Avaliação: dos processos de aprendizagem à excelência das práticas pedagógicas, um desafio para a educação.

Por FRANCISCA NADIA SILVEIRA | 19/09/2017 | Educação

Resumo

Este artigo tem tema Avaliação: dos processos de aprendizagem à excelência das práticas pedagógicas, um desafio para a educação. E tem como  objetivo geral apresentar através de uma analise bibliográfica as problemáticas que envolvem a avaliação, analisando os diversos conceitos, as consequências de sua prática e discutir alguns desafios e perspectivas para um novo repensar dos processos avaliativos. Como objetivo especifico num primeiro momento, analisar os diversos conceitos de avaliação apresentando o reflexo político social no ato de avaliar; num segundo momento, destacar algumas perspectivas que podem e devem ser consideradas na ação avaliativa da escola para uma real mudança. De acordo com a análise, constata-se que esforços têm sido feitos para a superação da avaliação homogeneizadora em detrimento de uma avaliação diagnósticamas, ainda há muito a se fazer para que haja uma real transformação. A metodologia utilizada foi um pesquisa bibliográfica que teve como referenciais teóricos os seguintes autores CANEN 2009, HOFFMANN 1995, 2007, LUCKESI 2009,  PERRENOUD 1999, LIBANÊO 1994. Conclui-se com a pesquisa que necessidade de pensar a avaliação a partir de uma nova perspectiva de controle da aprendizagem, não extinguindo a avaliação classificatória mais utilizar-se de práticas de ensino mais abertas, ativas, individualizadas, abrindo mais espaço à descoberta, à pesquisa, aos projetos, valorizando mais, como aprender a aprender, a criar, a imaginar, a comunicar‐se favorecendo o crescimento e a evolução do aluno, quebrando as amarras das notas no fim do processo.

 

RESUMEN

Este artículo tiene tema Evaluación: de los procesos de aprendizaje a la excelencia de las prácticas pedagógicas, un desafío para la educación. Y tiene como objetivo general presentar a través de un análisis bibliográfico las problemáticas que envuelven la evaluación, analizando los diversos conceptos, las consecuencias de su práctica y discutir algunos desafíos y perspectivas para un nuevo repensar de los procesos de evaluación. Como objetivo específico en un primer momento, analizar los diversos conceptos de evaluación presentando el reflejo político social en el acto de evaluar; en un segundo momento, destacar algunas perspectivas que pueden y deben ser consideradas en la acción de evaluación de la escuela para un verdadero cambio. De acuerdo con el análisis, se constata que se han realizado esfuerzos para superar la evaluación homogeneizadora en detrimento de una evaluación diagnóstica, todavía hay mucho que hacer para que haya una verdadera transformación. La metodología utilizada fue una investigación bibliográfica que tuvo como referenciales teóricos los siguientes autores CANEN 2009, HOFFMANN 1995, 2007, LUCKESI 2009, PERRENOUD 1999, LIBANÊO 1994. Se concluye con la investigación que necesidad de pensar la evaluación a partir de una nueva perspectiva de control del aprendizaje, no extinguiendo la evaluación clasificatoria más utilizar de prácticas de enseñanza más abiertas, activas, individualizadas, abriendo más espacio al descubrimiento, a la investigación, a los proyectos, valorizando más, cómo aprender a aprender, a crear, a imaginar, a imaginar , a comunicarse favoreciendo el crecimiento y la evolución del alumno, rompiendo las amarras de las notas al final del proceso.

 

INTRODUÇÃO

 

Existem várias formas de se entender as práticas de avaliação escolar, pois essas estão diretamente ligadas ao papel que a entidade escolar cumpre na sociedade, as concepções de ensino e aprendizagem, o papel do professor e do aluno e até mesmo o sistema de ensino dentro desse processo.

Segundo  avaliação faz parte do processo de ensino aprendizagem é uma prática pedagógica aplicada pelo docente para acompanhar o desenvolvimento do aluno. Por intermédio da avaliação é possível detectar os processos e as dificuldades, parte fundamental para a orientação do trabalho docente.

Segundo, Philippe Perrenoud (1999) a prática da avaliação da aprendizagem não só classificam os alunos na sala de aula como, também, possuem um efeito social muito mais definido: a avaliação cria as hierarquias sociais que consolidam a sociedade atual. Por isso, ele diz que: “avaliar é também privilegiar um modo de estar em aula e no mundo, valorizar formas e normas de excelência, definir um aluno modelo, aplicado e dócil para uns, imaginativo e autônomo para outros”. (PERRENOUD, 1999, p. 09).

