BOLETIM DO CAP

EDITORIAL

            Deu no JB. Deu no JB, a 25/11, que o Colégio de Aplicação mudou os critérios do seu concurso de seleção. Que certos pais de candidatos estavam indignados, com “medo” da queda do nível de ensino da escola. Deu no JB, em duas caprichadas colunas.

            Mas, não deu no JB. Não deu no JB, nem em duas nem em uma coluna, os argumentos que explicam e justificam a mudança dos critérios de seleção, tirando, sim, o colégio de sua condição artificial de “elite”, recolocando-o na sua trilha original da escola pública e experimental, ao dispor inclusive daqueles que não podem pagar “cursinhos” de fundo de quintal. Não deu no JB, sequer num parágrafo, o que representa para a educação deste Estado um colégio que verdadeiramente se comporte como unidade universitária – centro de pesquisas teóricas e metodológicas, pólo irradiador de reflexões críticas. Que pena; não deu no JB.

            Mas não faz mal – dá no Boletim do CAP. Dão-se bem, por aqui, as plataformas das 3 chapas que se submeteram à consulta ampla de professores, funcionários e alunos, para formação da lista tríplice encaminhada ao Centro Setorial e ao Reitor da Universidade. Dá-se bem, por aqui, a reportagem de Décio Rocha sobre os nossos amadurecidos processos eleitorais. Dão-se muito bem, neste espaço, os desejos do Departamento de Ensino Fundamental. E a professora Lourdes Metelli nos traz um texto forte, comentando o difícil esforço de repensar o horário integral, enquanto a professora Angeli Rose nos relata uma de suas experiências de sala.

            Como vimos, não deu no JB nada emocionante. Mas o Boletim do CAP se permite ficar emocionado. Assim sendo... Lena: até breve, e muito obrigado: por sua garra, por sua inteligência. Cristina: olá, bem vinda, e força: vai precisar. Vamos precisar.