Até A Eternidade

 

“Num lugar, não muito longe daqui

tinha um menino que disse que sabia voar

Ninguém acreditava nele, mas o menino nem ligava

só queria saber de contar histórias sobre o que tinha visto.

 

Descrevia uma ilha, onde as águas dos mares

se encontravam com as lágrimas e com os lagos

a ilha onde os peixes falavam francês

e os homens brotavam feito feijões

 

Lugar esse, onde as pessoas escondiam as tristezas no alto dos coqueiros, e depois não lembravam onde haviam deixado

Lugar incomum de amores e cantorias

da boemia como uma religião

 

Esse menino não estava mentindo não

ele era um profeta, dizia que nesse lugar,

 as bombas de gasolina jorravam moedas de fliperama

E as sogras não tinham língua, só paladar

 

O menino voava de verdade, e me convidou para voar também ele disse uma única frase que me clareou tudo:

-Até a eternidade”.