Bombástico
Por Maria Estela Ximenes | 21/10/2011 | CrônicasBOMBÁSTICO
Outro dia observei uma praça de aspecto negligente; troncos de árvores no chão , lixo e papéis espalhados, o que mais chamava a atenção, porém, era a quantidade de pombos.
Transeuntes e pombos compartilhavam espaços no horário de almoço, a diferença é que, os passantes dirigiam-se aos restaurantes locais para fazerem suas refeições, ao passo que os pombos eram servidos e saciavam a fome ali na praça. As aves festejavam o banquete, que era grátis, vinha das sobras de alimentos lançados no chão.
Foi o tempo em que alimentar pombos na praça era um lazer agradável. O pombo, pássaro símbolo da paz, tema de música e poesia é um dos maiores transmissores de doenças urbanas que existem. Voa de um telhado ao outro, encontra nos lugares restos mais que satisfatórios de lixo. A população contribui para a multiplicação dessas aves quando oferecem condições propícias para a sua permanência.
Mesmo na condição de praga urbana, não deixa de ser admirável o voo livre dos pombos . No entanto, é preferível afugentá-los, evitando doenças ou o banho bombástico de suas fezes.