Para Hoffmann (2007), a avaliação tradicional, é compreendida simplesmente como uma decisão de enunciar dados a promoção e retenção de aluno. Assim sendo, não se deve ver a avaliação como uma atividade de mera aplicação de provas no intuito de aplicar notas, mas como um processo para refletir o desenvolvimento do aluno, do professor e da escola.

Segundo Canen (2009), a avaliação é fundamental para a melhoria do ensino e o desenvolvimento da escola como um todo. Ver a escola como excelência, ou seja, como seleção, classificação, controle é diminuir o papel da avalição dentro dos processos pedagógicos. Para Hoffmann(2007 p.15) “a avaliação é essencial à educação. Inerente e indissociável enquanto concebida como problematização, questionamento, reflexão sobre a ação.” Isso significa compreender a avalição como parte de todo o processo educativo é vê-la como elemento de fundamental importância no desenvolvimento da escola.

Perrenoud (1999) dá ênfase a origem da avaliação escolar nos Século XVII e XIX Com a obrigatoriedade escolar a avaliação torna-se indissociável do ensino de massa. As regras que orientam as práticas educativas firmam a divisão de classes na sociedade e justificam a hierarquia social.

 A avaliação fundamenta-se na visão de vários autores, nos quais, estes evidenciam as mais diversas concepções e significados sobre o ato de avaliar  assim será dado destaque as avalições  formativa, somativa e a diagnostica. Essas modalidades da avalição nos permitem refletir que tipo de aluno quer formar? Que tipo de sociedade quer servir? Dai a importância do estudo para identificar, como se aplicar uma avalição que não seja baseada somente em resultados finais, mais voltada para o sucesso do aluno?

O presente estudo conceitua e define o processo da avaliação apresentando a exclusão social como consequência de práticas de hierarquia na avaliação e propõe uma avaliação que englobe todas as dimensões da aprendizagem envolvendo sentimentos, autoestima, filosofia de vida e posicionamento político.

 

O CONCEITO DE AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM E SUAS IMPLIAÇÕES NO CONTEXTO SOCIAL

 

Existe uma grande quantidade de conceitos sobre Avaliação Escolar. Dentre os autores que se dedicam a discutir este tema podem-se perceber as implicações que cada um destes conceitos tem na prática pedagógica e no contexto da sala de aula.

“Avaliação é uma tarefa didática necessária e permanente do trabalho docente, que deve acompanha, passo a passo o processo de ensino e aprendizagem. Através dela os resultados que vão sendo obtidos no decorrer do trabalho conjunto do professor e dos alunos são comparados com os objetivos propostos a fim de constatar progressos, dificuldades e reorientar o trabalho para as correções necessárias”. (Libâneo,1994.195)

Compreender que a avalição é um processo permanente, onde os resultados obtidos decorrente do trabalho professor-aluno e que serve para reorientar o processo de ensino e aprendizagem, significa considerar a avaliação fundamental nesse processo. A avalição pautada na aprendizagem real, segundo Luckesi é:[...] “um juízo de qualidade sobre dados relevantes, tendo em vista uma tomada de decisão”(Luckesi, 2009,p.69).

Para Luckesi(2009), o professor determina um padrão ideal, tendo em mãos os resultados da aprendizagem, podendo compará-los com a expectativa de resultado e atribuir qualidade de satisfatório ou insatisfatório. É fundamental estabelecer um padrão mínimo de aprendizagem para que a avalição se defina com clareza só assim se garante uma real aprendizagem. O“juízo de qualidade” é nesse processo a aprendizagem apresentada pelos alunos através das condutas aprendidas que pode sinalizar se tal aprendizagem foi satisfatória ou não, de acordo com o objetivo proposto pelo professor.O último ponto a avaliar é a toma de decisão que por sua vez nada mais é que o posicionamento do professor diante do que fazer com o aluno quando sua aprendizagem se manifesta satisfatória ou não. O autor afirma que a tomada de decisão é fator determinante para a conclusão do clico de aprendizagem construtivo. Luckesi(2009),

Percebe-se que avaliar não é meramente atribuir notas, aprovar, reprovar, classificar, mas sim uma postura pedagógica de um educador diante dos resultados obtidos por seus alunos para uma tomada de decisão transformadora, tanto para desenvolvimento do aluno como para uma reflexão de sua própria postura pedagógica.

