Avaliação, prática e aprendizagem

Por Elizabeth de Jesus Santana | 23/02/2012 | Educação

Avaliação, prática e aprendizagem

 

                Muitas são as práticas avaliativas presentes no nosso sistema educacional e essas são concebidas de diferentes teorias e concepções pedagógicas. Dentro dessa perspectiva, as práticas avaliativas tendem a provir de diversas vivências e modos de crenças e princípios.

                 A todo momento, nós educadores estamos frente às muitas mudanças, ora defendendo uma teoria, ora excluindo outras. O que nos permite dizer que, o modo de avaliar vive sob constantes transformações e ao longo dos tempos, vem se adequando às concepções pedagógicas e correntes teóricas que mais convêm ao momento socioeconômico, cultural e político em que se encontra não só a educação como o país.

                Ao discutirmos sobre as formas de avaliar, estamos colocando em reflexão a validez do processo ensino aprendizagem, pois a partir de uma boa avaliação, podemos considerar se foi ou não relevante o aprendizado e se esse é ou não transitório. Há muitas formas de elaborar instrumentos e aqui é importante ressaltar que seus resultados não podem ser definitivos. Afinal, cada aluno tem sua forma de aprender e ser avaliado. Temos muitos tipos de avaliação, são eles, trabalho escrito e oral, provas e testes, questionários, memorial, portfólio, relatórios, projetos, interpretações, enfim, variadas formas que podem e devem ser utilizadas com frequência. A forma de pesquisa também é outro referencial para uma boa prática de aprendizagem e consequentemente, uma avaliação satisfatória.

                É de suma importância considerar que a diferenciação dos tipos de avaliação, pois essa pode provocar no educando uma possível mudança, e acredito que para melhor. É sabido que o tradicionalismo teve lá suas contribuições, mesmo que pequenas mais significantes. Porém, devemos levar em conta que é necessário revigorar a forma de avaliar. Contudo, assim como na aprendizagem, a maneira de avaliar precisa atingir objetivos concretos e relevantes, ou ficaremos à margem da avaliação sem sucesso. Quando bem planejados, construídos e trabalhados, os tipos de avaliação só tendem a ajudar no desenvolvimento do educando, pois, a prática variada de exercícios só contribui para o crescimento do educando.

                Se pensamos em uma boa construção das avaliações, pensamos em sua aplicação de forma clara, esclarecedora, contextualizada e objetiva. Os parâmetros vão desde a linguagem precisa a um conteúdo significativo, coerente, com propósitos e visando o bom raciocínio. De nada adianta avaliar por avaliar, é imprescindível alcançar horizontes (quando se fala em horizontes, não são apenas números, mas, uma aprendizagem significativa e duradora). Embora, nossa história tende a transpor outras atitudes, passamos a vida toda desenvolvendo avaliações classificatórias, seletivas e muitas vezes, excludentes. Isso, partindo do princípio que só nos damos conta da necessidade da avaliação formativa. O que se pretende aqui é buscar alternativas de mudança, mas uma mudança satisfatória e compensadora; buscar uma prática de avaliar melhor, não só para o bem do educando, mas também do educador, pois esse último, com certeza, ganhará muito com uma aprendizagem mais firme e significativa de seus alunos.