Avaliação, um novo olhar.
Por Michele Nascimento | 01/10/2012 | EducaçãoA avaliação ainda é vista como a prova do saber adquirido e geralmente aplicada em um momento final como sentença arbitrária. Isso por muitas vezes não questionarmos o real significado da ação. Afirmo que a concepção que eu carregava de avaliação, era tão desconfortante pelo simples fato de não perceber e conhecer sua real importância para o desenvolvimento do aluno. Hoje tenho uma nova concepção, a de aperfeiçoamento.
Confiar que o aluno é capaz de criar suas próprias verdades, oportunizando crescimento a todos como: alunos, professores e sociedade é abrir caminhos para uma nova visão de avaliação.
Com essa interatividade existe a possibilidade de mudanças nos processos de acordo com a necessidade de cada escola ou aluno sempre em busca do resultado que valorize o empenho do profissional em ensinar e o desempenho do aluno em aprender. É a oportunidade de trabalhar a diversidade de saberes para elaborar estratégias que desperte interesse no grupo aplicando uma avaliação plena onde tudo passa a ser parte da avaliação tirando o foco da temível prova final.
Não basta saber ler ou escrever é necessário entender o que se escreve e diante de cargas de provas os alunos não buscam aprender, estudam apenas para a prova e quando entregam ao professor não sabem mais sobre o conteúdo, é como se não houvesse uma preparação e sim uma programação robótica com uma única intenção medir a capacidade.
Avaliar a aprendizagem pode gerar desconforto, pois não só os alunos são avaliados.
Muitas escolas praticam os exames desqualificando e desestimulando o aluno quando um professor desafiador, provocativo e estimulador a intervenções constante, valoriza, incentiva e cria oportunidades de participação no processo de ensino. Todo esse movimento permite uma ação avaliativa, onde todos do meio passam a ser colaboradores. Não é suficiente apresentar uma prova com bons resultados é necessário haver uma reflexão do que foi proposto.
Precisamos sair da zona de conforto levar nossos alunos a reflexão e desenvolvimento e não apenas acreditar que um papel possa separar os qualificados dos não qualificados, ou programar homens e mulheres conquistadores de certificados e destituídos de conhecimento.
Michele Nascimento