AS METODOLOGIAS DE ENSINO NA INCLUSÃO DE CRIANÇAS COM...

Por Poliana Machado Balke | 04/11/2016 | Educação

AS METODOLOGIAS DE ENSINO NA INCLUSÃO DE CRIANÇAS COM SINDROME DE DOWN NA EDUCAÇÃO INFANTIL

BALKE , Poliana Machado.

**BORGES, Georgia Cristian

RESUMO 

Objetivo: O artigo tem por objetivo verificar quais as metodologias utilizadas pelos professores da educação infantil, e se as mesmas favorecem a inclusão do aluno com Síndrome de Down. Material e métodos: foram  realizadas entrevistas e observações na sala de aula. Resultados. As metodologias utilizadas pelos professores são interdisciplinaridade e ludicidade.  Conclusões. Conclui-se que essas metodologias contribuem para a inclusão do aluno, pois as aproxima das outras crianças e permitem que a mesma aprenda brincando e se relacionando com o outro.

Palavras-chave: METODOLOGIA: SINDROME DE DOWN: INCLUSAO

INTRODUÇÃO 

Em 1990, aconteceu a Conferência Mundial sobre Educação para Todos. Nesta conferência, as nações unidas garantiam a democratização da educação, independentemente das diferenças dos alunos. Foi a partir desta conferência que o movimento da educação inclusiva começou a ganhar força. Em junho de 1994, em Salamanca, na Espanha, ocorreu a Conferência Mundial sobre Necessidades Educativas Especiais que tinha por objetivo promover educação para todos analisando mudanças que fossem necessárias para favorecer uma educação integradora, capacitando as escolas para atender as crianças portadoras e necessidades especiais.

O objetivo da conferencia foi promover ações que transformassem em realidade, uma educação capaz de reconhecer as diferenças das crianças portadoras de necessidade especiais, promover a aprendizagem e atender as necessidades de cada criança. (LDB, 1994).

A inclusão contribui para o processo de desenvolvimento do ser humano, visto que por meio desta o portador da síndrome de Down é incluído a partir da compreensão das normas e regras definidas na sociedade. (LDB, 1994).

Para se considerar uma Escola favorável à transformação social torna-se necessário promover discussões visando oferecer oportunidades de mudança, de modo a atender as necessidades educativas especiais.

Neste contexto o projeto tem por finalidade averiguar se as metodologias que estão sendo utilizadas pelos professores contribuem para a inclusão de crianças com Síndrome de Down na escola.

Para o desenvolvimento deste artigo  foram realizadas observações no espaço escolar , tendo como sujeitos da pesquisa professores que trabalham com crianças com Síndrome de Down, identificando como esta acontecendo o atendimento educacional para essas crianças, Para suporte teórico, será utilizada autores que discutem o tema como: Werneck (1997), Schawartzzan (1999). Vygostky( 1984).

A escolha do tema inclusão de crianças com síndrome de Down se justifica, a partir da compreensão de que é por meio da educação que começamos a quebrar os paradigmas e os preconceitos, impostos pela sociedade, orientando a comunidade escolar para que saiba como trabalha a temática da inclusão. São vários os aspectos que envolvem a questão da inclusão educacional; a qualificação dos professores é a mais importante, pois é essencial que o professor saiba como trabalhar com a turma em relação à aceitação, a fim de obter a compreensão de todos a respeito dos direitos das pessoas com deficiências em relação ao acesso a bens públicos e a uma educação de qualidade.

 É importante conhecer como é o dia -a- dia das crianças com Síndrome de Down, para que se possa trabalhar com as metodologias, recursos e didáticas adequadas. Esse artigo  poderá contribuir para a construção de uma visão mais abrangente e critica por parte dos profissionais da educação  para que deste modo eles possam ter praticas pedagógicas que contribuam para a formação integral do individuo com Síndrome de Down.

Com isso, não só tem a ganhar as pessoas que fazem parte dessa universidade (professores e alunos) como também a escola e a sociedade, a partir das contribuições que abordem as metodologias que são utilizadas no processo de ensino aprendizagem das crianças com Síndrome de Down, e outras possibilidades que oportunizem a melhoria do processo de inclusão.

INCLUSÃO ESCOLAR

A Declaração de Salamanca Espanha 7-10 junho de 1994 explicita que a necessidade educativa especiais refere-se a todas as crianças e jovens cujas necessidades decorrem de sua capacidade ou de suas dificuldades de aprendizagem.

A declaração de Direitos Humanos (1948) vem apontar o direito de todos a educação pública e gratuita. Essas proposições, reforçadas pelo movimento mundial de integração de pessoas com deficiência, defendiam oportunidades educacionais e sociais para todos, contribuindo fortemente para a criação dos serviços de educação especial e classes especiais em escolas públicas no Brasil.

Surge desta forma, uma política nacional de educação ancorada na lei nº 4,024/61 Leis de Bases e Diretrizes na Educação Nacional (LDB), com a recomendação de integrar no sistema geral de ensino, a educação de excepcionais como era chamado na época as pessoas com necessidades educacionais especiais (MEC, SEESP, 2004).

No Brasil, a educação que visa inserir as crianças com necessidades educacionais especiais no ensino regular, fundamenta-se na Constituição Federal de 1988, a qual garante a todos o direito à igualdade (art. 5º).

Podemos dizer que uma escola é inclusiva a partir do momento que ela não exclui alguns de seus alunos ou crianças em razão de qualquer característica individual.

A educação especial esta baseada na necessidade de proporcionar a igualdade mediante a diversificação dos serviços educacionais de modo a atender as diferenças individuais dos alunos por mais acentuadas que elas sejam. Nesse sentido ela representa um desafio aos educadores para encontrar caminhos e meios, estabelecer uma política de ação e criar facilidades para a provisão de recursos educacionais apropriados a todos os educando (MAZOTTA, 1997, p.10)

                Segundo Voivodic (2004 apud Mazzotta) pelo menos com o advento da Constituição Federal de 1988, da Lei 7583/89, da Constituição Mundial sobre Necessidades Básicas de Aprendizagem, aprovada em Jomtien/Tailândia em 1990 e do Plano Decenal de Educação para todos (1993/2003), têm sido registradas intenções e determinações sobre a importância e a necessidade de uma escola para todos ou escola inclusiva. Mais recentemente, o autor ressalta a Política Nacional de Educação Especial–MEC 1993, a Lei 9394/96, que fixa as Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB e o Decreto 3298/99 que regulamenta a Lei 7853/89.

A inclusão está fundamentada na dimensão humana e sociocultural, que procura enfatizar formas de interação positivas e possibilidades de apoio as dificuldades e acolhimento das necessidades dessas pessoas, tendo como ponto de partida, pais e comunidades escolares

A educação inclusiva nasceu e vem se fortalecendo dentro de um ensino regular sedento pela melhoria da qualidade da escolarização do mundo. Os especialistas inclusivos partem da ideia de que uma educação de qualidade teria como consequência a presença de todos os tipos de criança dentro de uma escola regular. (WERNECK, 1997, p. 5) 

Toda criança tem uma experiência própria, e é um ser especial e único e tem o direito de ser tratado como tal, ter total liberdade para explorar todo o ambiente que o cerca tenha ela alguma necessidade educativa especial ou não.

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