AS VARIAÇÕES LINGÜÍSTICAS ENTRE OS PERSONAGENS NA OBRA: ”DONA GUIDINHA DO POÇO”.

Por FABIANA BARBOSA MESQUITA | 01/04/2016 | Literatura

AS VARIAÇÕES LINGÜÍSTICAS ENTRE OS PERSONAGENS NA OBRA: ”DONA GUIDINHA DO POÇO”.

 Fabiana Barbosa Mesquita*

 

RESUMO

O objetivo primordial deste artigo é fazer um estudo da linguagem regionalista presente na obra “ Dona Guidinha do Poço” mostrando a diferença entre o linguajar falado pelos patrões versus empregados (escravos, vaqueiros, retirante e agricultores), baseado em uma trecho na obra que escolhi para fazer esta analise, optei como referencia a própria obra, o livro da disciplina Introdução á estilística (MARTINS, 2008), o livro Para Conhecer Sociolinguística (COELHO, 2015, p.135-167) e a obra O Português da Gente ( LLARI, 2014, p. 49-94).

PALAVRAS-CHAVES: Linguagem, expressões linguísticas, dialetos

ABSTRACT

The primary purpose of this article is to make a study of regionalist language present in the work "Dona Guidinha Pit" showing the difference between the language spoken by employers versus employees (slaves, cowboys, migrant and farmers), based on a passage in the work I have chosen to do this analysis, I chose as a reference the work itself, the book Introduction discipline will stylistic (Martins, 2008), the book to know Sociolinguistics (Coelho, 2015, p.135-167) and the work of the Portuguese People (LLARI 2014, p. 49-94).

KEYWORDS: Language, linguistic expressions, dialects

INTRODUÇÃO

No romance regionalista “Dona Guidinha do Poço”, do escritor cearense Manoel de Oliveira Paiva, há elementos fortes do sobre cultura nordestina, sobretudo o linguajar sertanejo que se apresenta sobre diversos personagens que estão inseridos na obra como vaqueiros, agregados, retirantes e trabalhadores rurais que moram nos arredores da Fazenda Poço da Moita sobre as ordens de Margarida Reginaldo de Oliveira Barros. Na obra o autor conta a história verídica de uma Fazendeira rica que habitava o centro sul do Ceará, mais especificamente Quixeramobim, com a denominação de Marica Lessa que se apaixonou pelo sobrinho de seu esposo, a história data de meados do século XIX. Manoel de Oliveira Paiva, nasceu em Fortaleza, estudou no Rio de Janeiro e regressou ao Ceará, participou de vários Movimentos Literários, ajudou a fundar o Clube Literário em 1886 que marcou o início do realismo cearense, mas faleceu ainda jovem vítima de uma tuberculose, “Dona Guidinha do Poço” foi publicada tempos após sua morte, mas não perdeu sua importância por este motivo.

Na última década do século passado, entre os tipos populares da cidade de Fortaleza, capital do Ceará, minha terra natal, andava uma velha desgrenhada, farrapenta e suja, que a molecada perseguia com chufas, a que ela replicava com os piores impropérios deste mundo. Vi-a muitas vezes na minha meninice, ruas abaixo e acima, carregando uma sacola cheia de trapos, enfurecida, quando os garotos gritavam: ─ Olha a mulher que matou o marido! A gente adulta chamava-lhe a Velha Lessa. Tinha terminado de cumprir sua pena na cadeia pública e andava assim de léu em léu, sem teto e sem destino, como um resto de naufrágio açoitado pelo mar. Sua figura acurvada e encanecida me impressionava, mas naquele descuidoso tempo, longe estava eu de supor que contemplava na mendiga semitrôpega a figura central duma tragédia real e dum romance destinado a certa celebridade literária ( BARROSO, 1956, p. 347-350)

A obra é minunciosamente detalhada de expressões regionalistas e idiomáticas, além das variações linguísticas presentes nos costumes do homem do sertão, conta com a denúncia de crimes, crítica á instituição igreja e família, também narra às histórias das secas no Ceará, retratando o Nordeste em si, essas riquezas de detalhes nos leva a crer que o autor além de culto, conhecia de perto a realizada do interior do Ceará. Também se pode dizer que houve a mistura de povos vindos de outras regiões em busca de melhores condições de vida, sem ao menos saber se encontrariam, mas eles saiam em retiradas, muitos eram acolhidos por “Guidinha” e ficavam no isolamento daquela Fazenda, conservando-se então expressões arcaicas.  

