BULLYING: UMA REALIDADE NAS ESCOLAS E AS AÇÕES...

Por Edineide da Cunha Santos | 25/07/2016 | Educação

BULLYING: uma realidade frequente nas escolas e a ação dos educadores e pais diante dessa problemática 

SANTOS, Edineide da Cunha 

O bullying é um dos fatores preocupantes dentro do contexto escolar, pois tem afetado de forma alarmante este espaço. É possível observar de forma clara e objetiva que este ambiente tem sido cenário de grandes problemas enfrentados por educandos, educadores e pais.

Na realidade, o que se busca é a compreensão em relação ao ponto de vista de muitos discentes que buscam a escola não para ajudar no processo de formação escolar, mas sim como um ambiente para formar duelos, intrigas e revoluções. E o educador por sua vez tem tentado de forma incansável buscar métodos para identificar e combater o preconceito, a violência e a agressão entre alunos. Mas está não tem sido uma tarefa fácil, pois dia apos dia tem se tornado mais desafiador essa missão.

A autora mediante a essa problemática acrescenta que “o abuso de poder, a intimidação e a prepotência são algumas das estratégias adotadas pelos praticantes de bullying (os bullies) para impor sua autoridade e impor suas vitimas sob total domínio”. ( SILVA, 2010: 21)

De acordo com a autora supracitada, é possível entender que é uma situação bastante complexas, pois lidar com pessoas de tal personalidade é bastante preocupante e requer total flexibilidade para que uma ação impensada não venha se tornar um problema incontornável, tarefa está que desafia até mesmo aquele que acredita ser a educação capaz de transformar todo e qualquer individuo.

Cabe lembrar ainda que, o professor em sua rotina diária tem se deparado com situações lamentáveis. Sim lamentáveis, pois é com o coração partido que se descreve este atual cenário educacional, pois o que se pode observar é a falta de respeito para com os professores, colegas de classe e equipe de apoio por parte de alunos que não respeitam o ambiente educacional e nem tão pouco as pessoas que ali convivem diariamente.

Atuar no ambiente educacional não tem sido uma tarefa fácil, diante de tantas evidencias é possível inferir que a realidade da educação institucionalizada está cada vez mais comprometida, pois há muitos que acreditam que a escola é responsável por total educação do sujeito, mas cabe lembrar que, a escola é responsável somente por um pequeno percentual, isto é, o educando e pais precisam entender que a escola tem em sua total responsabilidade os alunos por quatro horas diárias, já o restante do período estão sob total responsabilidade dos tutores.

Diante dessa colocação justifica-se que a família é que tem total autonomia para trabalhar a educação informal de seus filhos, sendo estes respeito, valores, moral e ética de total responsabilidade familiar. Cabe ressaltar que, essa falta de responsabilidade dos pais tem contribuído de forma negativa no comportamento social e escolar do sujeito.

Por essa razão muitos alunos dentro do ambiente escolar tem se mostrado pessoas incapazes de acatar regras, pois não estão acostumados a ouvir um “não”, por esse motivo se julgam capazes de desafiar, desrespeitar e até mesmo expor a situações desagradáveis e constrangedoras colegas e professores.

A ausência familiar no cotidiano escolar do aluno-filho tem contribuído de forma bastante negativa para estes acontecimentos dentro do espaço escolar. Percebe-se que a cada dia os alunos tem se tornado mais donos de suas próprias regras, criando seus próprios limites dentro do espaço alheio, isto é, o respeito para com os colegas tem se tornado cada vez menos frequente, gerando assim uma série atos violentos.

Para dar mais ênfase a essa colocação Caprera (2005:14) afirma que:

A violência preocupa a sociedade e os governos na esfera pública e privada, seu conceito está em constante mudança e por isso não há um conceito absoluto, podemos ter em sentido estrito a violência física como a intervenção de um sujeito ou grupo contra a integridade de outro sujeito ou grupo e também contra si. Já violência simbólica refere-se ao abuso do poder mediante o uso de símbolos de autoridade.

