As Micró Redes e os Novos Burguese

Por Paulo Jorge Soares Teixeira | 17/07/2016 | Filosofia

As Micró Redes e os Novos Burgueses . Vol. II

Professor e Investigador, Paulo Jorge Soares Teixeira e o Professor Doutor; Renato Manuel Laia Epifânio 

(Movimento Internacional Lusófono)

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Palavras-chaves: Micró –Redes, Grande Rede, Luta das Armas, Geometria euclidiana, Projeto Cultural.

Resumo

Peter Sloterdjik, filósofo da comunicação diz que, os cidadãos do mundo já mal vivem nesta realidade (grande rede), pelo facto de não terem conseguido dominar os corpos dóceis na grande rede e acabaram por planear a sua fuga para as micro – realidades, as micro-redes da grande rede.

1) Introdução 

O filósofo alemão, Peter Sloterdjik afirma através da seguinte citação: “…Entretanto, os cidadãos do mundo mais resolutos já mal vivem nesta terra – passaram a ser habitantes do país da Complexidade, viajantes da classe grande – vitesse, apressados passageiros em trânsito << neste Hotel da Terra>>…” (SLOTERDJIK, (2002) : 228)

O filósofo salienta que os cidadãos do mundo resumem-se apenas a “passageiros” porque a maioria dos burgueses que fugiram para as micro – redes foram assassinados pelos corpos dóceis na grande rede onde foi feita essa chacina através da luta das armas. [1]

O filósofo evidência que os passageiros são “apressados e em trânsito”, pelo facto de terem fugido para as micro – redes e encontram-se, recentemente, na geometria não euclidiana, e a sua influência no exercício da verticalidade do poder vai transitar para uma plena horizontalidade.

Os últimos profissionais da civilização pertencentes à direcção do Lar, Instituto de Artes e Ofícios, pelo facto terem sido expulsos através da luta das armas pelos corpos dóceis na grande rede e terem perdido quase por completo o acesso aos verdadeiros processos de significação de desenvolvimento civilizacional, economia e política, não só sustentam os valores do mito analítico libertador através dos seus sinais exteriores de ostentação como ainda pretendem em vão dentro do nível actual em que se encontra o desenvolvimento do projecto cultural, recuperar a forma (transposição dos vários aspectos do conceito para as suas obras) em que se inscreve os interpretantes não só para acreditação da categoria (libertador) como também do conceito puro (Mito Analítico) em que assenta os discursos da primeira forma de interpretação do real, falida através da sua expulsão. 

“…-Por causa da grande besta obscura. Como intrigá-la em suas cidades cheias de intrigas? Como deter o olhar do transeunte sobre o cão da Infanta, que ele já conhece de cor?...” (LYOTARD, Jean, François (1996) :  49)

Actualmente não se encontram na grande rede mas sim nas micro-redes, e estão a querer se expandir “… expande-se na esfera da sociedade civil, …” com o objectivo de assumir “…a gestão económica da mesma…” e por fim reivindicar “…o controlo do Estado…”

O historiador italiano, Dino Carpaneto, afirma através da seguinte citação: “…A burguesia no decorrer de muitos e longos séculos expande-se na esfera da sociedade civil, assume a gestão económica da mesma, reivindica por fim o controlo do Estado…” (CARPANETO, et al; (2005) : 654)

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