Dar hospedagem era um prazer para aquela gente no isolamento rural em que vivia, como ao fino cavaleiro a pratica de uma finezaou o regalo de um bom cavalo. Emprestavam até uma certa superioridade a quem vinha de fora numa simpleza de costumes antiguíssimos. As secas e o progresso têm, porém apagado já algum tanto semelhante singeleza de gente forte. A  seca fez o retirante, esse ilhota. ( PAIVA, 1993,p32).

            De maneira sucinta o autor foi desenhando o cenário para o desenrolar da trama naquele mundo onde se preserva os costumes e as tradições do homem do campo, sobretudo sua linguagem, que é a questão principal dessa pesquisa. O autor pôde fazer uma analise profunda da vida real daquelas pessoas através de uma obra da ficção. O objetivo principal da pesquisa é analisar as variações linguísticas entre os personagens na obra, verificar por qual motivo algumas pessoas se expressa tão diferente uns dos outros no mesmo espaço geográfico e tempo, pois eles vivem perfeitamente em harmonia linguísticas, ou seja, se entendem, mas a linguagem do empregado não interfere na do patrão, existem dois tipos de falantes na obra, aqueles que se aproximam da língua culta e os que são de estilo regionalista. A mistura de povos advindos de regiões distintas, cada qual com suas origens sejam elas indígenas, africanas ou europeias contribui para a formação de nossa língua, que está em constante estado de mudança.

 JUSTIFICATIVA

             

Em “Dona Guidinha do Poço” fica demarcada com muita clareza, a cultura do povo nordestino que se mesclam a costumes de retirantes advindos de outras regiões ou estados, juntos vão dando vida a uma obra de ficção que é o retrato da realidade da época. Nesse livro temos a oportunidade de resgatar parte de nossa língua que fica em um passado não muito distante, mas se não investigado é capaz de passar despercebido aos nossos olhos, podemos vivenciar os tempos em que a nossa língua se aproximava com mais originalidade dos nossos colonizadores portugueses através dos arcaísmos e dos primeiros habitantes com as expressões indígenas, o autor nos proporciona vivenciar nos dias de hoje, as transformações que nossa língua vem passando, nas dando a oportunidade de conhecer mais à fundo nossa cultura através de seu vasto léxico.

            Desde os tempos mais remotos a sociedade sempre foi dividida em classes, assim como na obra estudada, os mais favorecidos economicamente falavam formal devido acesso ao mundo exterior, os menos favorecidos que ficam reclusos a um mundo com poucas possibilidades tinham a tendência a conservar uma linguagem mais primitivo, a língua do povão.

            A língua não é algo pronto e acabado, ela é dinâmica e sofre modificações de tempo em tempo, sendo mais propícia á modificações aquelas expressões que são usadas por poucos falantes e prevalece à linguagem que é mais despojada, então o que falamos hoje, existem palavras, que desconhecemos no tempo em que foi escrito á obra em questão é por isso que, muitas vezes, temos dificuldades em lê-la.          O autor faz um espécie de exaltação ao povo menos favorecidos como no episódio da vaquejada, de um lado os vaqueiros inseridos em seu contexto social, sentido se á vontade em meio ao cenário nordestino, de um outro lado o personagem Secundino perdido e sufocado em mundo diferente do que ele viera:

O Secundino estava acanhado, no meio de tanto bichão, de tanto pedaço de homem. Certo de que imaginava que o seu país possuísse daquela raça. Nunca vira reunidos assim tantas espécimen de gente vigorosa, mansa, com uas maneiras ao mesmo tempo broncas e delicadas, sem proferir uma expressão baixa, limpos da alma e do corpo. Limitava a gozar do espetáculo, e a ser animado pela tia. O sol cru dos tabuleiros, a paisagem basta, a vaqueirama, o enorme rebanho, o transportaram  a uma região estranha.(PAIVA, 1993, p.105)

