Bom e Mau

Por Eduardo Silva Luz | 11/05/2011 | Filosofia

RESUMO


EDUARDO LUZ





Este artigo tem como propósito mostrar, Nietzsche como filosofo do questionamento da moral, e um critico feroz da moral cristão e com enorme repugnância ao cristianismo e aos sacerdotes, alem da busca pelos conceitos das palavras "bom e mau" citando e comentando alguns temas por eles abordados onde se explicita que os, homens devem se livrar do grilhões que os predem, além de comentários de outros filósofos a respeito da moral.


Palavras Chaves:Moral, Moral Cristã, Bom e Mau





















INTRODUÇÃO


Friedrich Wilhelm Nietzsche nasceu a 15 de outubro de 1844 em Röcken, localidade próxima a Leipzig. Karl Ludwig, seu pai, pessoa culta e delicada, e seus dois avós eram pastores protestantes; o próprio Nietzsche pensou em seguir a mesma carreira.
Em 1849, seu pai e seu irmão faleceram; por causa disso a mãe mudou-se com a família para Naumburg, pequena cidade às margens do Saale, onde Nietzsche cresceu, em companhia da mãe, duas tias e da avó. Criança feliz, aluno modelo, dócil e leal, seus colegas de escola o chamavam "pequeno pastor"; com eles criou uma pequena sociedade artística e literária, para a qual compôs melodias e escreveu seus primeiros versos.
Em 1858, Nietzsche obteve uma bolsa de estudos na então famosa escola de Pforta, onde haviam estudado o poeta Novalis o filósofo Fichte (1762-1814). Datam dessa época suas leituras de Schiller (1759-1805), Hölderlin (1770-1843) e Byron (1788-1824); sob essa influência e a de alguns professores, Nietzsche começou a afastar-se do cristianismo.
É aparti desse afastamento de Nietzsche do cristianismo, que ele começa a se torna um critico feroz da moral colocando, que o maior problema da filosofia, são problemas de valor, problemas esse que Nietzsche sempre se deparava em suas obras.
Nietzsche se questionava sempre sobre:Qual valor dos valores morais?De onde eles vieram? Nietzsche critica os valores morais existentes e vai em busca de suas origens: onde e por que eles nasceram? Para Nietzsche, os valores morais predominantes originaram-se dos fracos, que colocam o bem como a negação das ações dos poderosos.O bem foi, portanto definido negativamente.
















A MORAL


Antes de começarmos falar sobre Nietzsche, e seu questionamento sobre a moral, devemos enteder sobre o que é MORAL? E qual a sua relevancia dentro da sociedade, em pesquisa achei a seguinte definição:

O termo moral é derivado do latim morale, que significa relativo aos costumes. Pode ser definido também como a aquisição do modo de ser conseguido pela apropriação ou por níveis de apropriação, onde se encontram o caráter, os sentimentos e os costumes.

Porém com mais pesquisas podemos observar que a moral na verdade corresponde um conjuto de normas ou prescrisões, costumes alem de normas de comportamento que devem ser seguidas e Nietzsche questiona a existencia desses valores.

O termo moral significa tudo o que se submete a todo valor onde devem predominar na conduta do ser humano as tendências mais convenientes ao desenvolvimento da vida individual e social, cujas aptidões constituem o chamado sentido moral dos indivíduos.

Dentro do Direito tambem existe varios significados para o termo moral:

Para o Direito Moral é um conjunto de regras no convivio. O seu campo de aplicação é maior do que o campo do Direito. Nem todas as regras Morais são regras juridicas. O campo da moral é mais amplo. A semelhança que o Direito tem com a Moral é que ambas são formas de controle social.

O que podemos observa de todos esse conceitos de MORAL, é que podemos entender o motivo do questionamento de Nietzsche sobre a moral a sua negação a esta moral, e por que ele sempre esbarrava na moral em suas obras pois elas excediam esses costumes as normas e que, os seres humanos deveriam se livrar desta moral para que podesse se torna superior.















BOM E MAU ? BEM E MAL


Se baseando nas obras de Nietzsche, A geneologia da Moral e O Anticristo, esse artigo agora irá investigar os conceitos de Bom e Mau, a investigação feita por Nietzsche sobre seus significados e o sua propria definição para essas palavras. Além de uma investigação sobre como nietzsche fala sobre como nasce o cristianismo.

Antes chegarmos em Nietzsche vejamos alguns filosofos que tamben deram certa atenção para essas palavras e conceito desses podemos destacar, Aristoteles e Imanuel Kant.

Mas outro que tamben ao conceituar essas palavras teve ideias interessantes foi, Charles Darwin , pai da teoria da evolução, pôs em xeque a ideia de uma natureza projetada por um Deus bondoso.Ele lembrava o exemplo de uma vespa que paralisa outros insetos para que sejam comidos vivos por suas larvas. E conclui que um "Deus onipotente e benéfico" não teria criado um ser assim.

Diante de varios filosofos, chegamos agora em Nietzsche que coloca o seu proprio conceito para as palvras bom e Mal:

O que é Bom? Tudo que aumenta a sensação de poder, o proprio poder , no Homen.
O que é Mau? Tudo que brota da fraqueza.

Diante disso Nietzsche fala que a moral predominante hoje não passa de uma inversão do conceito das palavras Bom e Mau.Mas agora vamos entender o que Nietzsche quis dizer sobre isso, pois agora iremos pecorrer o caminho que ele traçou fazendo justição a sua profissão de filólogo para poder conceituar essas palavras .

