Beleza não é tudo

Por MARIA APARECIDA DE FREITAS ROCHA VITPORIO | 29/10/2024 | Sociedade

Durante os anos 70, a beleza era tida como alvo de encantamento e felicidade. As pessoas queriam que todas as mulheres fossem belas e saudáveis e pobres das feias! Vinicius em um dos seus sonetos cantava: “me desculpe as feias, mas beleza é fundamental”. Para nós, as simples mortais que de beleza não fomos comtempladas, ficávamos à margem das escolhas de boas vagas, namoros e até casamentos. Ao longo dos anos, devido a massificação e a constatação de que há mais mulheres que homem na terra, as pessoas foram tomadas de uma grande conscientização que beleza não paga contas e que também não resolvem demandas, sejam elas quais forem. É claro que, se a pessoa fosse bonita e inteligente, se tornaria automaticamente, interessante. O conhecimento foi tomando o lugar do narcisismo. Graças a Deus! Que seria de mim, se beleza fosse tudo!

Neste século, aprender um ofício, ler bons livros, ter ideias originais, falar outros idiomas, tornou-se a grande marca de elevação dos seres. As mulheres ganhavam voz e vez. Não eram mais submissas ao patriarcalismo. “Podemos ser o que quisermos!”, esse era o grito de liberdade feminista. Mais mulheres na política, nos hospitais, nas direções de grandes empresas. Agora, podemos até falar de direitos iguais. Apesar que, ainda tem setores que valorizam o trabalho masculino quantificando com maiores salários. Mas, isso não importa, o efeito cinderela no mundo moderno estava dando lugar ao efeito “mulher maravilha”. Não dá para negar que foram anos de opressão e sofrimento, as mulheres nasciam para ser donas de casa e pronto. Agora, ela pode ser dona de casa e ainda gerenciar uma grande empresa.

O mundo ganhou cientistas, astronautas, medicas, empresárias, empreendedoras, O céu é o limite. Ainda há muito a se conquistar. Muitas fronteiras a conquistar, mas o mundo mudou e agora podemos respirar.

A beleza ainda é um fator de sorte aqui neste mundo, pois abre portas, mas a inteligência causa mais impacto.

Aprendemos a conviver com as pessoas do jeito que são, com suas capacidades de crescimento ou sua deficiência. Tem lugar para todos neste mundo. A globalização nasceu para trazer possibilidades, tem um espaço ainda a ser ocupado pelas pessoas que querem conquistar o mundo, seja elas belas ou não. O importante é que sejam capazes de transformar vidas e superar os medos e enfrentar as diversidades. Ainda temos tempo de construir um lugar melhor neste mundo para viver, com mulheres e homens trabalhando em pé de igualdade e recebendo igualmente pelas mesmas funções. O mundo precisa despertar para uma nova era. O primeiro passo já foi dado.

Sou Maria Aparecida e acredito em um mundo melhor, sem preconceitos ou rótulos.

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