Aumenta o número de famílias brasileiras com dívidas
Por Max Augustinho Dos Santos | 06/09/2012 | EconomiaO número de famílias brasileiras endividadas cresceu em agosto com respeito ao mês antecedente do ano de 2012. Este é o resultado de uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional do Comércio (CNC) sobre o "Endividamento e Inadimplência do Consumidor" no Brasil.
A pesquisa pela terceira vez consecutiva constatou uma subida do número de famílias brasileiras com dívidas , desta vez de 59,8%, a maior em 2012. Entre estas, 21,3% declara estar em atraso com o pagamento das parcelas das dívidas contraidas, percentagem que em julho era de 21%.
Em contraste, um aspecto positivo é o decréscimo das famílias que relatam ser incapaz de pagar suas dívidas, que em agosto diminuiu para 7,1% com respeito ao 7.3% registrado em julho.
A percentagem de famílias que informaram estar com alguma forma de dívidas, como cheque pré-datado, cartão de crédito, carnê de loja, empréstimo pessoal, prestação de carro e seguros cresceu em agosto de 2012.
No entanto, ao comparar os dados desta pesquisa com aqueles do mesmo período de 2011, a situação está ligeiramente melhor, embora mantenha-se alta a faixa de população brasileira que tem dívidas com bancos, financieiras e seguradoras: esta percentagem em agosto de 2011 era de 62,5%.
Comentando o resultado da pesquisa, a CNC afirmou que as medidas do governo para estimular o crédito e à compra de bens duráveis continuam exercendo impacto sobre o orçamento doméstico.
Os brasileiros continuam usando o cartão de crédito como um dos principais meios para prorrogar o pagamento dos bens comprados: 73,2% das famílias com dívidas afirmou comprar parcelado no cartão. Os outros instrumentos de prorrogação de pagamentos mais utilizados são o carnê de loja (18,9%) e o financiamento de carro (12,4%).
A faixa de população com renda mensal inferior a dez salários mínimos é aquela com maior propensão a pedir empréstimos e contrair dívidas para a aquisição de bens e serviços, enquanto que com os brasileiros de renda superior a este valor, a percentagem de famílias com dívidas passou de 50,5% em julho para 53,6% em agosto.
Confirmando os temores de muitos economistas que dizem que um risco para a economia brasileira pode ser a incapacidade de muitas famílias de baixa e média renda, a pesquisa da CNC registrou que exatamente entre as famílias com renda inferior a dez salários mínimos aumentou a percentagem de famílias atrasos no pagamento de parcelas de empréstimos, como entre este grupo social aumentou também a preocupação de não conseguir pagar as as contas em atraso. (www.creditofacil-online.com)