AVALIAÇÃO E GERENCIAMENTO DO RISCO OPERACIONAL NO BRASIL: ANÁLISE DE CASO DE UMA INSTITUIÇÃO FINANCEIRA DE GRANDE PORTE

Por VANESSA FIORAVANTE | 27/10/2017 | Resumos

Este artigo foi escrito por Adriana Trapp mestre em controladoria e contabilidade e Luiz Corrar Professor Doutor do Dpto. de Contabilidade e Atuária da Fea com o objetivo de verificar quanto a forma de gerenciamento dos riscos das instituiçoes financeiras de grande porte, analisando sua forma de avaliaçao e medidas adotadas.

Em razao da grande variaçao da  taxa de juros, cambio e expansao das ativiades do sistema financeiro, sugiu a necessidade da criaçao de estrategias para estabilizar o mercado financeiro e assim oferecer maior segurança a seus clientes e possiveis investidores.  Deste modo, surgiu o Acordo de Basileia, buscando a padronizaçao internacional da supervisao bancária. Esta inserida com o intuito de fortalecer a saúde e estabilidade do sistema bancário internacional. Por haver uma grande lista de riscos como: variação de taxa de juros, risco de mercado, risco de crédito, risco de operações fora do balanço, risco de câmbio, risco soberano, risco de liquidez, entre outros, foi se aperfeicoando ao longo do tempo.

Os autores apontam que além dos riscos citados acima os bancos possuen dois tipos de riscos: os de intermediação financeira e os riscos operacionais.

Para desenvolver este atirgo os autores utilizaram um estudo de caso baseando-se em documentos (memorandos, agendas, atas de reuniões, relatórios, planilhas, tabelas, lista de cargos e funções e sistemas de informática),  entrevistas de funcionarios (diretor, gerentes e analistas).

A Instituiçao estudada implantou em 2003 diretoria  propria para o gerenciamento dos riscos, juntamente com o risco operacional, sendo esta responsavel  pela Controladoria da instituição, constituída pelas atividades de gestão contábil fi nanceira e gerencial, gestão fiscal e societária, gestão de riscos, controle de mesas financeiras, gestão de supervisão externa e apoio às aquisições.

Quanto ao controle de risco operacional a instituiçao divide-se em duas superitendencias:

I. Superintendência de Riscos Corporativos. Responsável por modelar, mensurar e controlar a exposição aos riscos operacionais.

II. Superintendência de Coordenação de Controles Internos e Compliance (Corporat Compliance). Responsável por:  – Defi nir e implementar métodos e processos para disseminação de cultura de controle para riscos operacionais; Administrar banco de dados com ocorrências de risco operacional e fornecer treinamento e suporte à sua utilização;  Definir e implementar técnicas e sistemas para o suporte à defi nição de modelos de alocação de capital para risco operacional.

A partir dos dados contabeis, ocorrencias e informaçoes historicas é realizada a curva s curvas de freqüência e curvas de  severidade para as ocorrências, assim, elaborando o uso do método de Distribuição de Perdas. Assim  a instituiçao consegue obter plena avaliaçao das atividades que já estao concluidas e as que ainda estao em desenvolvimento. A instituiçao entende que a partir da compreensão de sua situação de risco, consegue aperfeiçoar suas tecnicas para deste modo conquistar melhor posicao no mercado financeiro.

Por fim os autores concluiram que os riscos operacionais ainda sao pouco avaliados pelas instuiçoes financeiras, inclusive por sua dificuldade pela grande variedade de eventos possiveis de ocorrer tal risco. Mas nos ultimos anos veem se mostrando cada vez mais necessaria sua prevençao e mitigaçao.

Apesar de a basileia ter sido criada com a finalidade de mensurar e mitigar os riscos  dentro das instituiçoes financeiras, no que se trata de risco operacional ainda deixa a desejar, até mesmo porque cada caso é um caso em seu singular, nao podendo ser  adequado o mesmo padrao a todos.