Nietzsche começa o seu trabalho analisando sentido dessas palavras em outras linguas,e observa uma coisa interessante sobre a palavra bom é que ela está sempre ligada ao sentido nobreza e superioridade. Em contrapartida, a palavra Mau sempre ligada ao sentido do que é simples plebeu, baixa.Nietzsche chega então a seguinte conclusão de que a palavra bom surgiuy dos propios bons, isto é dos homens nobres "em oposição a tudo que é baixo, mesquinho, comum plebeu".

Para Chegar a essa conclusão, Nietzsche analisou a parte da que trata do imperio Romano, que era dividido em tres classes sociais:os nobres, os plebeus e os escravos(endividados ou vencidos em guerra).A religião romana era essencialmente pratica e ligada a obtenção de vantagens concretas e imediatas, onde os plebeus e escravos não tinham boas esperanças para o presente ou futuro.Esse foi os motivos para que o cristianismo fosse aceito dentro de Roma, pois o cristianismo por apresentar um carater etico e de piedade, foram bem aceito pelo os sacerdotes, pois trazia consigo a esperança é a para os bons, isto é para os cristãos, uma vida após a morte em um paraiso celestial e, para os maus e pagãos, o contrario uma vida eterna no inferno. Ou seja o cristianismo era uma forma para que para os escravos se torna forte mesmo que depois da morte, pois na verdade o desejo deles principalmente dos sacerdotes era ser forte.Nietzsche diz:

"Os juizos de valor das aristocracia de cavaleiros se baseiam numa vitalidade fisica poderosa, numa saude em plena forma, até mesmo transbordante, para o qual contribui a guerra, as anventuras, a caça, a dança, os jogos e, em geral tudo que implica uma atividade forte livre e alegre(...)Os sacerdotes são, e isto é sabido de todos, os inimigos mais malignos-por que? Por que são os mais desprovidos de poder. É essa impotencia que faz crescer neles um lado monstruozo, inquietante, até torna-lo supremente espiritual e supremente venenoso"

Os sacerdotes com seu odio de impotencia fizeram uma inversão dos valores morais. Disseram que o que é nobre na verdade é baixo, que o qué bom na verdade é mau e vice-versa. Esta é então, para Nietzsche, a moral dos escravos, que desejam para si o que é da nobreza e por não pode conseguir alcança-lo fazem um inversão de valores.

Nesta moral sacerdotal o que gera valores é o ressentimento. Enquanto a moral da nobreza é uma afirmação, cresce naturalmente e nela o mau é apenas uma criação derivada( o baixo, o infeliz), a moral dos escravos é uma negação da moral da nobreza , não tem nenhum espontaneidade, sua ação é essencialmente uma reação, e o que é ruim (ou seja , o que é nobre) é o impulso para a reação. O bom é o opsto do nobre apenas uma consequencia, um tipo de vingança imaginaria. Nietzsche diz, por o que deu origem ao cristianismo não foi o amor, como se diz, mas sim o odio.

E com relação a isso podemos ver o que acontecem em Roma quando o cristianismo é aceito como religião oficial, os cristões os "os bons" começam a queimar todos os templos do paganismo, onde existe escrito que em um deles havia pessoas dentro, e para se imaginar quanto quente era o fogo que as portas de bronze dos templos caiam se retorcendo e derretendo, eles vão todos para o ceu pois estavam fazendo a vontade do senhor.

Nietzsche critica duramente a psicologia cristã. Ele iz que os crstãos, por serm fracos e não serem capazes de mudar essa realidade, fizeram com que essa fraqueza fosse considerada mérito ou seja só os " miseraveis são bons , e ainda queles que sofrem , os necessitados, os enfermos, os doentes, os feios são tamben os unicos seres piedosos, os unicos abençoados por Deus, só para eles a bem-aventurança ? quanto aos outros, os nobres os poderosos, são por toda eternidade os maus, os crueis, os concuspitentes, os insaciaveis, os impios são por toda eternidade os malditos os condenados...".












































CONCLUSÃO


Para Nietzsche, os cristãos não são, em momentos algum inocentes ou enganados, pelo contrario, eles fingem que acreditam que a vida na terra é uma preparação para eternidade e jogam sua grandeza não para esta mas para outra vida. O que é forte agora, depois será fraco eternamente. Só sua fraqueza pode lhes dá uma recompensa divina e fazem uso dessa desculpa para justificar sua covarda. Eis a moral dos cristãos, dos doentes que negam a vida, onde o mau é cultuado e o bom, o que fortalece o prazer, é renegado.
O homem forte não vê o homem fraco como inimigo, mas o contrário ocorre. No entanto, a impotência em reagir contra o inimigo, fez a vingança tomar roupagem de virtude que cala, renuncia, espera e remete a vingança a Deus e a um reino imaginário, o Reino dos Céus. Isso também é fruto do instinto de autoconservação, auto-afirmação, é uma tentativa doente de exercício de poder.




























REFERENCIAS.


NITZSCHE. Friedrich Wilhelm. O Anticristo. Editora Ediouro.


NITZSCHE. Friedrich Wilhelm. A Geneologia da Moral. Editora Moraes.

http://www.direitonet.com.br/artigos/exibir/2932/Introducao-a-Filosofia-Moral-e-permeacoes-do-Direito-e-da-Etica