Para Canen (2009), a avaliação pode se dar de duas maneiras: uma onde a avaliação pode se basear em critérios limitados somente à memorização e repetição de conteúdos ou avaliando a aprendizagem pessoal do aluno considerando atitudes, consciência critica, liderança, etc. Com isso conclui a autora que a educação não é neutra, pois ela envolve escolhas, crenças, valores, opiniões, ideologias, posições políticas que representam critérios a qual uma realidade será julgada.

No ambiente da educação é comum confundir avaliação com resultado obtido pelos alunos de aprovados ou reprovados, ou seja, classificação, punição e exclusão(CANEN,2009;HOFFMANN,2007;LUKCKESI,2007). Desta forma é fácil compreender porque é tão comum a associação das palavras fazer provas, atribuir notas, somar, passar de ano, ser reprovado com avaliar. Estas associações fazem parte de uma visão tradicional dominante dentro do contexto educacional que ainda hoje estar presente nas práticas das avaliações que se resume em medir a quantidade de informações absorvidas, assumindo como consequência, um caráter competitivo e seletivo.

Hoffmann (2007) afirma sobre esse assunto que:

É necessária a tomada de consciência dessas influências para que a nossa prática avaliativa não reproduza, inconscientemente, a arbitrariedade e o autoritarismo que contestaram pelo discurso. Temos que desvelar contradições e equívocos teóricos desta prática, construindo um “ressignificado” para a avaliação e desmistificando-a de fantasmas de um passado ainda muito em voga.

Percebe-se, que a Lei de Diretrizes e Base da Educação (LDB 9394/96) vem possibilitar novos olhares sobre os princípios de avaliar como parte do processo de ensino-aprendizagem, o que é confirmado em seu Art. 24, inciso V-a no que diz respeito à avaliação:

[...] a) avaliação contínua e cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre os de eventuais provas finais;

O primeiro ponto que se pode observar é que a avalição deixa de ser tratada somente de forma quantitativa, assim perdendo a característica de classificar e selecionar. Fundamenta-se nos processos de aprendizagem, em seus aspectos cognitivos, afetivos e relacionais e em aprendizagens significativas e funcionais que se aplicam em diversos contextos e se atualizam o quanto for preciso para que se continue a aprender podendo perceber com isso a flexibilidade para adequar a avaliação a real aprendizagem.

De uma maneira geral na prática das comunidades escolares, verifica-se que ainda existe uma forte resistência na mudança do processo de avaliação, apesar da LDB determinar mudanças, ainda convergem para a centralidade da concepção classificatóriaapesar dos discursos dos professores simularem, muitas vezes, tendências inovadoras. Estamos longe de alcançarmos todas essas teorias sobre avaliação que encontramos descritas nas leis e no sistema de ensino como um todo, a avaliação encontrada nas escolas é a classificatória que visa a atribuição de notas e certificados e presta-se a comparação de resultados obtidos com diferentes alunos, materiais e métodos de ensino.

O que se pode contatar diante os vários conceitos de avaliação é que ela reflete uma visão de educação onde a postura filosófica adotada pelo professor reflete na sua prática.

Um último aspecto que precisa ser superado na prática escolar,é a relação professor-aluno. Esta relação precisa permitir um papel reflexivo nas práticas escolares, pois intervém diretamente na avaliação da aprendizagem. Criar um cenáriopropício, a aprendizagem depende da disposição do professor em aceitar as contribuições dos alunos, e, ainda, de favorecer o respeito do grupo no sentido de assegurar a participação de todos os alunos.

 

Nessa perspectiva, a avaliação representa para Hoffmann (1995, p. 148):

Entendo que a avaliação, enquanto relação dialógica, vai conceber o conhecimento como apropriação do saber pelo aluno e pelo professor, como ação-reflexão-ação que se passa na sala de aula em direção a um saber aprimorado, enriquecido, carregados de significados, de compreensão. Dessa forma a avaliação passa a exigir do professor uma relação epistemológica com o aluno. Uma conexão entendida como uma reflexão aprofundada sobre as formas como se dá a compreensão do educando sobre o objeto do conhecimento.