           

Assim, pode-se fazer um paralelo com a língua, que com o passar dos tempos, vai reprimindo a norma culta que é usada por poucos falantes e dando espaço para as expressões que são usadas no dia a dia por diversos grupos de pessoas, sabemos que nos dias de hoje existem muitas comunidade de falante, diferentes daquela época que praticamente eram apenas dois grupos, os com mais riquezas ou status e o resto da população, mas existem aquelas expressões que são universais como a troca do “Vós por Vocês”, então estas sim tendem a sofrer substituição de uma palavra pela outra para facilitar um melhor entendimento entre os povos, não importa em que regiões do Brasil estamos mas a tendência é a mesma. Então meu objeto de estudo são as diferenças entre a linguagem falada pelos vaqueiros, retirante e agregados e os donos da Fazenda Poço da Moita.

  1. METODOLOGIA

Para o desenvolvimento deste trabalho, foi feito um estudo do livro quinto, capítulo II, da página 98 à 108, em “Dona Guidinha do Poço” de Manoel de Oliveira Paiva, que mostra com muita perfeição a linguagem do povo do campo, com seus dialetos próprios em parte do nordeste, mais especificamente, o Ceará. Nesse capítulo há diálogos descontraídos de um vaqueiro e sua família, usavam a língua apenas como forma de se comunicar, sem se preocupar com padrões ou regra, até mesmo por que na época, o meio social que circundavam aquelas pessoas eram, em sua maioria, de vaqueiros, retirantes e agricultores, então uns influenciava os outros devido o contato direto.

Podemos analisar que aquelas linguagens cheias de expressões lingüísticas, as vezes, é uma expressão grande que se traduz em uma palavra pequena para dizer algo, outras emite sílabas que só estudando o contexto saberemos o que a frase quer dizer, essa riqueza de detalhes da língua do homem camponês é uma peculiaridade da obra como cita: “ Um dos pequenos chorava, queixando-se de uma estrepada no pé. A mãe ralhava: bem quisera que não fosse. Pra que foi? Só queriam viver amarrados na saia dela!” ( PAIVA, 1993, p.98), na expressão em itálico substituí: na companhia dela, seria mais simples para entendermos, mas o Autor quis da cor a obra. Essas expressões idiomáticas devem vir junto a uma frase, não funciona fora do contexto.  Na passagem da obra: “ – Tá i dormindo. Dixe que hoje ficava aqui no Poço, porque vinha muito cansado.” ( PAIVA, 1993, p 100), essa forma que falamos repleto de fonemas com representação de “I” é para facilitar a passagem do som nas palavras, por isso emitimos ou adaptamos as letras e palavras de nossa língua, como nos exemplos investigados no livro: “ Ca facada no peito”, “... que o tempo é pouco pas obrigações”, “- vamos-s’embora deste lugar!” e etc.

No trecho estudado também a repetição da expressão “ modo” que é usado em vários sentidos. Ora sem necessidade de existir na frase, apenas como um vício da língua, ora usada para substituir palavras que lhe faltam o vocábulo, mas também para dar uma explicação ou como conseqüência de um acontecimento.

Em oposição a todas estas riquezas que a língua nos apresenta através de seus falantes em real uso de comunicação que são a maioria dos falantes, estão as pessoas que se aproximam da língua padrão ou culta que são as pessoas com mais poder aquisitivo que estão mais próximo da elite portuguesa, com um grau de instrução maior e mais viajados. Na obra é a minoria com estas características, mas nos dar uma visão bem ampla de linguagem destas pessoas. Na conversa do Médico com o Major Quim, pode –se observar: “- Á Capital ou ao Rio de Janeiro, que aquilo é que é terra! Viajar far-lhe-ia muito bem... Viajar! Que recurso enorme para certos males! Nesse trecho do diálogo é perceptível que trata de pessoas cultas e viajadas, pois as palavras são de acordo com a gramática tradicional. Na conversa dos Donos da Propriedade, percebemos a diferença com demais habitantes da Fazenda, pois apesar de conviver  no mesmo meio social e partilhar os mesmos costumes( festas religiosas, vaquejadas e etc.) com os empregados e escravos não deixam se contaminar com o linguajar dos mesmos devido partilhar também com outras culturas.

