Brasília: Rota 50
Por Emerson de Oliveira | 06/04/2010 | CrônicasNovos rumos, vários caminhos. Uma cidade com vários destinos, sempre haverá uma trilha para o amor. Tudo novo vamos embora... Tenho uma nova vida, preciso ir agora. As minhas noites ficaram mais longas... O cheiro da minha casa mudou; Do meu quarto foram as cores que mudaram... E o leite do peito derramou. Chegou a hora, uma nova rota tenho que seguir.
Te escreverei se eu não voltar, mas, não me espere de manhã. Talvez chegue no fim da tarde, suado e cansado. Nos meus pensamentos tua Esplanada vai estar, porque aqui eu vou ficar estou na rota 50.
Você é a minha “Capital do rock” do Congresso Nacional, não consigo te esquecer e os vitrais da Catedral, refletem o lindo céu azul que te cobre todas as manhas. Te ofendem, te maltratam, te odeiam e te jogam fumaça de “Crack” num falso “Cachimbo da paz”. As suas asas estão pesadas, encharcadas de corrupção, solidão, individualismo, serviço público. E daí... Se cada dia o teu céu tá mais azul, o teu verde mais verde, o teu lago mais bonito a sua ponte, mais visitada.
Quantos foram e voltaram. Quantos chegaram e ficaram. Tu és tão nova para tudo isso. Ainda está na fase dos enta... Quarenta, quarenta e nove... E agora cinqüenta. Quem te viu e quem te vê. Já criastes tantos filhos e filhas. Taguatinga, Ceilândia, Gama, Guará e o Cruzeiro?
Você abraçou os pioneiros, os candangos, os estrangeiros e abraçaste a mim, a minha família, a minha escola, a minha professora, de olhos e cabelos claros... Ah! Seu pudesse todos os dias do “pontão” ver o por do sol, comer um “cará” do lago Paranoá, comer um acarajé na Torre e uma buchada na feira... Suas lindas retas, suas maravilhosas curvas, seria o caminho que eu ia traçar.
Deixo agora de sonho, afinal já são 3 horas da manhã. Não quero acordar tarde, quero acordar contigo, ser feliz e comemorar sua qüinquagésima primavera.
Parabéns! Brasília.