As Transformações Econômicas Após a Revolução Industrial

Por Julio Cesar Souza Santos | 18/07/2014 | Adm

Que Classes Sociais Surgiram Após a Revolução Industrial? Quais Foram as Condições Para o Desencadeamento da Revolução Industrial? A partir de meados do século XVIII a sociedade européia passou por um processo de transformação global, o qual marcou o estabelecimento do sistema capitalista como um novo modelo de produção. Essa metamorfose atingiu todos os níveis da sociedade, obtendo no nível econômico sua maior concretização após a Revolução Industrial. Autores famosos compreendem a Revolução Industrial como um conjunto de transformações ocorridas nas indústrias, na agricultura, nos transportes e no comércio, as quais transformaram a economia numa economia capitalista. Esse processo envolveu a própria sociedade que se dividiu em (2) duas classes básicas: • A Burguesia – proprietária dos meios de produção • O Proletariado – classe assalariada que para subsistir passou a vender o único bem que possuía: _ sua força de trabalho A Revolução Industrial representou o processo de mecanização das indústrias que ocorreu inicialmente na Inglaterra – em fins do século XVIII – e, posteriormente, na França, Estados Unidos e Alemanha. Em termos globais a Revolução Industrial representou a concretização do sistema capitalista, na medida em que alterou efetivamente o cotidiano dos homens e sua forma de vida. Mas, quais foram as condições para o desencadeamento da Revolução Industrial? Dentre as precondições pode-se afirmar que a acumulação de capitais e a liberação da mão-de-obra constituem-se as duas mais importantes, uma vez que elas representam os dois (2) aspectos fundamentais do sistema capitalista – capital e trabalho. A acumulação de capitais foi o processo pelo qual se verificou a concentração dos meios de produção e de grandes somas de dinheiro, nas mãos de uma minoria – a burguesia. Essa acumulação ocorreu na fase de transição do feudalismo ao capitalismo, processando-se setor agrícola, industrial e mercantil. Já o processo de liberação da mão-de-obra representou a criação do proletariado. Isto é, de uma das classes cujos componentes não possuíam outras riquezas senão a sua própria força de trabalho. Esse processo ocorreu na área rural através do cercamento dos campos onde os camponeses e os arrendatários de terra foram desapossados de suas terras e, conseqüentemente, muitos deles foram parar nos centros urbanos, engrossando assim os contingentes de assalariados.