O autor, Manoel de Oliveira Paiva, em sua obra se deixa ser influenciado por linguajar dos homens menos favorecidos, quando está narrando parte que os envolve, fala como eles, para dar mais ênfase à linguagem do povão, porém para fazer um jogo com as palavras, quando se trata de língua culta também entra no ritmo, descrevendo e mostrando para os leitores o quando é conhecedor da língua em seus diversos aspectos. No trecho analisado descreve a vida de parte de um povo brasileiro que é diversificado, um dialeto regionalista que se mistura para dar vida a uma linguagem onde todos se entendem, independente de ser ricos ou pobres, no final o que importa é o entendimento. Eles nos deixaram uma herança grande que é a linguagem e que é digna de ser investigada para conhecermos melhor nosso Brasil.

  1. DESENVOLVIMENTO

Para que haja comunicação entre pessoas é necessário que falemos a mesma língua, não importa a região que estamos habitando, podemos estar numa grande capital ou no interior, falar português já é o bastante para nos entendermos, como destaca:

“A Variação geográfica é, muitas vezes, bastante saliente aos nossos ouvidos. Podemos dizer que a fala, assim como a vestimenta e outros hábitos culturais, são elementos importantes na identificação do povo de determinado lugar. Por esse motivo, é natural que encontremos, no campo das artes cênicas, atores que, para dar maior veracidade à sua interpretação, durante a atuação incorporam à sua fala marcas lingüísticas do suposto lugar de origem de sua personagem”( COELHO, Izete Lehmkuhl. Para conhecer, Sociolingüística, 2015 p.38).

A localização geográfica restringe nossa fala por regiões, nos Nordestinos somos conhecidos pelo nosso sotaque diante do resto do Brasil, assim como as outras regiões também tem seu sotaque definido, isso se explica devido a influencia de nosso nossos colonizadores. Mas temos nossas particularidades ainda mais definidas por Estados, por mais próximo que seja os Estados, ainda tem algo que é inerente somente a um e a outro não, tenho como exemplo, a região sul do Ceará, que tem seu dialeto muito parecido com os Estados vizinhos, porém não é totalmente igual, na obra “Dona Guidinha do Poço”, se misturam os retirantes para formar novos linguajar no meio onde vivem, pois a população que viviam nos arredores da Fazenda Poço da Moita, apesar de pequena, eram apenas uma representação de uma população maior com a mesma situação de vida que as demais, o seu linguajar não é particular daquela comunidade, mas de outras que estão próximas a eles.

            Como já foi citado anteriormente, o linguajar do povo menos favorecidos têm uma enorme tendência de variações lingüísticas, apesar se ser estigmatizada como incorreta ou não padrão, ela é inovadora por que cresce dentro da maioria da população, fazendo com que a língua sofra suas modificações ao longo dos tempos, já a linguagem usada pelos patrões, clero, ou pessoas mais abastadas é a minoria, chamada de variações padrões, estas tende a ser conservadora, não contemplam uma grande parte da população, pois são recheadas de regras e isso afasta as pessoas que usam a língua apenas como meio de comunicação.  Como cita Coelho (2015) no livro Para conhecer, Sociolingüística “A variação padrão tende a ser prestigiadas e conservadora, ao passo que a variação não padrão tende a ser estigmatizada e inovadora”.

            Manoel de Oliveira Paiva, autor de cunho regionalista vem nos presentear com sua obra recheada de expressões lingüísticas própria de nossa região, que até hoje após tempo que a obra foi escrita ainda nos é bem familiar, apesar de ter variações que hoje temos dificuldades de compreender, mas é importante conhecermos para não deixar nossa língua desaparecer, esse grau de dificuldade que temos em entender certas passagem da língua regionalista nos prova de que a língua é dinâmica e inovadora. A literatura é uma ferramenta importante para nos que lemos as obras de nossa região, pois descreve com muita perfeição nossa realidade, de repente nos vemos dentro do cenário que o autor narra.

