Avaliação x Não Avaliação
Por ROSANIA SOARES CARMINATI | 11/11/2008 | EducaçãoCom todas as mudanças no processo educativo, especificamente a escola, os cuidados especiais devem ser dirigidos também à avaliação, mas o mesmo não ocorre. Avaliar tem o significado de "cobrar fórmulas, conceitos e definições já prontos" vistos em sala de aula e repetidos exaustivamente em exercícios para casa. O aluno só recebe o conceito ótimo, quando for capaz de repetir o que foi passado durante o período de "aprendizagem" e sem saber, na maioria das vezes para que sirvam tais conceitos.
Questão que recebe prontas, as memoriza não tendo se quer o tempo de questioná-las e debatê-las em sala de aula. Passa-se uma semana, o aluno nem lembra daquilo que teve que decorar. Que ensino é este? Que se preocupa simplesmente em terminar o programa, quando na maioria das vezes não conta com a elaboração e intervenção do professor? A maioria dos professores acaba recebendo tudo pronto inclusive os métodos de avaliar, deixando-o radiante sem poder refletir sobre o aluno e seu trabalho. Esquecendo-se que através deste tipo de avaliação não permite ao aluno desenvolver seu senso-crítico e crescimento como indivíduo. As ditas "provas" feitas tem por objetivo avaliar o rendimento do aluno, não desenvolve a capacidade de desenvolvimento, não facilita em nada o surgimento de homens preocupados com seu país e humanidade como um todo.
É necessário mudanças na educação, que os professores tenham consciência que a escola unida tem força para transformar. Sabemos que não é tarefa para uma só pessoa e sim trabalho coletivo e em longo prazo.
A maior resistência na mudança está na própria classe do magistério, pois quantas modificações nos foram colocadas e não tiveram resultados algum? As mudanças devem acontecer isto está bem claro. Não ficar só no papel, mas no dia-a-dia da sala de aula, promovendo a melhoria na qualidade de ensino para que o aluno possa ser promovido à série seguinte pelos seus próprios méritos.
Quando a avaliação servir para mostrar novos rumos ao professor e ao ensino, orientando-os na formação de um indivíduo ativo e participante, dando-lhe capacidade e conhecimento para argumentar e questionar a sociedade que os cerca, só assim, a escola terá cumprido seu papel de disseminadora do saber e conseqüentemente democratizando o poder.