De acordo com o autor, ultimamente a violência no ambiente escolar tem levantado uma série de discursões, içando assim uma grade de situações a serem pensadas na vida de docentes e educandos que sofrem agressões no âmbito escolar, isso tem levado a sociedade em geral repensar métodos que venha a erradicar essa problemática que afeta as instituições públicas e privadas.

Porque na atualidade o bullying é um dos fatores desafiadores que a sociedade tem que aprender a lidar, principalmente quando se coloca em pauta fatos ocorridos no ambiente escolar, não apenas por tratar-se de um ofensiva atenuante, mas sim, porque  a escola tem o papel de formar pessoas formadoras de opinião e conscientes de seus atos, pois a escola em sua função busca sensibilizar o educando em relação ao seu papel na sociedade, orientandos -os quanto às consequências da violência e da omissão de fatos caracteriza-se outro tipo de violência.

Fator preocupante, pois se sabe que muitos por medo de ser agredidos acabam por ocultar algumas ocorrências, se submetendo assim a mais agressões por medo de falar e sofrer as penalidades. Nesse ponto de vista, cabe lembrar que a escola tem sempre que buscar por meio de palestrar despertar no educando a construção do sujeito ativo, que não deve se submeter a tais agressões, pois calar-se vai de fato comprometer ainda mais o psicológico do educando que sofre tais violências.

Cabe por em pauta também que o respeito mútuo é fundamental para que haja uma boa convivência entre pessoas. Sabe-se que isto de fato é bastante difícil, porem, não é impossível, por meio de ações simples como dialogo, palestras e oficinas voltadas para essa problemática pode vir a sensibilizar  o educando de forma que este venha repensar seus atos, passando a agir de forma menos agressiva e compreensiva.

Mas para que haja melhorias e ações imediatas não depende somente da escola, mas também da família e sociedade, pois este é um trabalho árduo que precisa da junção família/escola/sociedade, juntas buscarem maneiras eficientes para facilitar o trabalho e a participação escolar como elo fundamental na formação educacional do individuo, essa parceria pode sim fazer total diferença dentro do contexto escolar, facilitando assim a atuação do educador dentro do ambiente escolar como uma pessoa formadora de opinião que merece total respeito e de fato ter total autonomia para esclarecer que escola e família é um elo que não pode se romper.

Por esse motivo em particular o autor afirma que:

Cabe a sociedade, dentro desse contexto transmitir a novas geração valores e modelos educacionais nos quais os jovens possam pautar sua caminhada rumo a sua vida adulta de cidadão ético e responsável. No entanto, não podemos e esquecer que vivemos numa época em que as mudanças ocorrem em ritmos no mínimo acelerado...] (SILVA, 2010 57)

De acordo com o autor supracitado é possível que haja uma nova visão sobre o atual cenário educacional desde que venha haver uma parceria entre escola e sociedade. A sociedade por sua vez deve agir como uma engrenagem responsável por transmitir as novas proles conceitos de valores, com novos modelos educacionais, focados em padrões nos quais os jovens possam entender que sua conduta positiva se faz preciso para sua atuação social, pautada em valor , moral e ética.

Enfim, diante deste apanhado, é possível entender que o bullying é um problema que afeta o ambiente escolar de forma assustadora, pois neste atual cenário alunos e educadores são vítimas de inúmeras agressões física e moral. Essa problemática tem afetado muito professores e alunos, mas acredita-se que ainda não é uma causa perdida , desde que a família se torne mais presente, que a parceria escola/família seja coerente e juntas venham repensar seus atos, buscando assim medidas para erradicar essas ações abusivas no ambiente escolar. 

REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CAPRERA, Aline Luci Inácio; Violência na Escola: uma análise de diferentes vozes e posições sociais. Campinas: 2005.

SILVA, Ana Beatriz Barbosa; Mentes Perigosas nas Escolas: Bullying. 2009, Ed. OBJETIVA. Rio de  Janeiro.