“ Permite a evocação de certos aspectos de determinada parte do pais, produzindo efeitos diferentes conforme o ouvinte ou leitor seja ou não desta região. Se for, o regionalismo, por comum e natural, pode passar despercebido; caso ele esteja distante do seu torrão, ouvindo a expressão na infância”.

            Quando estamos dentro de outras culturas, muitos dialetos que aparecem não fazem sentido para os leitores, uma vez que, não nos reconhecemos dentro desta, por isso certas expressões lingüísticas para ser escritas devem ser muito conhecida do autor que deve conhecer e conviver com sua região para poder descrever com tantas perfeição, ou seja, os conhecimento implícitos, a língua materna que adquirimos ao nascer de maneira natural e espontânea, muitos estudiosos falam que é tão natural quando a habilidade de andar, segundo Perini, 2001:13 “ Mesmo pessoas que nunca estudaram gramática chegam a um conhecimento implícito perfeitamente adequado a língua”, ou seja, todos nos falamos a mesma língua, mas com em qualquer outros idiomas, sofrem as variações lingüísticas devido vários condicionadores.

Os condicionadores extralingüísticos são devidos á localização geográfica dos falantes, ou variação geográfica, conhecemos os falantes dependendo da região de sua origem, outros condicionadores sociais relevantes para estas variações são o grau de escolaridade a idade e o gênero das pessoas. No caso dos falantes presentes na obra em “ Dona Guidinha do Poço” as variações de língua estão em praticamente entre dois grupos de pessoas de um modo mais amplo, dentro de uma mesma comunidade de fala, os com mais condições financeiras e os com poucas condições financeiras, mas se formos nos aprofundar com mais precisão, dar para separar mais grupos em meio aqueles pessoas, por exemplo, o clero, os comerciantes, os políticos, as mulheres, os homens, os jovens a polícia e etc, todos estes grupos de pessoas restringe ainda mais a língua em sua particularidades, pois existem linguajar que os políticos usam, mas não é usado pelo padre, e cada um vai se apresentando conforme sua comunidade de fala.

  1. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Após análise deste trabalho, conclui que ao estudar as variações lingüísticas dentro da obra “Dona Guidinha do Poço”, o autor quis demonstrar o quando nossa língua é rica de expressões regionalistas, ao nos deparemos com o linguajar do camponês, nos é bastante familiar como hoje, ainda usamos muitos dialetos como a anos atrás se usavam para a comunicação.

A língua tem suas mudanças de tempos em tempos, mas o sistema como ela funciona é o mesmo, a linguagem culta é falada por grupos de pessoas que necessita que assim seja, hoje temos acesso a conhecer a língua formal e podemos usá-la quando necessitamos, diferente da época que os mais pobres não a conheciam, porém temos a opção de usar a língua em diversas situações por exemplo, um professor em sala de aula deve se comunicar com o uso padrão da língua, mas se estar em um ambiente descontraído com os amigos não precisa pô-la em prática, mas ele conhece a língua e as suas formas de se comunicar.

O autor narra a multiplicidade da cultura do sertanejo como as vaquejadas, as festas religiosas, para representar também as variedades da língua através de personagens diversificado que estar presente na obra do início ao fim da obra.

  1. REFERÊNCIAS

PAIVA, Manoel de Oliveira. Obra completa. Rio de Janeiro: Graphia, 1993. Série Revisões; 6;

COELHO, Izete Lehmkuhl et al. Para conhecer sociolinguística. São Paulo: Contexto, 2015. (Coleção para conhecer linguística)> P. 135-167.

LLARI, Rodolfo; BASSO, Renato. O português n América. In: O português da gente: a língua que estudamos, a língua que falamos. 2ª. Ed. São Paulo: Contexto, 2014, p. 49-94.

MARTINS, Nilce Sant’Anna. Introdução à Estilística: A Expressividade na Língua Portuguesa – 4.ed. ver.- São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2008

BARROSO, Gustavo Adolfo Luiz Guilherme Dodt da Cunha. À margem da história do Ceará. v. 2, 3 ed. 1965, p. 347-350.

 



* Acadêmica do 8º período do Curso de Letras da Universidade Estadual Vale do Acaraú- UVA, Disciplina Estilística do Português, Professor Dr. Vicente de Paula da Silva Martins.