ATUAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO INFANTIL NA PROMOÇÃO À ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEIS

Por Renata lyrio Nascimento | 20/02/2017 | Educação

ATUAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO INFANTIL NA PROMOÇÃO À ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEIS

 

 

NASCIMENTO, Renata Lyrio

Mestrado em Ciências da Educação

 

 

RESUMO

 

A promoção de práticas alimentares saudáveis em escolas de Educação Infantil, pública e privada tem sido alvo de grandes atenções, tanto dentro da própria educação como na área da saúde e como também têm impactado a formulação das políticas públicas em alimentação e nutrição no país, todos tentando buscar resultados na promoção de práticas educativas alimentar saudável, Porém se observa a falta de interesse dos próprios pais de alunos,  é de onde deveriam ser os primeiros a apoiar os educadores. A educação alimentar e nutricional está em todos os lugares e, ao mesmo tempo, não está em lugar nenhum. A alimentação é uma necessidade básica e essencial do ser humano, não é fácil envolver e influenciar o indivíduo a uma boa qualidade de vida saudável.

 

Palavras-chave: Educação. Educação Infantil. Alimentar saudável.

 

 

O PAPEL DOS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO

 

Todos os profissionais que atuam dentro da escola tem grande influência na busca de desenvolver nos alunos hábitos alimentares saudáveis, os próprios educadores desempenha um papel fundamental em relação á propor novas práticas educativas, envolvendo, divulgando, informando e ensinando as crianças a aplicar promoção á saúde, tanto nos gostos alimentares como na higienização que também faz parte da proposta, há métodos que marcam a vida de uma criança. É necessário que todo contexto escolar esteja envolvido neste processo de ensino aprendizado, assim como os educadores, as merendeiras e serventes faz parte desta proposta, afinal a escola e desenvolve quando se trabalha em equipe, além de sabermos que todos que atuam ao redor da criança ensinam algo através da própria observação. Na saúde existem profissionais e materiais educativos que os educadores podem usar dentro das práticas educativas. É necessário aprofundar a discussão sobre o papel de a educação alimentar e nutricional dentro do contexto atual, e qual seria a sua real contribuição para as novas demandas apontadas na promoção das práticas alimentares saudáveis. As novas tecnologias de comunicação podem ser de extrema relevância no acesso à informação, oferece ações educativas no processo de mudanças das práticas alimentares das populações.

 

No currículo escolar do ensino infantil e fundamental é possível encontrar os conceitos da alimentação saudável. Mas não é muito comum na prática. O trabalho deve ser feito dia após dia, todo decorrer do ano letivo. É necessário que se crie novos projetos alimentares, visitações a feiras, supermercados ou até mesmo que se elaborem projetos como mini feiras e supermercados dentro da própria escola, onde os alunos tenham contatos com os alimento, pois muitos nem conhecem e nem experimentaram.

 

 

VIVÊNCIA ESCOLAR

 

No contexto escolar há uma grande rejeição dos alimentos que são oferecidos as crianças, existe um grande descaso e uma falta de preocupação em relação a merenda escolar. É na infância onde os hábitos alimentares são formados, é nesta etapa que os hábitos repercutiram por toda sua vida e os adultos tem grande influência neta construção de ensino aprendizagem.

 

O alimento não deve ser visto só como meio de sobrevivência e nutrição, pois ela desempenha muitas funções na sociedade humana, pode está relacionada ao meio social, cultural, econômico, fisiológico e psicológico e outros, a alimentação não deve ser desconsiderado como um processo de aprendizagem.Uma boa alimentação ajuda as crianças a terem uma vida saudável no presente e no futuro e com qualidade, no entanto a alimentação balanceada ajuda no desenvolvimento tanto físico quanto cognitivo da criança, pois, os nutrientes são distribuídos de modo adequado.A alimentação escolar precisa atender parte das necessidades nutricionais diárias das crianças, durante sua permanência na escola, uma alimentação que contribua para o crescimento, o desenvolvimento, a aprendizagem e o rendimento escolar dos estudantes.

 

É importante verificar a qualidade dos produtos desde a compra até a distribuição nas escolas, prestando sempre atenção às boas práticas sanitárias e de higiene para que as crianças possam obter uma boa alimentação.

 

A alimentação saudável não é composta apenas por frutas e verduras, mas sim aquela feita com uma combinação de alimentos com: carboidratos, vitaminas, sais minerais, proteínas, leite e derivado, açúcares e gorduras. É necessário que exista contato com o alimento, saber de onde ele vem, a função, conhecer o cheiro, a aparência, fazer com que as crianças criem o interesse pela descoberta do novo,conhecendo e identificando diferentes tipos de alimentos; ensinar as crianças a sentir os sabores, a textura e apreciar as cores dos alimentos; conscientizar os da importância da boa alimentação sem desperdícios e principalmente ensinar a necessidade da higienização,  tenham interesse de experimentar aquilo que viram no livro e que tanto ouve falar.

