Até onde podemos suportar?

Por Elsy Myrian Pantoja | 15/06/2009 | Crônicas

Percebo em determinadas situações do nosso dia a dia, que muito próximo nos encontramos da bestialidade, voltamos aos primórdios da nossa civilização a época da barbárie, onde se matava por tudo e por nada. Quando vejo o desfecho para um desentendimento em uma briga no transito acabar em tiro e morte, ainda mais me convenço disso. Interessante notar que na área da tecnologia em todos os âmbitos, sejam, na medicina, meios de comunicação e transporte, enfim... Demos um salto gigantesco, nunca o ser humano como máquina evoluiu tanto, enquanto na parte dos sentimentos e da razão inverteu na mesma proporção, não há mais respeito pela vida, estamos a beira do caos, a dor alheia vira motivo de chacota, e quem não reage a altura diante de um insulto é taxado de covarde, retidão de caráter virou motivo de piada, "nossa fulano é honesto hahahahahaha"...Assustador mas essa é nossa realidade, matar por CR$ 5,00,  CR$10,00 ou CR$1,00 , ou nem precisa motivo para  alguns seres que nem classifico aqui como humano e muito menos animal, cometer as piores atrocidades injustificáveis. Convivemos com nomenclaturas que a cada dia tornam-se comuns em nosso vocabulário, milícias, comando do tráfico, terroristas, impunes em suas ações, a cada dia se fortalecem no poder, tornando nossa escala de valores cada vez mais baixa. Vou me abster de tecer qualquer critica a quem de direito deveria minorar a escalada da violência que são nossos governantes, por que eles não se dão ao respeito e sequer servem de bom exemplo a nossa sociedade. Triste fim o nosso, que a mercê da própria sorte, elevamos os olhos aos céus, pois só Deus pra nos livrar e proteger dessa imundície toda com a qual convivemos, a propósito hoje estive procurando algum setor da nossa sociedade que não estivesse de alguma forma corrompido pelas mazelas a que me referi acima, lamento informar, mas não encontrei nenhuma, ao leitor cedo o direito de resposta, talvez tenha pegado pesado demais. 

Elsy Myrian Pantoja