Desta maneira, a avaliação da aprendizagem não pode ser desvinculada do processo ensino‐aprendizagem desenvolvida pelo professor, da realidade específica dos colaboradores da escola, dos aspectos políticos e culturais, pois “ela envolve sentimentos, autoestima, filosofia de vida, posicionamento político” (CANEN, 2009).

 

Diante das analise até aqui apresentadas, percebe-se que os autores se deparam com uma confusão teórica do conceito de avaliação a qual as escolas adotam: pensam uma avaliação formativa, plural e diversificada e aplicam uma avalição classificatória e excludente.

 

Perrenoud(1999), apresenta uma lógica da avaliação a serviço da aprendizagem, conhecida como emergente, trata-se da avalição formativa que caracteriza-se pela regulação continua da aprendizagem, levando sempre em conta onde o aluno se encontra em seu processo de aprendizagem em termos de conteúdos e habilidades.Tornando-se a avaliação um componente fundamental no processo de ensino-aprendizagem. Desta forma, a avalição formativa:

[...] soltando as amarras da avaliação tradicional, facilita‐se a transformação das práticas de ensino em pedagogias mais abertas, ativas, individualizadas, abrindo mais espaço à descoberta, à pesquisa, aos projetos, honrando mais os objetivos de alto nível, tais como aprender a aprender, a criar, a imaginar, a comunicar‐se (PERRENOUD,1999, p.66).

De acordo com os estudos apresentados, propõe-se um repensar sobre os processos avaliativos, dentro de uma perspectiva que valorize a diversidade cultural dos alunos e das instituições escolares. Para que se obtenha sucesso neste novo pensar é necessária construção de práticas que valorizem esta diversidade, e se comprometam com o sucesso escolar e com a aprendizagem significativa.

 

REPENSANDO A AVALIAÇÃO ESCOLAR

 

Diante dos estudos expostos pelas ideias de Perrenoud (1999) e Canen (2009) em relação aos estudos teóricos sobre avaliação pode se destacar a importância das abordagens para repensar a avalição a partir da convergência de ideias e reconhecer os obstáculos na prática pedagógica que limitam a adoção das mudanças.

Segundo Canen(2009), a avaliação somativa é vista como excludente devido as características dos instrumentos utilizados por ela para verificar resultados do desenvolvimento do discente ao final do processo de ensino e aprendizagem. Já a avalição diagnóstica formativa esta voltada para qualidade da aprendizagem, onde a avalição é trabalhada durante todo o processo.

A avaliação somativa pode ser trabalhada dentro de um contexto de acompanhamento processual e diagnostico levando em consideração a pluralidade de avaliaçõese não simplesmente aplicar uma prova ao final do processo.

Segundo Perrenoud(1999), para existir uma real mudança nas práticas pedagógicas e torna-las menos seletivas seria necessário mudar a escola, pois o autor afirma que a avalição esta no centro de dois sistemas: o de didática e o de ensino. Para Perrenoud, existir uma barreira que impede a transformação das práticas pedagógicas e essa está na avaliação tradicional. Afirmando assim que:

[...] soltando as amarras da avaliação tradicional, facilita‐seatransformação das práticas de ensino em pedagogias mais abertas,ativas, individualizadas, abrindo mais espaço à descoberta, à pesquisa,aos projetos, honrando mais os objetivos de alto nível, tais comoaprender a aprender, a criar, a imaginar, a comunicar‐se (PERRENOUD,1999, p.66).

Perrenoud(1999) ressalta ainda que os métodos avaliativos aplicados atualmente nas escolas são empecilhos para a inovação pedagógica citando alguns itens que colaboram para tal fato: Os alunos estudam somente para obtenção de nota; o professor nesse processo é quem detém o conhecimento o aluno tem o dever de aprender e tirar boas notas; o conhecimento e o ensino são fragmentados dificultado a compreensão das competências como: raciocínio e comunicação,processos difíceis de detectar através de exercícios individuais e provas. Segundo o autor, os mecanismos utilizados pela avaliação tradicional “[...] são freios que devem ser considerados em uma estratégia de mudança nas práticas pedagógicas” (PERRENOUD, 1999, p. 67).

