BULLYING E CYBERBULLYNG: ATORES ENVOLVIDOS NESSA AGRESSÃO

Por GRAZIELLA BERNARDI ZOBOLI | 03/11/2017 | Educação

CURSO :   BULLYING  E  O  CYBERBULLYING

II – O  CYBERBULLYING

Tópico - 3  - OS  AGRESSORES,  A  VÍTIMA  E  OS  EXPECTADORES

Tanto no Bullying como no Cyberbullying há três tipos de envolvidos.

Geralmente quando acontecem essas situações as pessoas pensem que existem apenas dois personagens: o agressor e a vítima.

É preciso lembrar que há um terceiro personagem envolvido nos casos de violência virtual entre os jovens, são eles : o agressor, a vítima e o expectador. Vejamos cada um deles.

O AGRESSOR, seu comportamento se concentra em humilhar ou depreciar o colega repetidas vezes. Ele quer ser o aluno mais popular da escola, sentir-se muito poderoso e sempre espera obter uma boa imagem de si. Não aprendeu a respeitar outras pessoas e canalizar sua energia negativa, isto é, sua raiva em dialogo com o outro. Geralmente para essa pessoa não acontece o comportamento empático (colocar-se no lugar do outro), que faria com que ele não agisse dessa forma, fazendo o outro sofrer.  Porque ao contrário, ele sente-se feliz e satisfeito, ao ver a reação dolorosa da vítima ou pessoa agredida. O cyberbullying permite que o agressor fique no anonimato ou use nomes falsos, ou apelido ou se passar por outra pessoa.Ele usa o computador e não é julgado por ninguém, não ficando exposto. De um modo geral, apresenta esse comportamento por muito tempo. E quando se torna adulto continua denegrindo outras pessoas, porque assim sempre chamara a atenção sobre si.

 

A VÍTIMA, geralmente á uma pessoa, introvertida, tímida, e apresenta aparência física diferente da turma, ou por ser de outra raça, ter altura diferente (muito alta ou muito baixa), peso diferente  (mais gordo ou mais magro) ou ter outra religião diferente da maioria. Ela se mostra insegura e quando se vê ou se sente agredida ela fica retraída e sofre. Dados de uma pesquisa, concluiu que 69% das vítimas tem entre 12 e 14 anos.

Algumas doenças poderão advir a partir desses conflitos sofridos pela vítima. As tendências pessoais, tanto físicas como psicológicas e emocionais tem peso nas conseqüências advindas das agressões sofridas..

 Podemos citar algumas doenças advindas do cyberbullying : crises de angustia de ansiedade; síndrome do pânico ; de pressão arterial; anorexia e bulimia. Também são acometidos por problemas de aprendizagem com diminuição do aproveitamento escolar.

A situação da vítima mais sua predisposição pessoal, como já citado acima, poderá levar a pessoa em casos graves, a cometer suicídio.

Os adolescentes que foram vítimas, tem grandes possibilidades de futuramente serem adultos muitos ansiosos, depressivos e também violentos. Nesse último caso alguns irão reproduzir o que sofreram na adolescência, tornando-se agressores, quando encontram pessoas indefesas, procurando provocá-la, teremos assim o comportamento de  vítima e agressor ao mesmo tempo.

 

O EXPECTADOR, muitas vezes não é considerado quando há agressões, porém é uma personagem importante na continuidade do conflito virtual e pessoal. É a testemunha dos fatos agressivos. Geralmente não é percebido como personagem atuante no cyberbullying. Não sai para defender a vitima e não se junta ao agressor ou agressores. Esse comportamento passivo, em geral acontece porque ele tem medo de se tornar alvo ou vítima dos agressores. Muitas vezes não reage porque é uma pessoa que não tem iniciativa pessoal, fica sempre na sombra em sua vida social. Pode atÉ perceber o desrespeito e pode ter senso de justiça, porém não consegue colocá-lo em ação, assumindo uma posição. Alguns expectadores formam uma torcida que acaba reforçando os objetivos e atitudes dos agressores. Usam as risadas e palavras de incentivo, levam avante fofocas, imagens, humilhação e por isso se tornam co-autores dos agressores.

 

O PROFESSOR, pode sofrer cyberbullying provocado por alunos adolescentes que muitas vezes o utilizam como brincadeira, esquecendo-se que estão cometendo um crime contra os direitos humanos. Outras vezes é proposital com o intuito de ofender e denegrir a figura do docente.

No mundo virtual é mais fácil publicar fotos e espalhar comentários para ferir os sentimentos dos outros utilizando blogs, fotologs e sites de relacionamentos sendo de um anônimo ou sendo de um autor assumido.

Há professores que tentam não se incomodar com as agressões, outros não se conformam com essa atitude ou deixam  bem claro em sala de aula que se as agressões continuarem tomará providencias legais.

 

O Psicoterapeuta José Augusto Pedro, (de São Paulo) dá sugestões de ações que podem auxiliar a evitar a agressão virtual.

 

  • Conversar com seus alunos e mostrar que o cyberbullying é um crime e não uma brincadeira.
  • Convocar os pais de alunos para palestras que falem do assunto.
  • Promover com seus alunos (principalmente do ensino fundamental) atitudes que desenvolvam solidariedade , senso humanitário e a cidadania.
  • Verificar se a escola prevê sanções quando os alunos praticam violência. Se não houver regras a esse respeito deverá sugerir a elaboração de um “código de ética” na escola com a participação de toda a equipe.         

                          

      É fundamental e urgente, que procuremos como docentes sensíveis e respeitadores do próximo, desenvolver valores, dizendo  não ao Bullying e ao Cyberbullying. A família deverá ser participante em todos os momentos  da escola., pois sabemos que a união fará a força.

 

“ Vamos TODOS, sempre dizer  NÃO  para qualquer tipo de VIOLENCIA. “

          

 

 

CURSO :  BULLYING   E  CYBERBULLYING

 

II – Cyberbullying

 

TÓPICO – 3  - Os  Agressores, a Vítima e os Expectadores.

 

Lição -1- Leia o texto do nosso curso

 

Lição -2- Tarefa Prática

                Após a leitura responda;

                 Você já teve algum caso de Cyberbullying em sua sala de aula?

                  Quais foram os sinais que você percebeu ?

                  Com docente, qual foi sua atitude ?

                  Poste em nosso fórum as suas experiências.

 

                                                                          Profa. Graziella B. Zóboli

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