Aspectos Emocionais e Emagrecimento

Por Tatiana Fingermann | 12/11/2008 | Saúde

Já está comprovado que a perda de peso deve ser a conseqüência de um processo que engloba mudanças internas e externas. Isso quer dizer que só o fato de restringir a alimentação pode em um primeiro momento levar a perda de peso, porém o sucesso da reeducação alimentar está na manutenção da vida saudável. Antes de tudo devemos analisar se é realmente necessária esta restrição e o profissional de saúde é quem está apto a responder. Uma diferenciação importante a ser feita é se estamos falando de obesidade, uma imagem corporal que nos desagrada ou mesmo um transtorno alimentar.

Partindo do ponto em que há uma orientação para a perda de peso, devemos nos preocupar então em como fazer isso de forma a evitar o famoso "efeito sanfona" que é a recuperação do peso perdido e que traz riscos físicos e psicológicos como a desmotivação e baixa auto-estima.

Acredito que a MOTIVAÇÃO seja um dos mais importantes aspectos envolvidos na reeducação alimentar independente de quantos quilos devem ser eliminados. Algumas perguntas podem ser feitas como: Este é o melhor momento para eu iniciar um processo de transformação? Tenho os recursos disponíveis como tempo, dinheiro e suporte emocional?  Se a resposta for positiva mãos a obra!!!

Os aspectos emocionais que dificultam o emagrecimento ou mesmo auxiliam no ganho de peso são individuais, mas me refiro em especial à depressão, ansiedade, transtornos alimentares e abusos de substâncias como álcool e outras drogas além de situações como parar de fumar e estar sob grande estresse também são comprovadamente mais difíceis para quem está pensando em emagrecer.

Assim o tratamento não pode ser de um profissional só. Se o ganho de peso não tem uma causa única a sua eliminação também requer um trabalho em equipe. Orientação médica, nutricional, atividades físicas e suporte psicológico são fundamentais.

A Dieta das Emoções

Dietas milagrosas não existem, mas deixar de "engolir sapos" já vale uma grande redução calórica. Identificar quais sentimentos estamos "comendo" junto a cada refeição faz parte da reeducação alimentar.

A dieta ideal é a "dieta do equilíbrio e do respeito" e isso vale para todas as situações da nossa vida. Manter um equilíbrio entre o que ganhamos e gastamos vale tanto para as calorias como para a conta no banco.

Assim devemos buscar uma melhor qualidade de vida e não apenas um número X de manequim ou na balança. O peso ideal é individual e devemos respeitar nossa herança genética e social.

O grande segredo de quem consegue esta mudança de estilo de vida é a MOTIVAÇÃO. Manter a motivação requer um esforço constante. E estar motivado é assumir um compromisso com você mesmo e sua saúde, assumir que resultados rápidos e milagrosos não existem e tolerar mudanças no estilo de vida, hábitos alimentares e atividades físicas não são fáceis pra todo mundo. Várias podem ser as causas da falta de motivação e isso também é uma questão individual.

Alguns recursos podem ser utilizados como comer em intervalos regulares, mastigar bem a comida, curtir o momento da refeição descobrindo seus aromas e sabores, beber água durante o dia e o mais importante e normalmente mais esquecido que é nos observar. Sim, você já reparou na forma que você come e o que come?

É seguindo esta orientação que uma nova dieta está na moda, anotar em um diário o que comemos não faz emagrecer, ter consciência do que, quanto, onde, e os aspectos emocionais do que comemos é que auxilia em reduzir e modificar o nosso padrão alimentar.

Quanto ao apoio psicológico ele não tem a intenção de emagrecer, mas de ajudar a levar uma vida mais leve, problemas cotidianos podem fazer o dia a dia muitas vezes pesado e "engolir sapo" pode ser o prato mais calórico do dia.