 

O autor supracitado reconhece a dificuldade para uma real transformação das práticas pedagógicas da escola, pois ainda hoje a avaliação é trabalhada pelos professores como um mecanismo de controle da gestão de sala de aula, da disciplina do aluno em sala de aula, da autoridade do professor, etc. Estes são alguns dos motivos que fazem com que os professores tenham resistência a mudanças. (PERRENOUD, 1999, p. 67).

 

A avaliação formativa dá maior importância à regulação da aprendizagem e menor importância a classificação, ou seja, busca por pedagogias diferenciadas e novosmétodos de ensino.

 

Para Perrenoud (1999) a autorregulação da aprendizagem está nas “[...] capacidades do sujeito para gerir ele próprio seus projetos, seus progressos, suas estratégias diante das tarefas e dos obstáculos” (PERRENOUD, 1999, p.97). Assim sendo, a autorregulação é a capacidade que o aluno desenvolve para superar as suas dificuldades e avançar em seu processo de construção das aprendizagens e dos conhecimentos.

Na avaliação formativa existe uma relação de cooperação entre professor e aluno. Para Perrenoud (1999) avaliar é preciso, porém não apenas com o objetivo de promover ou reprovar um aluno, mas para mediar à aprendizagem, como um agente de formação do aluno.O ato de avaliar se insere, portanto, na perspectiva de propiciar uma assistência sistemática permanente que se dá na prática cotidiana da ação pedagógica, realizando intervenções que visem à melhoria da aprendizagem, a partir do conhecimento dos alunos, de seus ritmos de aprendizagem,da relação que estabelecem com o conhecimento. Nesse sentido, a avaliação que concretamente está a serviço da aprendizagem do aluno assume um caráter qualitativo. (PERRENOUD, 1999).

 

 

 

 

Considerações Finais

 

No estudo sobre o tema proposto buscou-se discutir o conceito e o desenvolvimento da avaliação dentro de uma visão de controle da aprendizagem, revelando seus limites e possibilidades no meio educacional.

Apesar da avaliação mais qualitativa estar presente nas leis que regulamentam a educação e em propostas educacionais, segundo os autores, na prática a avaliação tradicional continua a ser utilizada na maioria das escolas.

Percebe-se que a avaliação somativa é um empecilho para as inovações pedagógicas, pois favorece uma relação utilitarista com o saber, á medida que o aluno estudar pela nota. Por outro lado a avaliação formativa dá maior importância à regulação da aprendizagem e menor importância a classificação, ou seja, busca por pedagogias diferenciadas e novosmétodos de ensino com estratégias pedagógicas contra o fracasso escolar propondo um ensino aberto por soluções de problemas.

Fica evidente, a partir dos estudos analisado a necessidade de pensar a avaliação a partir de uma nova perspectiva de controle da aprendizagem, não extinguindo a avaliação classificatória mais utilizar-se de práticas de ensino mais abertas, ativas, individualizadas, abrindo mais espaço à descoberta, à pesquisa, aos projetos, valorizando mais, como aprender a aprender, a criar, a imaginar, a comunicar‐sefavorecendo ocrescimento e a evolução do aluno, quebrando as amarras das notas no fim do processo.

 

 

Referências bibliográficas:

 

Brasil.Lei de Diretrizes e Base da Educação Nacional. Lei nº 9.394, de 24 de dezembro de 1996.

CANEN, A. Avaliação da aprendizagem. In: CANEN, A; SANTOS, A. R. (Org.). Educação

Multicultural: teoria e prática para professores e gestores. Rio de Janeiro: Ciência Moderna, 2009. Cap.3, p. 41‐124.

 

HOFFMANN, J. Avaliação: mito e desafio uma perspectiva construtivista. 28 ed. Porto Alegre: Editora Mediação, 2007.

 

LUCKESI, C. L. Avaliação da aprendizagem escolar. 20 ed. São Paulo: Cortez, 2009.

 

PERRENOUD, P. Avaliação: Da excelência à regulação das aprendizagens entre duas lógicas. Porto Alegre: Artmed, 1999.

 

LIBANÊO, José Carlos. Didática. Cortez Editora: São Paulo, Coleção Magistério 2º Grau Série Formando Professores,1994.

 

HOFFMANN, Jussara Maria Lerch. Avaliação mediadora: uma prática emconstrução da pré-escola à universidade. Porto Alegre: Educação & Realidade,1995.

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