AVALIAÇÕES (INTERNA E EXTERNA) ENQUANTO INSTRUMENTOS PARA O DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL DAS INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR
Por Jedida Melo | 15/05/2018 | EducaçãoEdnayran Pereira dos Santos Lira¹
Lauriluci Farias Lopes de Albuquerque¹
Marcelle de Barros e Silva Torres¹
Márcia Andréa Albuquerque Santos de Mendonça¹
Nacione Santana Diniz Gomes¹
Prof.ª Dra. Jedida Melo²
INTRODUÇÃO
A qualidade do ensino ofertado nas Instituições de Ensino Superior (IES) foi impulsionada com os processos avaliativos introduzidos a partir da Lei 10.861/2004 que instituiu o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (SINAES). Assim, as IES devem estabelecer processos avaliativos internos e se submeterem às avaliações externas, incorporando os resultados ao Planejamento Estratégico e aoPlano de Desenvolvimento Institucional (PDI), com a finalidade de melhoria da qualidade dos processos de ensino, pesquisa e extensão da comunidade universitária. Neste contexto, a IES não apenas atenderá ao que determina a legislação, mas estará exercendo o seu papel na formação acadêmica e na responsabilidade social, com egressos de profissionais qualificados às demandas esperadas.
DESENVOLVIMENTO
O planejamento das ações educacionais nas IES vem em processo de construção ao longo dos anos e, está intrinsecamente ligado a efetivação de acompanhamento sistemático da implementação das mesmas. Assim, oSINAES para o processo de avaliação da IES reúne instrumentos avaliativos como a Avaliação Institucional, a Avaliação Externa, o Exame Nacional de Desenvolvimento dos Estudantes (ENADE), Avaliação dos Cursos de Graduação e os Instrumentos de Informação (senso e cadastro). Os resultados desses processos avaliativos permitem a construção de políticas que visem à melhoria do desenvolvimento institucional para a efetividade acadêmica e social.
A Avaliação Institucional não apenas visa à melhoria da qualidade do ensino, mas também orienta a expansão de sua oferta, firmando a valorização de missão da IES, com o respeito às diferenças e a autonomia universitária de forma democrática na afirmação de sua identidade institucional e social. Assim, a mesma é composta pela a Autoavaliação e a Avaliação Externa. Na Autoavaliação, todos os atores (gestores, docentes, discentes, técnico-administrativos, colaboradores e egressos) devem ser envolvidos respondendo questionário elaborado de acordo com as 10 dimensões, discriminadas nos 05 eixos (Planejamento e Avaliação; Desenvolvimento Institucional; Políticas Acadêmicas e Estrutura Física) do instrumento de avaliação externa e, ainda, as dimensões: organização didático-pedagógica, corpo docente e instalações físicas devem ser considerados.
Os processos de avaliação interna e externa enquanto instrumentos das ações acadêmicas, administrativas e de gestão devem subsidiar com coerência o planejamento estratégico da IES. Este,considerando as necessidades,visa potencializar as fortalezas e minimizar as fragilidadesna priorizaçãodas ações a serem realizadas no Plano de Desenvolvimento Institucional.
Na Avaliação Externa, são destacados indicadores referentes ao Projeto Pedagógico, Recursos Humanos, Infraestrutura e Gestão que irão mensurar se a IES responde adequadamente a itens que configurem a qualidade do serviço prestado a população acadêmica e à sociedade dentro de três dimensões:Global que respondam ao contido na Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), na Constituição Federal e no Plano Nacional de Educação quanto as demandas sociais e científicas; Específica que contemplem princípios e diretrizes preconizados no Plano Nacional de Graduação; Particular que delimita a IES dento do seu contexto regional, relatando sua história e compromissos estabelecidos com a comunidade.
A IES deverá constituir Comissão Própria de Avaliação (CPA) que deverá articular com as Pró-Reitorias e coordenadores de curso a elaboração do instrumento da autoavaliação institucional, elaborando o relatório e realizando reuniões devolutivas para a comunidade acadêmica e, junto ao Planejamento propor ações que melhorem a qualidade do ensino- pesquisa-extensão e na gestão, na consolidação de uma cultura avaliativa fundamental para o cumprimento da missão, objetivos e metas institucionais.
CONCLUSÃO
A avaliação institucional enquanto instrumento de gestão é imprescindível no fortalecimento da IES, devendo ser sistemática, permanente, contínua, articulada e integrada com os diversos atores da comunidade acadêmica. A sensibilização na adesão dos processos avaliativos, principalmente a autoavaliação institucional, deve ser perene conferindo significado e significância dentro do ambiente institucional no acompanhamento permanente e na busca da melhoria da educação superior, propiciando mudanças contínuas em prol da sociedade e da comunidade acadêmica para a melhor oferta da qualidade do ensino e de vida.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
NUNES, E.B. L. L. P. et. al., Planejamento e Avaliação Institucional: um indicador do instrumento de avaliação do SINAES.2017, vol.22, n.2, pp.373-384. ISSN 1414-4077. http://dx.doi.org/10.1590/s1414-40772017000200006.
¹ Mestrandas em Ciências da Educação com Ênfase em Saúde – FICS
² Doutora em Educação – FICS