Brindes personalizados e a (re)produção da marca

Por Aline Cabral da Silva | 13/12/2011 | Adm

 

   As informações que encontrei sobre os primeiros produtos promocionais (também denominados  brindes corporativos ou promocionais) datam da eleição de George Washington em 1798. Embora no século XIX já houvesse produções isoladas de réguas, calendários e produtos personalizados em madeira, não havia, propriamente, uma indústria organizada do setor. Muitos consideram Jasper Meeks, habitante de Ohio, EUA, como o primeiro a desenvolver a hoje conhecida indústria de brindes, quando convenceu uma loja de livros a prover a escola local de sacolas (para carregar livros) com a referência da livraria. Logo, o sucesso de Meeks fez com que o mercado gerasse um concorrente, o Sr. Henry Beach. Logo, ambos já haviam desenvolvido caixas para cartões, calendários, aventais e até mesmo chapéus para cavalos.

   Em 1904, 12 fabricantes se uniram para formar a hoje renomada Associação de Produtos Promocionais (PPAI, na sigla em inglês), com mais de 7.500 membros no mundo todo.
   A grande explosão no setor de brindes corporativos ocorreu por volta de 1970, quando as empresas, com dados mais acurados acerca da resposta dos consumidores, perceberam a grande força mercadológica dos itens promocionais. A formação de marcas cada vez mais fortes ocorreu, portanto, através da constituição destas identidades corporativas, constituídas minuciosamente através de uma linguagem mercadológica cuidadosamente estudada.

   Até 1990, a indústria de brindes tinha seu pico às voltas do Natal, quando os estoques das empresas conseguiam ser esgotados pela demanda. No início desta década, contudo, este cenário foi mudando (em termos globais), enquanto as empresas passaram, gradativamente, a utilizar os brindes corporativos como ferramentas de promoção de marcas, produtos e eventos durante todo o ano.

   Não há muita coisa que não possa ser utilizada como meio de promoção de identidade, mas os meios comuns são camisas, chaveiros, pôsteres, adesivos, canetas, canecas, mouse pads e imãs de geladeira. A maioria dos produtos promocionais é relativamente de baixo custo, mas podem alcançar itens de elevado valor, de modo a presentear pessoas públicas que, em si, sejam uma ferramenta de marketing.

   Há uma distinção feita por alguns entre brindes corporativos e brindes promocionais. Enquanto os primeiros seriam endereçados a empregados, clientes, associados e fornecedores, tendo em vista o estreitamento das relações empresariais (internas e externas), dentro de sua miríade de processos e objetivos. Estes brindes teriam que espelhar a empresa e, portanto, devem ser minuciosamente escolhidos em razão da identidade empresarial que se busca no mercado. Os brindes promocionais, por sua vez, teriam um público muito mais amplo, objetivando clientes e consumidores, passando a mensagem de que a empresa busca, sempre, o consumidor e que para ela este é importante, aumentando, assim, a percepção pública da marca e promovendo um sentimento de lealdade em relação a esta. Muitas empresas utilizam os brindes promocionais para influenciar a percepção apenas de aspectos da marca ou de determinado produto ou serviço, apenas.

   O potencial dos itens promocionais é de se tornarem, pelo uso, em anúncios móveis, o que justifica a necessidade da minúcia na avaliação de quem é o público alvo e qual o item personalizável será a escolha certa para seu uso freqüente, sua manutenção e conseqüente reprodução da mensagem no imaginário coletivo.

   Nesta medida, itens como canetas, blocos de anotação, agendas, camisetas e sacolas são muito populares, por seu custo-benefício, mas nem sempre esta avaliação superficial corresponde à melhor escolha. Em primeiro lugar, o item deverá ser utilizado após sua distribuição, caso contrário afetará apenas aquele que o ganhou (e, se assim for, nem mesmo a ele, de forma adequada). O fato, contudo, é que quanto maior a variedade de pessoas que avistam o item promocional, maior será a eficiência dele e quanto mais este item causar boa impressão – em quem o observa –, mais robusta será a reprodução da marca – ou seja, em mais pessoas chamará atenção e mais durável a memória criada.

   Assim, qual é o brinde ideal e como identificá-lo?

   O design contemporâneo do item, suas qualidades únicas, podem, muitas vezes, associar a concepção de inovação à marca exposta, o que, no mercado moderno das novidades incessantes, é vital para uma marca arrojada que vier para ficar.

   A NUKK, Conceitos em Design (WWW.nukk.com.br), empresa carioca, atua com esta perspectiva, desenvolvendo, com designers profissionais, itens sob medida para a empresa que busca o mercado para ficar. Nosso mercado é composto por empresas que pensam nos próximos 20 anos e não nas contas do final do mês.

NUKK: souvenir com design.

 

Fontes:

http://en.wikipedia.org/wiki/Promotional_merchandise#cite_note-history-0

http://www.proactivese.co.za/articles/73-understanding-the-difference-between-corporate-gifts-and-promotional-items