As variáveis sociais e o conhecimento

Por Geann Haroldo Ferreira de Souza | 16/07/2024 | Educação

As variáveis sociais e o conhecimento Geann Haroldo Ferreira de Souza As condições socioeconômicas são uma variável crítica que pode impactar a aprendizagem de maneira significativa. Pesquisas indicam que estudantes de famílias de baixa renda enfrentam mais desafios educacionais, como menor acesso a recursos educativos e ambientes de estudo inadequados. Um estudo de Silva, Almeida & Santos (2017) destaca que a desigualdade econômica influencia diretamente o desempenho escolar, onde alunos de famílias mais abastadas têm acesso a melhores escolas, materiais didáticos e atividades extracurriculares. As variáveis sociais são tudo aquilo que possa envolver a renda, ocupação, nível educacional e área residencial. Vista que fatores como contexto social e conhecimento científico são determinantes na estrutura dessas variáveis sociais. O contexto social é o recurso que favorece a amplitude das circunstâncias na sociedade e fatores históricos que formam o ambiente que rege o indivíduo e sua busca a atividade científica. Já o conhecimento científico baseia-se como conceito de interesse determinar uma das variáveis sociais. Ao se falar de interesse, a questão da motivação é o que torna mais amplo o social e o psicológico, ou seja, torna o indivíduo a uma melhor visão crítica social da sua realidade. Quando se fala ciência automaticamente se entende algo tão carregado de conotações que hoje em dia se tornou uma figura de linguagem, mesmo para os próprios cientistas a experiência prova que falta conhecimento claro do que se trata ciência. Todo conhecimento, ao ser construído, precisa inicialmente ser entendido e ter significado, ou seja, contribui para mudança da variável social no que se refere o modo de vida do indivíduo e sua permanência e conquistas próprias. Nos últimos anos, o avanço da tecnologia e o uso das redes sociais têm se tornado variáveis significativas no processo de aprendizagem. A internet e as mídias sociais oferecem novas oportunidades de acesso à informação e de interação educacional, mas também apresentam desafios. Segundo Almeida e Pereira (2020) discutem como a exposição a um volume excessivo de informações e a distrações digitais podem afetar a concentração e a qualidade da aprendizagem. No entanto, quando usadas de forma consciente e equilibrada, essas ferramentas podem complementar e enriquecer o processo educacional. A autonomia pode ser definida como uma autodeterminação do indivíduo, ou seja, tomar uma decisão aos seus próprios princípios de forma racional, mas priorizando sua liberdade racional de escolha, um autogoverno. Um fato é que autonomia é mais restrita quanto à liberdade, esta é mais geral. Ao se referir à pedagogia freiriana deve ter em mente que o individuo busca sua liberdade para transformar seu espaço a sua realidade social buscando uma política mais justa e igualitária. Nesse aspecto a escola atua como mediadora na construção de uma sociedade ideal no aspecto inclusivo, vista que o indivíduo adota essa ideologia socialista como uma bandeira própria. A pedagogia liberal vai contra os pressupostos da pedagogia freiriana, pois dá liberdade pessoal ao individuo para a busca de seus objetivos e metas de vida mais ancorado ao sistema de livre mercado. Vista que o indivíduo faz o seu projeto de vida pessoal e assume as suas próprias responsabilidades, uma vez que esses conceitos são mais aceitos pelos pais. Ao se falar de autonomia a pedagogia liberal trata como forma de autogoverno, no modo em que o indivíduo é dono de suas próprias decisões e que suas atitudes têm consequências no futuro. Com isso ele deve resolver os desafios que a vida lhe impõe, mas solucioná-los para seu crescimento. A cultura e os valores sociais também desempenham um papel crucial na aprendizagem. Como a sociedade valoriza a educação pode influenciar a motivação e o desempenho dos estudantes. Por exemplo, em comunidades onde a educação é altamente valorizada, os alunos tendem a se esforçar mais e a alcançar melhores resultados acadêmicos. Segundo Costa (2019), a internalização de valores culturais positivos em relação à educação pode promover um ambiente de aprendizagem mais produtivo e estimulante. Assim, a pedagogia liberal tem como bandeira o autogoverno do indivíduo. Uma vez que a liberdade de autonomia não pode ser sacrificante no sentido na busca do desenvolvimento pessoal e que não pode ficar preso a uma ideologia socialista restrita. A teoria dos jogos de linguagem de Wittgenstein demonstra a psicologia da motivação do conhecimento, ou seja, afirma o caráter do conhecimento e o que move a este. A linguagem e o jogo de palavras e imagens com finalidades certas contribuem para fundamentação do conhecimento e ao raciocínio lógico. Assim as variáveis sociais são influenciadas pela busca do conhecimento, uma vez que este favorece fatores como, moradia, alimentação, escolaridade, renda e emprego. Referências Bibliográficas Almeida, R. S., & Pereira, L. C. (2020). Impacto das redes sociais na aprendizagem dos estudantes. Revista Brasileira de Educação, 25(3), 45-59. Costa, M. F. (2019). Cultura, valores sociais e desempenho acadêmico. Estudos de Psicologia, 24(2), 152-165. Silva, T. A., Almeida, V. M., & Santos, E. F. (2017). Desigualdade socioeconômica e desempenho escolar. Cadernos de Pesquisa, 47(165), 250-268.

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