequeno
03 U.
01 U.
Caixinhas de som
Consertar o som
Fio para instalação do som
Suporte para caixa de som pequena
--
70 mt
médio
Lata
13 Tinta preta
Tinta branca
Tinta azul
Tinta vermelha
Tinta amarela
Tintas de tecido (cores variadas) 3,6 litro
3,6 litro
pequena
pequena
pequena
---
03 U
03 U
02 U Pincel
Pincel
Pincel Grande
Pequeno
00 (p/ contorno)
06 Aros de bicicleta Pequeno
03 pares
01 U.
02 U Meias
Linha
Agulhas para costura à mão Médio
pequena
pequena.
17 Sacos
1 mt
12 mt
5 barra
3 kl Cimento
Brita fina
Areia
Ferro fino
Arame cozido ---
---
---
---1/4 e 5/16
---
1200 Tijolos ---
4 U
4 pares Bolinhas de Ping-pong
Raquetes ---
---
c) Tecnológico
Televisores;
Aparelho de DVD;
Computador;
Impressora;
Datashow;
Caixa de som acústico;
Microfone;
Laboratório de Informática das escolas, para fins de acesso a pesquisa;
Câmara fotográfica Digital;
Carrinho de mão (para pedreiro);
Enxada;
Peneira;
Colher de pedreiro.
Obs. Grande parte dos materiais serão cedidos pelas escolas ou ainda pela Secretaria municipal de Educação de Jaru.
D) Financeiro
O valor do investimento será de R$: 4.200,75, para aquisição de materiais de construção e alguns brinquedos, sendo que deste valor será utilizado um adicional de 10% para pagamento de mão de obra.
8- CRONOGRAMA
ATIVIDADES
DATA PREVISTA PARA APLICAÇÃO - 2010
Escolha do tema a ser trabalhado Janeiro
Orientações para construção do trabalho Fevereiro
Seleção de materiais e estudos destes Fevereiro e março
Seleção das escolas a ser observada e observação destas em períodos alternados Março
Elaboração do projeto Abril e Maio
Correção e avaliação do projeto pela Equipe da Faculdade Junho
Busca de parceiros Abril a junho
Pedido de patrocínios e divulgação do projeto Abril a junho
Organização do espaço e construção das mesas e quadra de areia Julho e agosto
Pintura em calçadas e fixação de aros Agosto
Palestras sobre Violência. Julho
Pesquisas realizadas pelos alunos e sugestões de trabalhos Junho à agosto
Inauguração do projeto Outubro
Tempo previsto para atendimento. Tempo indederminado.
Estima-se que a escola e a comunidade tenham zelo sobre os benefícios que o projeto poderão-lhes proporcionar, para tanto uma vez construído e inaugurado passará a ser patrimônio da escola a qual a comunidade também poderá usufruir de acordo com as programações culturais e interativas da escola e também aos finais de semana, sendo assim não haverá limites de tempo para o atendimento deste.
9- ESTRATÉGIA DE AVALIAÇÃO
Avaliar é uma necessidade de qualquer processo humano consciente. Não basta realizar uma ação, faz-se necessário e indispensável que de analise os resultados equiparando aos métodos traçados e os objetivos iniciais, para tanto a avaliação do presente projeto será realizada durante todo o processo de elaboração e execução deste.
A avaliação se dará em um processo contínuo sem muitas formalidades, ou seja, uma cópia do projeto ficará a disposição de toda comunidade interna e externa à escola, onde todos terão acesso e serão incumbidos do acompanhamento das atividades propostas.
Ao final de todo processo acredita-se obter resultados satisfatórios com relação à minimização de índices de violência acontecidos dentro da escola e no entorno desta, onde os reflexos deverão fazer a diferença não apenas na comunidade escolar, mas em todos os âmbitos sociais da comunidade.
Este processo avaliativo não será classificatório, tampouco somativo, mas flexível as necessidades apresentadas, sendo assim terá incumbência de fazer cumprir todas as ações mencionadas no decorrer deste, visando intervir verdadeiramente na minimização de manifestações violentas no contexto escolar e porque não dizer na família e por fim na sociedade, para a realização desta avaliação será seguido os seguintes passos:
Objetivo Indicador Forma de verificação
Resgatar o respeito e a amizade dentro das escolas fazendo desta um local agradável, que estimule o prazer de estudar e a valorização pessoal.
Grau de participação da Comunidade Apresentação de convívio harmonioso
Fazer da escola um ambiente atrativo e estimulante à aprendizagem Construção de espaços alternativos Materiais construidos.
Despertar o gosto pela música e acalmar os ânimos da garotada no horário de intervalo Aceitação dos alunos às atividades propostas. Recepção as músicas trabalhadas na escola.
Oferecer aos educandos uma variedade de alternativas, onde ao se manterem ocupados para que possa diminuir o índice de atos violentos que surgem na hora do intervalo
Empenho e participação da comunidade escolar Realização de atividades diversificadas direcionadas pelos professores das turmas.
Levar o educando a refletir sobre os prejuízos pessoais e sociais a qual se está exposto através da manifestação de comportamentos violentos Palestra Observações direta sobre a forma de convívio entre a comunidade escolar
Empenho dos envolvidos Contribuição da sociedade Sugestões dadas pelos envolvidos e prestação de trabalhos voluntários.
Envolver a família e demais membros da comunidade civil no compromisso "todos pela paz", resgatando a identidade de nossas escolas e de nossos jovens.
Participação Apresentação de Sintomas de de tranqüilidade por parte daqueles alunos que pareciam mais arredio.
Aceitação do projeto Participação Através do envolvimento da comunidade intra e extra escolar.
REFERÊNCIAS
A VIOLÊNCIA NA ESCOLA. Disponível em http://recantodasletras.uol.com.br ? Acesso em Maio de 2010.
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília: Senado Federal, Centro Gráfico, 1988.
BRASIL. Lei n° 8.069, de 13 de julho de 1990. Estatuto da Criança e do Adolescente. São Paulo: Fundo Social de Solidariedade, s/d.
BRASIL, Secretaria Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais. Ética e cidadania. 2.ed. Brasília: 2001.
BOURDIEU, Pierre. Violência. 1970. Disponível em http://educarparacrescer.abril.com.br/aprendizagem/pierre-bourdieu, acesso em Junho de 2010.
CAMARGO, Orson. Violência no Brasil, outro olhar. Disponível em www.brasilescola.com>sociologia. Acesso em Maio de 2010.
HUTZ, Cláudio Simon (org.). Violência e Risco na Infância e Adolescência: Pesquisa e Intervenção. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2005.
DAMATTA, Roberto. As Raízes da Violência no Brasil: reflexões de um antropólogo social. In: A Violência Brasileira. São Paulo, Editora Brasiliense, 1982.
MALUF, Ângela Cristina Munhoz. Brincar: prazer e aprendizado. 4.ed. Petrópolis: Vozes, 2005.
MARTINS,Vicente. Como acabar com a violencia na escola. Disponível em <http://www.duplipensar.net/artigos/2007s1/como-acabar-com-a-violencia-na-escola.html> Acesso em Abril de 2010.
REVISTA ÉPOCA. Não permita o Bullyng em sua ecasa, escola, trabalho, etc. Edição de Junho de 2009, Disponível em http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI127746-15228. Acesso em Novembro de 2010, às 14 h.