 

A realidade de nosso país é deprimente, muitas das crianças de classe baixa e média vão a escola para se alimentar, muitas das vezes nunca experimentaram certos tipos de alimento ou viram, muitos pais de família ganhando um salário mínimo, onde dão prioridades os alimentos essenciais como o arroz e feijão, a situação é que no mundo de hoje para se ter uma vida saudável o custo é alto, pois os alimentos mais saudáveis são os mais caros, como o sistema cobra saúde sendo que grande parte da população não tem como buscar a tão desejada promoção a saúde.

 

 

O PAPEL DO NUTRICIONISTA

 

 

Todavia as escolas devem ter um acompanhamento da nutricionista para que essas refeições atendam às necessidades nutricionais das crianças e verificar se está sendo construída com as crianças a questão da alimentação, abordar de que forma é trabalhada a alimentação escolar e de que maneira se constrói os hábitos alimentares. Porém muitos nutricionistas exercem sua função na educação com certodescaso, elaboram o cardápio escolar de acordam com as necessidades da secretária de educação em função de evitar muitos gastos. É fundamental que o nutricionista considere fatores como faixa etária, o meio ao qual a criança vive e o horário das refeições para melhor adequa os tipos e gostos, além de realizar testes de aceitabilidade com os estudantes.

 

 

CONSCIENTIZANDO A ESCOLA E OS PAIS À ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL

 

A alimentação é fundamental no desenvolvimento da criança, mas este não é papel só da escola como também dos pais, pois, muitas vezes, ao preparam o lanche para seu filho não pensam em uma alimentação saudável e sim no que eles gostariam de comer, no prático e mais rápido, o que podem causar sérios problemas no futuro, como à obesidade que está bem presente na população tecnológica e globalizada.A maioria dos pais e escolas mostram preocupação e tentam controlar a alimentação de seus filhos, no entanto existe uma dificuldade de aderir a ingestão de alimentos considerados saudáveis.

 

             A escola precisa estimular a criança a conhecer, valorizar e aceitar novos alimentos, adquirir boas práticas alimentares, além de comportamentos adequados e de higiene. É preciso rever cardápio, verificar se a alimentação que é oferecida está sendo bem aceita pelas crianças, é importante sempre fazer avaliações em relação  aceitação dos alimentos; ter um refeitório para que as crianças possam fazer suas refeições com qualidade e comodidade; adequar sanitários e pias para as crianças, escolher alimentos saudáveis.

 

Observar-se o excesso do consumo dos alimentos industrializados e a ausência principalmente de frutas, verduras e legumes na alimentação. Uma alimentação sem nutrientes. A escola precisa promover projetos de reeducação alimentar e abrir para a comunidade e família, para que os familiares e amigos também possam buscar novas práticas de alimentação saudáveis, não adianta as crianças aprenderem na escola e não colocar em prática na sociedade.Um trabalho de conjunto, entre a escola e a comunidade, pode superar parcialmente os problemas causados pela alimentação insuficiente ou inadequada.

 

Faz necessário incluir no currículo escolar, no meio social, na mídia, nas indústrias alimentícias a promoção de hábitos alimentares saudáveis. Observa-se a importância dos pais, responsáveis da escola, comunidade e do educador em incentivar a adoção de hábitos saudáveis, não só no contexto escolar, mas em suas práticas diárias, um estilo de vida.

 

A escola é um espaço privilegiado, onde os indivíduos passam grande parte de sua vida, por isso o espaço escolar se torna propício para promover a promoção da saúde e desempenha papel fundamental na formação de valores, hábitos e estilos de vida, entre eles o da educação alimentação.

 

Há necessidade de rever e analisar o que será vendido e o que deve ser vetado na cantina; assim também como o lanche que vem de casa, esclarecer os pais sobre a importância da boa alimentação e estimulá-los a cuidar da rotina alimentar dos filhos; trabalhar para conscientizar docentes, funcionários e pais sobre a necessidade de oferecer bons exemplos as crianças, conscientizando-os da importância da alimentação saudável.


 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

 

 

Brasil. Ministério da Saúde. Política nacional de alimentação e nutrição. Brasília: Ministério da Saúde; 2000.

 

BRASIL. Ministério da Saúde. Prevenir é sempre melhor. Brasília: Ministério da Saúde, 2000.

 

Dutra, Eliane Said. Alimentação saudável e sustentável. Módulo 11. Brasília: Universidade de Brasília, 2007.

 

ALMEIDA, Ana Lúcia. Educação e saúde: hábito alimentar de crianças referentes àalimentação escolar. Monografia, 2012.

 

BOOG, M. C. F. Educação nutricional: passado, presente, futuro. Revista de Nutrição, Campinas, 1999

 

APARÍCIO, G. Ajudar a desenvolver hábitos alimentares saudáveis na infância. Mar. 2011. Disponível em: < http://www.ipv.pt/millenium/Millenium38/19.pdf > Acesso em 05. Dez. 2016.

 

GONÇALVES, F. D. et al. A Promoção da Saúde na educação infantil. Interface - Comunic., Saúde, Educ., [S.l.], v.12, n.24, p.181-92, jan./mar. 2008