AUTO-AMOR - A FORÇA DA AUTOGESTÃO NA VISÃO DO AUTOGERENCIAMENTO VIVENCIAL

Por CLÁUDIO DE OLIVEIRA LIMA | 26/08/2010 | Psicologia

A verdadeira fonte da vida está em nós mesmos e chama-se autoamor. A vida foi sábia ao colocar toda essa força dentro de nós, nos dando a responsabilidade e independência sobre o direcionamento da nossa vida. Logo, só depende de cada pessoa a sua autotransformação, ou seja, a capacidade de mudar a si mesmo.

A verdadeira transformação só ocorre de dentro para fora, graças à força do autoamor, a grande gestora da nossa autorreflexão. Caso esteja fazendo o contrário, buscando no mundo exterior a solução para os problemas, estará apenas se iludindo, uma vez que as respostas para as dificuldades vivenciais estão dentro de nós.

O autoamor, essa força que vive dentro de nós, é capaz de romper as correntes, as trancas, os cadeados, os grilhões que nos aprisionam e nos mantêm em sofrimento. Pode ser entendido como uma atitude de autorrespeito que, quando percebida e usada, é capaz de motivar e criar novas opções vivenciais.

Essa força só é vivenciada quando compreendemos que o poder de cuidar de nós é único e não pode ser dividido ou transferido para outra pessoa e, que as transformações que desejamos só dependem de nós, se tornando possíveis somente quando somos autores e atores da nossa história.

Não confundir autoamor, ter uma atitude de autorrespeito, querer aquilo que é bom para si, assumir o que se é sem ilusão e sem desrespeitar a si e ao outro, com amor-próprio (orgulho, vaidade, mimo, egoísmo) que são atitudes que acarretam uma falsa auto-estima. As pessoas que assim agem, têm uma atitude de querer o melhor para si, em detrimento de si e dos outros.

As dúvidas a respeito de nós mesmos, dos nossos valores, afetam a capacidade de assumirmos uma série de atitudes e comportamentos, nos incapacitando de tomar decisões e lutar por nossos ideais. Aí começam as dificuldades vivenciais e os problemas começam a aparecer: vazio existencial, depressão, síndrome do pânico.... E ao autoabandono começa imperar.

Sem a força do autoamor nos tornamos frágeis e vulneráveis. Colocamo-nos num estado de indiferença, ficamos alheios a nós mesmos, num estado obsessivo-compulsivo.  Tornamo-nos incapazes de nos livrar de pensamentos e comportamentos irracionais e absurdos que só nos levam e nos mantém em sofrimento. Perdemos o nosso autoapoio, a nossa autoestima e a capacidade de julgar. Aceitamos o sofrimento, como uma forma de ser, transformando-nos em fantoches das circunstâncias, das pessoas e das nossas ilusões, perdendo assim, o direito de sermos autores e atores das nossas escolhas.

Sem a força do autoamor envenenamos as nossas vidas com razões. Razões para isso, para aquilo, para aquilo outro... Ao invés de vivermos nossas vidas, passamos a justificar a vida que estamos levando.

Desta forma, nos tornamos vítimas de nós mesmos, passando a viver na esperança de que as pessoas irão cuidar e lutar por nós e que serão justas conosco, nos dando aquilo que achamos merecer.  Ficamos à espera de um salvador, e enquanto ele não aparece, nos flagelamos.

Subjugados por essa forma de ser, em vez de conquistarmos a nossa identidade, nos torturamos em busca de uma ilusão. Não é errado ser o que somos, estamos aqui para nos aperfeiçoar e não para nos criticar.

Ao proceder assim, permitimos que tudo de ruim possa nos acontecer, já que transferimos a responsabilidade de nossa vida aos outros, lhes dando o direito de gerir nossas vontades, escolhas e decisões. 

Ao criarmos e vivermos nesse mundo de ilusões, nos magoamos pelo fato das pessoas não estarem nem aí para nós. Acordem! Na verdade, ninguém nos magoa ou nos decepciona e sim, somos nós que criamos ilusões e ficamos na expectativa de que os outros a realizem para nós. Queremos que os outros nos cuidem, nos respeitem e nos considerem, sem termos cuidados, respeitos e considerações por nós mesmos.

Para evitar isso, é preciso encarar a realidade sem medo e culpa e isso vai depender de um trabalho interior. Teremos que nos libertar das nossas fantasias e viver a verdade, pois, ao perdemos a conexão com o nosso interior, nos perdemos de nós mesmos. Precisaremos buscar o equilíbrio vivencial, ou seja, nos aceitar do jeito que somos e aprender a lidar com os imprevistos da vida, sem que eles nos desequilibrem psicologicamente. Como esperar que as pessoas desfrutem de nossa companhia, se nós mesmos não a desfrutamos?! Quando nos rejeitamos, bloqueamos todo o bem que a vida reserva para nós.

A motivação vivencial brota do nosso interior e através do autoamor, podemos criar mudanças vivenciais, ao invés gastarmos o tempo tentando justificar os males que estamos vivendo, ajudando a corroer nossa alma.

O autoamor nos ensina:

A ser autorreflexivo;

A buscarmos o apoio em nós mesmos;

A não dependermos da aprovação dos outros;

A ter consciência e respeitar os nossos valores e limites;

A expressar nossos sentimentos sem medos;

A assumirmos a responsabilidade do nosso mundo interior e exterior.

 Abram os olhos! Que tal investirmos em nós?

 “Um dos grandes mal desse século é que desistimos de nós facilmente.”

 As pessoas nos julgam não pelo que somos por dentro e sim pelo que revelamos aqui fora.

 EVOLUIR É SER ORQUÍDIA QUE VIVE DE SI E GERA AS MAIS BELAS FLORES.

 Pense:

“Você só tem você para mudar você.”

A rejeição de si faz com que se torne algoz da sua vida.

 ACEITE-SE!!!!!!!!!!!!!!!!

 VOCÊ é uma promessa DESSA VIDA.


Hoje
Taiguara
Composição: Taiguara
Hoje
Trago em meu corpo as marcas do meu tempo
Meu desespero, a vida num momento
A fossa, a fome, a flor, o fim do mundo...
Hoje
Trago no olhar imagens distorcidas
Cores, viagens, mãos desconhecidas
Trazem a lua, a rua às minhas mãos,
Mas hoje,
As minhas mãos enfraquecidas e vazias
Procuram nuas pelas luas, pelas ruas...
Na solidão das noites frias por você.
Hoje
Homens sem medo aportam no futuro
Eu tenho medo acordo e te procuro
Meu quarto escuro é inerte como a morte
Hoje
Homens de aço esperam da ciência
Eu desespero e abraço a tua ausência
Que é o que me resta, vivo em minha sorte
Sorte
Eu não queria a juventude assim perdida
Eu não queria andar morrendo pela vida
Eu não queria amar assim como eu te amei.

Drº Cláudio de Oliveira Lima ? psicólogo -

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