BRASIL CONTEMPORÂNEO, UM BOM NEGÓCIO?
Por Lucas Ribeiro do Nascimento | 08/09/2017 | CrescimentoO Brasil é considerado como um país rico, não apenas em se tratando de capital, mas também na ambundância de seus recursos. No entanto, em se tratando de valores, o mesmo não possui bons gestores, íntregos e capazes de governar de maneira virtuosa. Este conceito é atribuido, visto que o mesmo se encontra nas primeiras posições (se não a primeira) dos países com maiores participações nas diversas áreas, principalmente no agronegócio, sendo um dos que mais produz e exporta no mundo.
Com uma área territorial bastante extensa, clima sortido e taxas de impostos para as grandes empresas relativamente baixos, o estado brasileiro torna-se, presumivelmente, um formidável ambiente para a instalação de multinacionais e, de maneira consequente, sublime na geração de novos empregos e movimentação financeira. Mas essa é, infelizmente, uma concepção errônea do Brasil. Agregamos valores aos negócios extrangeiros e cada vez mais desengrandecemos a nossa magnetude. Isso se deve pela má valorização dos produtos internos (nacionais), principalmente em se trantando do nordesde, onde ainda persiste o racismo cutural. A agricultura familiar, responsável por 70% do alimento que chega em nossas mesas, atualmente enfrenta grandes problemas devido às más condições cedidas pelos chefes de estado. Juros excessivos na implantação e legalização de pequenos negócios, custos de produção exorbitantes, existência de atravessadores (pessoas que compram mercadorias à preços baixos e revendem com preços elevados), falta de cooperativas, sindicatos e associações, são algumas destas adversidades.
O Nordeste oferece uma gama de artefatos feitos manualmente e/ou macanizadamente pelos produtores rurais, praticamente livres de produtos fitossanitários, higienizados e saborosos, entretanto pouco difundido, o que, muitas das vezes, dificulta na hora de escoar a produção pela falta de mercado consumidor. Tais condições torna cada vez mais difícil a ascenção do pequeno negócio ou empresa, seja ela rural ou urbana. A economia solidária no país, vê-se de mãos atadas perante tais condições de exercício.
É notório que um dos maiores problemas sociais, atualmente, é o desemprego mundial. O desemprego na sociedade globalizada e capitalista, desde a década de 1970, tem sido encarado como devastador e desesperador, causando desconforto e até mortes mundo à fora, principalmente por suicídio. A concentração do capital mundial (99% da riqueza global está nas mãos de apenas 0,7% da população) possui uma enorme participação nos problemas enfrentados, uma vez que os grandes empresários dominam um amplo espaço com a grande concentração de hipermercados que monopolizam toda uma região contendo padarias, açougues, fruticulturas, etc., complicando na diversidade e saída do produto familiar. No Brasil, existem 74000 famílias denominadas como “a elite brasileira”; elas detém concentrado 15% de todo capital e reprentam somente 0,3% da nação. Estas companhias da alta sociedade, maioria delas, trabalham com os menores custos possíveis, através de remunerações baixas que são comumente atribuídas à mão de obra, que chega a ser condiderada como escrava (dita escravidão contemporânea). Existe uma imensa discrepância e incoerência na aplicação dos impostos no nosso país; e ela funciona da seguinte forma: quanto maior for a lucratividade das empresas, menores são os impostos sobrepostos. E pior, a maior taxação que se tem conhecimento está aplicada sobre o salário do contribuinte. Essa é uma tributação completamente regressiva e que favore apenas os grandes negócios e multinacionais, inviabilizando o progresso da maior parte do seu povo, levando em consideração que as grandes empresas trabalham incansavelmente na redução de seus custos, procurando automatizar cada vez mais os seus processos produtivos, reduzindo assim, a necessidade da mão de obra.
O sistema de governo brasileiro, nos dias de hoje, não favorece à sua população em praticamente nenhum aspecto. Com a proposta da reforma trabalhista (aprovada pelo congresso nacional na data 11/07/2017), a jornada de trabalho passa de 30 para 49 anos de contribuição, portanto, para que uma pessoa possa se aposentar com 65 anos de idade, ela teria que começar a trabalhar com 16 anos. Com essa idade, um jovem sequer conseguiria efetivar o ensino médio. A formação acadêmica passaria a ser, novamente, um sonho de consumo para as pessoas de baixa renda (pobres), e seria acessível somente para os capitalistas (ricos). Assim sendo, o governo passaria a ter, mais facilmente, pessoas analfabetas, alienadas e ignorantes, facilitando ainda mais a manipulação de seu povo. Toda a nação brasílica estaria retrocedendo financeiramente, didaticamente e historicamente, jogando fora tudo aquilo conquistado no decorrer de seus 500 anos, maiormente após a independência do Brasil, oficialmente comemorada em 7 de setembro de 1822, em que ocorreu o chamado "Grito do Ipiranga", às margens do riacho Ipiranga (atual cidade de São Paulo), quando a partir de então passou a se desenvolver de modo "independente".
Precisa-se buscar cada vez mais os direitos em prol da sociedade, a educação política, a maior valorização quanto residentes e produtores, singularmente os nordestinos, através dos estudos e dedicação escolar, divulgação dos pequenos trabalhos realizados no campo e na cidade, buscar a organização social através do cooperativismo, associativismo e sindicalismo, no intuito de conceber uma civilização politizada, educada, respeitosa, trabalhadora e conhecedora deu seus direitos e deveres quanto cidadãos para que, em um futuro não muito distante, possa-se construir um país justo e acessível para todos, independente de classe social, sexo, raça e/ou credo. O Brasil de hoje, tornou-se um bom negócio exclusivamente para os grandes, abandonando a categoria que representa a sua maior parte constituinte, as classes pobre e média.