Averróis Comentários a Respeito do seu grande Livro: Destruição da Destruição.

Averróis Comentários a Respeito do seu grande Livro: Destruição da Destruição.

Comentário inicial, Aristóteles ao perceber que Platão defendia a teoria que toda alma vinha de uma realidade perfeita e incorporava na  substância  Humana, fundamento que justificativa as diferenças entre os humanos.  Esse princípio desencadeou posteriormente na defesa da reencarnação.  

Aristóteles procurou destruir Platão, fundamentando que a Filosofia do mesmo é uma ilusão e para ridicularizar defende que o universo inteiro é composto de almas, o ser humano desenvolve uma alma com a sua realidade corpórea.

 O que denomina de intelecto, entretanto, a alma desenvolvida com a realidade humana esgota no desenvolvimento do fundamento em descrição, não existe uma realidade metafísica para onde vão as almas.

  O livro a Destruição da Destruição de Averróis é a destruição de Platão e Aristóteles para salvar o islamismo. Tomás de Aquino pega uma corona na grande obra de Averróis com objetivo de  fundamentar  o cristianismo.

Sem entender o fundamento do grande livro de Averróis, é impossível entender as teorias das grandes religiões, principalmente as duas principais, do mesmo modo as influências da teoria da reencarnação.

Averróis foi um filósofo árabe medieval, que desenvolveu um grande trabalho para Filosofia árabe e ocidental, ele sistematizou tudo que os árabes haviam conseguido da cultura grega.  Esse trabalho foi com certeza seu grande mérito.

Mas o seu principal trabalho refere especificamente a respeito dos comentários que Averróis realizou a respeito da produção filosófica e científica elaborada por Aristóteles.

 Ele foi sem dúvida o grande tradutor de Aristóteles e colocou o mesmo a disposição do mundo acadêmico do seu tempo, possibilitando grande contribuição ao islamismo e ao cristianismo.

Esse magnífico trabalho exerceu exuberante influência no período medieval, sobretudo na utilização da Filosofia como instrumento da Teologia realizada por Tomás de Aquino.

O grande livro de Averróis, Destruição da Destruição, cujo fundamento foi à tentativa de reabilitação da razão diante naturalmente da racionalidade desenvolvida até então pelos mulçumanos.

Averróis influenciado por Aristóteles sustentava o seguinte princípio, o ser humano possui uma única razão, o que denomina de intelecto, o mesmo era entendido como única alma. Portanto, as diversidades das almas do mundo helênico eram todas mortais.

Cada alma existe na particularidade da individualidade de uma pessoa. Aristóteles que desejava refutar as ideias de Platão defendia na sua Filosofia, que toda alma era o resultado da realidade corpórea e que não vinha de um lugar externo, incorporação de outro mundo, como principio da reencarnação, o que era defendido por Platão por influência de Pitágoras.    

Com efeito, para Aristóteles a alma só tem continuidade com a sua realidade corpórea. Averróis defendeu esse princípio, modificando como fundamento para sua religião, isso significa que o homem ao morrer ele ressuscita, recuperando de certo modo o corpo, teoria que nunca foi defendida por Aristóteles.

Essa ideia foi mais tarde tomada por Tomás de Aquino, na formulação da Filosofia como fundamento da Teologia Escolástica, naturalmente superando a Patrística, elaboração de Agostino na utilização da Filosofia de Platão, na compreensão da alma como realidade não corpórea.

Em outros aspectos Tomás de Aquino procurou refutar as ideias de Averróis e seus discípulos, considerando uma Filosofia materialista, o que de fato era em consideração ao desenvolvimento de Aristóteles.

 Pois o mesmo defendia na sua  teoria, a alma sendo uma realidade apenas corpórea, como princípio do fundamento racional, não poderia após a morte fazer parte do mundo  metafísico.

Aristóteles para ridicularizar a figura de Platão, sendo que o mesmo achava o referido como um homem de delírio defendeu a tese, que o universo inteiro tinha alma, cada objeto em particular, entretanto essa alma desapareceria com o fim do objeto em consideração.

Com efeito, essa ideia de Aristóteles atingiu o pensamento de Averróis, motivo pelo qual sua  Filosofia defendia certo panteísmo da natureza, a respeito o conceito da alma, o que Tomás considerava uma aberração.

Nesse aspecto a contestação da Filosofia de Tomás  de Aquino e particularmente a Escolástica, mas aproveitou o aspecto da alma individualizada a realidade corpórea, portanto a nova ideologia metafísica como fundamento do cristianismo.

 Não é apenas a alma humana que se salva, mas  o corpo todo, um novo homem com uma nova realidade espiritual, justificava desse modo a Teologia da morte.

Quanto a Averróis ele fez um grande esforço em harmonizar Aristóteles com a fé  mulçumana  que de certa forma aconteceu, não deixando prevalecer os princípios filosóficos de Platão como fundamento para ressurreição, caso contrariamente, teria que defender também os fundamentos da reencarnação.

Edjar Dias de Vasconcelos.